quarta-feira, 11 de julho de 2012

365 DIAS DE ARTE


Três de Maio de 1808, de Francisco de Goya



Este quadro de Goya trata de um acontecimento histórico real. Durante a ocupação francesa na Espanha, um pelotão de fuzilamento da França estava executando madrilenhos comuns como punição pelos atos rebeldes contra a dominação francesa no país.

Com o fundo escuro em medonho contraste com a cena de horror, Goya criou uma cena dramática e expressiva, típica do Romantismo. Alguns dizem que os fuziladores estão de costa porque não mostram compaixão nem emoção para com o ato que estão prestes a cometer. Outros afirmam que Goya não os representou porque não estariam lá por vontade própria, mas por obrigação e imposição de uma força maior, do governante da França na época: Napoleão Bonaparte.
Diferentemente dos franceses, os espanhóis são retratados de modo a provocar a compaixão e identificação do observador. Com um olhar apavorado, o homem de camisa branca levanta os braços num gesto de crucificação que o identifica como Jesus Cristo. Olhando bem para sua mão, pode-se perceber um estigma em seu membro, destacando-o, assim, como um mártir.
As pinceladas mais fortes e expressivas se revelam notavelmente nas roupas dos espanhóis. Principalmente na figura do mártir central e de seu companheiro com a cabeça entre as mãos. Já os franceses estão pintados com cores neutras e mais uniformes. Desta forma, Goya mostra sua simpatia pelos espanhóis.

Ficha Técnica - Três de Maio de 1808

Autor: Francisco de Goya
Onde ver: Museu do Prado, Madri, Espanha.
Ano: 1814
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 2,68m x 3,47m
Movimento: Romantismo

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