A Criação de Adão, de Michelangelo Buonarroti
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (06/03/1475 - 18/02/1564), mais conhecido simplesmente como Michelangelo foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente.
Desenvolveu seu trabalho artístico por mais de setenta anos entre Florença e Roma, onde viveram seus grandes patrocinadores, a família Medici de Florença e vários papas romanos. Fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte de suas obras mais representativas. Sua carreira se desenvolveu na transição do Renascimento para o Maneirismo e seu estilo sintetizou influências da arte da Antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do Humanismo e do Neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e em especial no nu masculino, que retratou com enorme superioridade.
Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo; chamavam-no de o Divino e ao longo dos séculos, até os dias de hoje, vem sendo tido na mais alta conta, parte do reduzido grupo dos artistas de fama universal, de fato como um dos maiores que já viveram e como o protótipo do gênio. Michelangelo foi um dos primeiros artistas ocidentais a ter sua biografia publicada em vida. Sua fama era tamanha que, como nenhum artista anterior ou contemporâneo seu, sobrevivem registros numerosos sobre sua carreira e personalidade e objetos que ele usara ou simples esboços para suas obras eram guardados como relíquias por uma legião de admiradores. Para a posteridade Michelangelo permanece como um dos poucos artistas que foram capazes de expressar a experiência do belo, do trágico e do sublime numa dimensão cósmica e universal.
Com relação a obra apresentada, o pintor foi chamado a Roma, na primavera de 1508, pelo papa Júlio II, com o objetivo de pintar os afrescos da Capela Sistina. A pintura foi aclamada como uma obra prima e Michelangelo passou a ser conhecido como o maior artista de seu tempo, o que elevou o prestígio social da atividade artística e de seus praticantes.
A Criação de Adão é uma das maiores narrativas do centro do teto da Capela Sistina. O corpo lânguido de Adão se reclina, quase incapaz de erguer a mão em direção à poderosa figura de Deus, que se aproxima para lhe transmitir a centelha de vida. O pequeno espaço entre os dedos de ambos é ampliado pelo vazio absoluto entre as figuras, sem nada ao fundo que distraia o olhar. Isso torna a imagem claramente visível para quem olha do chão.
3 detalhes de A Criação de Adão se destacam:
1 - Rosto de Adão
É possível perceber que o rosto de Adão foi suavemente modelado. Uma parte do rosto que tem destaque com essa criação suave são os lábios dele, que estão obscurecidos e possuem um toque de coral.
2 - Figura abraçada por Deus
Ao lado da figura que representa Deus há uma outra imagem, sendo abraçada pelo Criador. A expressão dessa figura reforça a tensão psicológica criada pela cena.
3 - Face de Deus
A Face de Deus é modelada com contornos fortes e sombras profundas, além de ser iluminada com o objetivo de criar a escultura facial dentro da moldura de cabelos cinza-claros e barba quase branca. O efeito ainda é acentuado pela luz frontal.
Ficha Técnica: A Criação de Adão
Autor: Michelangelo Buonarroti
Onde ver: Capela Sistina, Roma, Itália
Ano: 1508 - 1510
Técnica: Afresco
Tamanho: 380cm x 570cm
Movimento: Renascimento
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