O Balanço, de Jean-Honoré Fragonard
O Balanço, do pintor francês Jean-Honoré Fragonard, pertence ao movimento Rococó. No auge do movimento, o rococó alcançou uma mistura irresistível de elegância, charme e erotismo divertido.
Jean-Honoré Fragonard foi discretamente abordado por um cortesão com a proposta de alguma encomenda. O jovem queria um retrato de si mesmo com sua amante num balanço e um bispo empurrando-a.
Fragonard, entretanto, recusou o elemento clerical com medo de que isso pudesse arruinar sua carreira, convenceu o cortesão a trocar o bispo por um marido traído.
Esse tipo de pintura erótica foi pensado para ser exposto a um público restrito. Porém, tais peças saíram de moda depois da Revolução Francesa em 1789. Seu primeiro proprietário conhecido, o administrador de Pressigny, foi guilhotinado em 1749. Posteriormente, em 1859, o Louvre recusou a pintura e ela foi comprada por um colecionador inglês.
3 detalhes de "O Balanço" se destacam:
1 - Estátua de cupido
O cupido é um símbolo tradicional do amor, adequado a uma cena amorosa. Aqui ele age como um cúmplice, levando o dedo aos lábios para reforçar o sigilo do encontro entre os amantes. Como se ele estivesse fazendo o famoso "psiu".
2 - Sapato da mulher
Artistas rococós adoravam o erotismo. O sapato rosa que sai voando pelo ar resume a atmosfera de flerte da cena. Em uma simbologia mais antiga, a perda do sapato simboliza a perda da virgindade. A mulher também está levantando a saia para que o amante possa ver suas pernas.
3 - Cachorrinho
Ao pé da imagem, do lado direito, está um animado cachorrinho. Sua presença na cena é irônica, porque ele normalmente simboliza fidelidade conjugal. Ele late e salta tentando chamar a atenção para denunciar a relação ilícita, mas ninguém o repara.
Ficha Técnica: "O Balanço"
Autor: Jean-Honoré Fragonard
Onde ver: Wallace Collection, Londres, Reino Unido.
Ano: 1767
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 81cm x 64cm
Movimento: Rococó
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