quarta-feira, 31 de outubro de 2012
terça-feira, 30 de outubro de 2012
365 DIAS DE ARTE
Olympia, de Édouard Manet
Olympia causou muita controvérsia na França napoleônica. |
Édouard Manet (23/01/1832 - 30/04/1883) foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras mais importantes da arte do século XIX.
Os gostos de Manet não vão para os tons fortes utilizados na nova estética impressionista. Prefere os jogos de luz e sombra, restituindo ao nu a sua crueza e a sua verdade, muito diferente dos nus adocicados da época. O trabalho das texturas é apenas sugerido, as formas, simplificadas. Os temas deixaram de ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da época.
Manet era criticado não apenas pelos temas, mas também por sua técnica, que escapava às convenções acadêmicas. Frequentemente inspirado pelos mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século de Ouro, Manet influenciou, entretanto, certos precursores do impressionismo, em virtude da pureza de sua abordagem. A esta liberação das associações literárias tradicionais, cômicas ou moralistas, com a pintura, deve o fato de ser considerado um dos fundadores da arte moderna.
A representação explícita do descanso de uma cortesã francesa era muito diferente de outras imagens que o artista fez para representar o ambiente social. Ainda que a imagem possa ser situada num contexto mais amplo de nus femininos e que a pose lembre a obra Vênus de Urbino, de Ticiano, Olympia causou muito escândalo devido ao seu caráter expressamente não alegórico e da representação de uma mulher sem roupa fora do conceito de nu clássico.
Na arte do século XIX, os nus eram aceitáveis, desde que retratassem ninfas clássicas e figuras divinas. Enquanto nisso, Manet pintava Victorine Meurent, modelo e sua companheira, em um ambiente contemporâneo.
A modelo aparece adornada com uma orquídea rosada no cabelo, joias e calçados que chamam a atenção para a sua nudez artificial e sua condição de cortesã. O chinelo solto é um símbolo da perda da inocência, assim como a orquídea é uma representação tradicional da sexualidade.
Na obra, o pintor promove a ideia realista de que a arte pode retratar a vida cotidiana de uma forma direta. A pintura não tem o estilo idealizado e uniforme dos nus clássicos, assim como a luz implacável acrescenta um toque de brutalidade à cena. A mulher olha para fora da tela de modo confrontador, com uma falta de modéstia perceptível e a empregada negra, totalmente vestida, representa outro ponto controverso na pintura.
4 detalhes de "Olympia" se destacam:
1 - A mulher nua
O nu, alegoria da arte canônica, era considerado o mais elevado exemplo da realização artística. No entanto, este não foi o caso de Olympia, tida como mera representação de uma mulher sem roupas. Seus adornos a definem como uma cortesã e foi por isso que lhe foi atribuída uma posição inferior à das outras figuras nuas que aparecem em quadros da época romântica.
2 - A empregada de Olympia
A empregada negra chama-se Laura e é usada como modelo profissional na pintura. Em pé, totalmente vestida, Laura segura um buquê de flores, provavelmente enviado por um cliente para a sua patroa. Olympia parece indiferente à presença da empregada. Essa distância emocional é reforçada pela separação física das figuras.
3 - Gato preto
O gato preto, símbolo da superstição, indica a condição de tabu da cena representada. Posicionado ao lado da empregada negra, o gato chama a atenção para os esteriótipos da feminilidade e sexualidade negra que circulavam na época em que o quadro foi exibido.
4 - Buquê de flores
Símbolo clássico da sexualidade feminina, o buquê chama a atenção para a carga erótica da cena. O motivo floral aparece novamente na colcha sobre o divã da modelo, realçando ainda mais a sua condição de cortesã comum.
Ficha Técnica: "Olympia"
Autor: Édouard Manet
Onde ver: Museu d'Orsay, Paris, França.
Ano: 1863
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 1,30m x 1,90m
Movimento: Realismo
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
PALESTRA COM ATLETA PARALÍMPICO BRASILEIRO – “ATIVAÇÃO DO TIME SÃO PAULO DE ATLETAS PARALÍMPICOS”
Fomos agraciados hoje com uma palestra promovida pela Diretoria de Ensino da Região de São João da Boa Vista, organizada pelas Secretarias de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência e da Educação e como palestrante nada mais nada menos que Daniel de Faria Dias, atleta paralímpico e recordista mundial. O objetivo da Palestra, realizada na Sede Social do Clube Sociedade Esportiva Sanjoanense, foi a apresentação dos resultados alcançados pela equipe paralímpica brasileira em Londres, disseminar entre os alunos como a atividade física favorece a inclusão social das pessoas com deficiência, além dos benefícios diretos aos praticantes de esportes.
A EE José Justino de Oliveira esteve lá representada pelos alunos Rafael de Luca, Pedro Lino Espovieri, Elígia Simionato e Luiz Guilherme Tomaz, pela Professora Mediadora Escolar e Comunitária Mara Sílvia Bertassoli, pela Professora de Educação Física Silvana Cavalieri e pelo Professor Coordenador Pedagógico Alexandre Ramos.
sábado, 27 de outubro de 2012
365 DIAS DE ARTE
O começo da primavera, de Guo Xi
A obra pertence à escola austral de pintura de paisagens da China. |
Guo Xi (c. 1020 - c. 1090) foi um pintor chinês que viveu durante a dinastia Song do Norte. Muito educado, desenvolveu incrivelmente um sistema de pincelada detalhada que se tornou importante para os pintores posteriores.
Guo Xi foi muitas vezes referido como um "mestre Song do Norte" e tornou-se inspiração para outros artistas, como já citado.
A pintura acima foi feita para o imperador Shezong, que promoveu reformas com o objetivo de melhorar as condições de vida do povo. A intenção do pintor com a obra acima era, provavelmente, glorificar o imperador e, considerando o tamanho do título, é provável que fosse parte de um conjunto criado para o palácio imperial.
Guo Xi emprega na pintura perspectivas múltiplas, às vezes como se a cena fosse vista de cima e, em outros momentos, vendo-a de um mesmo nível. Isso acontece porque as pinturas chinesas em rolos eram feitas para serem observadas por partes e não como um todo - hábito da cultura ocidental.
A composição de uma montanha no centro, margeada por picos menores, é uma metáfora para a estrutura da hierarquia imperial, que tinha o imperador como líder. Da mesma maneira, o tema da primavera funciona como metáfora para o governante benevolente. O artista contrasta em sua obra a grandiosidade da natureza com a rotina de pessoas comuns, que, apesar das suas diferenças evidentes, vivem em harmonia.
4 detalhes de "O começo da Primavera" se destacam:
1 - Névoa:
O artista retrata a névoa entre o plano médio e o mais distante. O objetivo do pintor com isso é criar a impressão de um afastamento gradual.
2 - Detalhe dos picos
Os contornos das rochas na imagem eram delineados, inicialmente, com nanquim preto concentrado. Depois, Guo Xi refez os contornos diversas vezes, com camadas de aquarela misturadas com azul, para borrá-los. Desse modo o efeito conseguido era naturalístico, como se as rochas parecessem surgir em meio à névoa.
3 - Pessoas
As pessoas retratadas na imagem foram localizadas em uma hierarquia crescente, do mundano para o espiritual. Na parte inferior, à esquerda, duas mulheres voltam para casa com os filhos. Acima e à direita, pescadores utilizam uma rede. E no meio, peregrinos cruzam uma fonte que leva, presumidamente, a um templo budista.
4 - O dorso da montanha
Em vez de usar apenas uma fonte de luz, o artista cria áreas mais claras, em contraste com outras mais escuras. Essa forma de abordar a luz - e o dinamismo generalizado da pintura - refletem a visão chinesa do mundo como um produto instantâneo.
Ficha Técnica: O começo da Primavera
Autor: Guo Xi
Onde ver: Museu do Palácio Nacional, Taipei, China
Ano: 1072
Técnica: Pergaminho suspenso, nanquim e aquarela sobre seda.
Tamanho: 1,58m x 1,08m
Movimento: Arte Chinesa
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
365 DIAS DE ARTE
Metrópolis, de Otto Dix
O artista desenvolveu seus conhecimentos das técnicas gráficas e de pintura na Academia de Belas Artes de Dresden. |
Otto Dix (02/12/1891 - 25/07/1969) foi um pintor expressionista alemão. Veterano da Primeira Guerra Mundial, sua obra é dominada pela temática antibélica. Em 1939 Dix foi preso e indiciado com envolvimento em um complô contra a vida de Hitler. Ele consequentemente foi solto e as acusações foram retiradas. Na Segunda Guerra Mundial Dix foi recrutado na Guarda Nacional Alemã. Em 1945 foi forçado a se juntar ao Exército Alemão e no fim da guerra foi capturado e posto em um campo de prisioneiros de guerra.
Solto em 1946, Dix retornou para Dresden, uma cidade que foi virtualmente destruída por bombardeio pesado. A maioria das pinturas pós-guerra de Dix eram religiosas. Entretanto, também retratou o sofrimento causado pela Segunda Guerra Mundial.
Dix começou a pintar usando têmpera em meados da década de 1920. O método era usado para criar texturas reluzentes e cores translúcidas, típicos na obra Metrópolis com sua atmosfera perturbadora e burlesca.
Na obra, o pintor retrata as extremas divisões sociais presentes dentro da sociedade de Weimar. Em três painéis separados, mas que se interligam, o artista procura ilustrar com vivacidade o contraste entre a Juventude Dourada da era do jazz e as vítimas dos aspectos mais penosos daquela época - o empobrecimento, a prostituição e a exclusão.
Além disso, o artista retrata também o tema do apetite sexual e da decadência física. As mulheres apresentadas são lascivas, carnais, inocentes e repulsivas, tudo ao mesmo tempo. É exatamente essa mistura de características contraditórias que torna a obra um símbolo da busca hedonista pelo prazer.
4 detalhes de "Metrópolis" se destacam:
1 - Implorando ao ex-soldado
À porta um mendigo olha zangado para uma procissão de prostitutas, semelhante a uma parada militar, que passa à sua frente. A figura do homem, provavelmente um ex-militar, baseia-se no próprio autor da obra.
2 - Banda de jazz
Uma banda americana de jazz toca para uma clientela sofisticada e privilegiada em uma casa noturna de Berlim. Os rostos dos músicos foram modelados jocosamente por Dix, a partir de figuras conhecidas da sociedade de Dresden: o saxofonista tenor é o Dr. Alfred Schulze, um dos diretores da academia de Dresden.
3 - Detalhe luxuoso
O pintor demonstra domínio da técnica e talento artístico com uma variedade grande de tecidos e texturas, como o vestido verde da moça ruiva. Outra característica do painel central é o leque cor-de-rosa que o artista usa para enquadrar a cabeça do travesti que o segura.
4 - Forte contraste
No primeiro plano do painel da direita são ressaltados os sapatos modernos de uma prostituta que desfila por uma rua da moda em Berlim. Os sapatos funcionam como um método de comparação entre os sapatos caros da mulher no painel central e a falta de pernas do mendigo no painel da esquerda.
Ficha Técnica: Metrópolis
Autor: Otto Dix
Onde ver: Kunstmuseum, Stuttgart, Alemanha
Ano: 1928
Técnica: Têmpera sobre madeira
Tamanho: 1,81m x 4,03m
Movimento: Neue Sachlichkeit (Nova Objetividade)
terça-feira, 23 de outubro de 2012
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
TOME CIÊNCIAS
A poluição do ar e a nossa saúde
Como já vimos, a camada de ar que fica em contato com a superfície da Terra recebe o nome de troposfera, que tem uma espessura entre 8 e 16 km. Devido aos fatores naturais, tais como as erupções vulcânicas, o relevo, a vegetação, os oceanos, os rios e aos fatores humanos como as indústrias, as cidades, a agricultura e o próprio homem, o ar sofre, até uma altura de 3 km, influências nas suas características básicas.
Todas as camadas que constituem nossa atmosfera possuem características próprias e importantes para a proteção da terra. Acima dos 25 km, por exemplo, existe uma concentração de ozônio que funciona como um filtro, impedindo a passagem de algumas radiações prejudiciais à vida. Os raios ultravioletas que em grandes quantidades poderiam eliminar a vida são, em boa parte, filtrados por esta camada de ozônio. A parcela dos raios ultravioletas que chegam a terra é benéfica tanto para a eliminação de bactérias como na prevenção de doenças. Nosso ar atmosférico não foi sempre assim como é hoje, apresentou variações através dos tempos. Provavelmente o ar que envolvia a Terra, primitivamente, era formado por gás metano, amônia, vapor d'água e hidrogênio. Com o aparecimento dos seres vivos, principalmente os vegetais, a atmosfera foi sendo modificada. Atualmente, como já sabemos, o ar é formado de aproximadamente 78% de nitrogênio, 21% de oxigênio, 0,03% de gás carbônico e ainda gases nobres e vapor de água. Esta composição apresenta variações de acordo com a altitude.
Fatores que provocam alterações no ar
A alteração na constituição química do ar através dos tempos indica que o ar continua se modificando na medida em que o homem promove alterações no meio ambiente. Até agora esta mistura gasosa e transparente tem permitido a filtragem dos raios solares e a retenção do calor, fundamentais à vida. Pode-se dizer, no entanto, que a vida na Terra depende da conservação e até da melhoria das características atuais do ar.
Os principais fatores que têm contribuído para provocar alterações no ar são:
- A poluição atmosférica pelas indústrias, que em algumas regiões já tem provocado a diminuição da transparência do ar;
- O aumento do número de aviões supersônicos que, por voarem em grandes altitudes, alteram a camada de ozônio;
- Os desmatamentos, que diminuindo as áreas verdes causam uma diminuição na produção de oxigênio;
- As explosões atômicas experimentais, que liberam na atmosfera grande quantidade de gases, de resíduos sólidos e de energia;
- Os automóveis e indústrias, que consomem oxigênio e liberam grandes quantidades de monóxido de carbono e dióxido de carbono.
Todos estes fatores, quando associados, colocam em risco o equilíbrio total do planeta, podendo provocar entre outros fenômenos, o chamado efeito estufa, que pode provocar um sério aumento da temperatura da terra, o que levará a graves consequências.
O Efeito Estufa
Graças ao efeito estufa, a temperatura da Terra se mantém, em torno de 15ºC em média, o que é favorável à vida no planeta. Sem esse aquecimento nosso planeta seria muito frio.
O nome estufa tem origem nas estufas de vidro, em que se cultivam certas plantas, e a luz do Sol atravessa o vidro aquecendo o interior do ambiente. Apenas parte do calor consegue atravessar o vidro, saindo da estufa. De modo semelhante ao vidro da estufa, a atmosfera deixa passar raios de Sol que aquecem a Terra. Uma parte desse calor volta e escapa para o espaço, atravessando a atmosfera, enquanto outra parte é absorvida por gases atmosféricos (como o gás carbônico) e volta para a Terra, mantendo-a aquecida.
No entanto, desde o surgimento das primeiras indústrias, no século XVIII, tem aumentado a quantidade de gás carbônico liberado para a atmosfera.
A atmosfera fica saturada com esse tipo de gás, que provoca o agravamento do efeito estufa. Cientistas e ambientalistas têm alertado para esse fenômeno que parece ser a principal causa do aquecimento global.
Observe abaixo o esquema do efeito estufa.
- O gás carbônico e outros gases permitem a passagem da luz do Sol, mas retêm o calor por ele gerado.
- A queima de combustíveis fósseis e outros processos provocam acúmulo de gás carbônico no ar, aumentando o efeito estufa.
- Por meio da fotossíntese de plantas e algas, ocorre a remoção de parte do gás carbônico do ar.
Extraído do site: www.sobiologia.com.br
Acesso em 19/10/2012 às 22:45
Próxima Postagem e última do tema "Ar" - Poluição e Inversão Térmica.
quinta-feira, 18 de outubro de 2012
365 DIAS DE ARTE
A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio
O afresco, de proporções monumentais, representa um encontro imaginário de sábios e filósofos clássicos. |
Rafael Sanzio (06/04/1483 - 06/04/1520), frequentemente referido apenas como Rafael, foi um mestre da pintura e da arquitetura da escola de Florença durante o Renascimento italiano, celebrado pela perfeição e suavidade de suas obras. Conhecido também por Raffaello Sanzio, Raffaello Santi, Raffaello de Urbino. Junto com Michelangelo e Leonrado da Vinci forma a tríade de grandes mestres do Alto Renascimento.
Seu pai, Giovanni Santi, pintor de poucos méritos mas homem culto e bem relacionado na corte do duque Federico da Montefeltro, transmitiu ao filho, de precoce talento, o amor pela pintura e as primeiras lições do ofício.
Rafael e seus assistentes ficaram encarregados da decoração das quatro grandiosas salas em 1508 e continuaram o trabalho sob o sucessor de Júlio, Leão X. No entanto, Rafael morreu antes da conclusão das obras.
O afresco, de grandes proporções, representa um encontro imaginário de sábios e filósofos clássicos. A obra fica localizada acima da altura da cabeça na "Stanza della Segnatura", de teto abobadado. As poses graciosas, assim como o movimento e a expressividade das figuras foram alcançadas após centenas de estudos e esboços detalhados criados por Rafael. Outra característica notável é a harmonia da composição.
Como a "Stanza della Segnature" era usada como biblioteca e escritório do Papa, o tema dos afrescos é a busca da verdade e da sabedoria. A Escola de Atenas representa o esforço para alcançar a verdade racional por meio da filosofia. As figuras dos dois grandes filósofos gregos, Platão e Aristóteles, são fundamentais na composição da imagem.
5 detalhes de "A Escola de Atenas" se destacam:
1 - Platão e Aristóteles
Os dois grandes filósofos gregos representam a filosofia teórica e natural. Sob o braço direito, Platão carrega Timeu, um de seus diálogos. O filósofo acreditava que um mundo de formas ideais existia além do universo material e por isso foi retratado apontando para o céu. Platão se parece com Da Vinci, contemporâneo de Rafael, a quem o pintor está rendendo tributo. Já Aristóteles segura sua famosa Ética e gesticula em direção ao chão, já que acreditava que o conhecimento só é alcançado por meio da observação empírica do mundo material.
2 - Heráclito
A linguagem corporal expressiva de Heráclito lhe dá um ar de melancolia. O filósofo grego pré-socrático era comumente chamado de "filósofo chorão" e é representado apoiado em um banco de mármore, onde parece escrever pensamentos sombrios numa folha. A figura é um retrato de Michelangelo, ouro contemporâneo de Rafael que trabalhava próximo, pintando o teto da Capela Sistina.
3 - Euclides
Inclinado, demonstrando um exercício matemático com um compasso, o matemático grego Euclides, considerado o pai da Geometria, aparece cercado por um grupo de jovens. A figura é um retrato do arquiteto Bramante.
4 - Pitágoras
No lado oposto a Euclides é possível identificar o célebre filósofo e matemático. Assim como Euclides, o matemático é atentamente observado por um grupo de alunos, enquanto demonstra teorias de geometria.
5 - Zoroastro e Ptolomeu
Ao juntar em uma mesma obra as maiores mentes da filosofia, Rafael teve a oportunidade de representar discussões que nunca poderiam ter acontecido. Uma delas foi a de Zoroastro, profeta e filósofo da antiga Pérsia, com Ptolomeu, matemático, geógrafo e astrônomo grego. Ptolomeu acreditava que a Terra era o centro do universo e por isso foi representado com um globo terrestre na mão esquerda, enquanto Zoroastro segura uma esfera celeste.
Ficha Técnica: A Escola de Atenas
Autor: Rafael Sanzio
Onde ver: Vaticano, Roma, Itália
Ano: 1509 - 1511
Técnica: Afresco
Tamanho: 500cm x 770cm
Movimento: Renascimento
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
365 DIAS DE ARTE
O Carro de Feno, de John Constable
O quadro parece cheio de atmosfera e evoca a impressão de um dia de verão no campo inglês. |
John Constable (11/06/1776 - 31/03/1837). Estudou na Dedham Grammar School e ao deixar a escola, trabalhou um período com seu pai, apesar de seu coração não estar ali. Em 1799 convenceu a família a mandá-lo para a Royal Academy em Londres para estudar arte. Em 1816, Constable conquistou sua segurança financeira com a morte de seu pai. Casou-se com Maria Bicknell contra a vontade da família dela e foram muito felizes. Com a morte de sua esposa, em 1828, caiu em profunda depressão e seus trabalhos tornaram-se mais escuros passando um ar de lamento.
Foi um dos artistas pioneiros na percepção e estudo da mudança dos efeitos da luz e condições atmosféricas na arte. Constable, que fez da natureza seu tema principal, dedicou-se à compreensão e desenvolvimento de novos caminhos para descrever a mutação. O céu, principalmente, o encantou devido às mudanças de luminosidade na natureza as quais governam tudo. Marcou fortemente esta sua obsessão com estudos das nuvens e da abóbada celeste, também experimentou diferentes técnicas com folhas molhadas e sereno, capturando novos efeitos, para retratá-los em seus trabalhos.
Constable preferia pintar ao ar livre e nas suas telas tentava plasmar as alterações nas condições da natureza tal como ocorriam: névoa, chuva fina, sol tênue, umidade. Um dos quadros mais bem aceitos pela crítica foi o apresentado acima, que lhe valeu medalha de ouro da Academia. Até Delacroix tentou copiar os céus de Constable, deslumbrado com a força e o sentimento de sua trabalhada luminosidade.
Constable tinha também grande afinidade com a poesia e ocasionalmente exibiu seus escritos. Constable ganhou reconhecimento da sua obra lentamente, primeiro na França e depois na Inglaterra. Faleceu em 1837 e foi um inspirador fundamental para os pintores do Romantismo e pintores de paisagem de forma geral.
A paisagem acima com duas figuras atravessando um rio raso numa carroça parece incontroversa, quando a obra foi exposta pela pela primeira vez, em Londres, no ano de 1821, representou uma ruptura radical com as convenções temáticas e técnicas. Por esse motivo a pintura acabou não sendo levada a sério.
Para o artista, o mundo natural era inspirador e afetava profundamente sua produção. Constable buscava expressar sua reação pessoal à natureza por meio de seus quadros inovadores, que representavam a paisagem cotidiana inglesa em escala grandiosa.
Em O Carro de Feno o pintor buscava transmitir o movimento, a vitalidade e a luz refletida que via no trecho de rio. O céu possui uma profundidade realista e os aspectos cambiantes se refletem na superfície dos campos e do rio. As nuvens ondulantes dão ritmo e movimento à cena.
3 detalhes de "O Carro de Feno" se destacam:
1 - A carroça de feno
O foco da pintura de Constable é uma tradicional carroça de madeira usada para carregar feno que parece ter servido por muitas temporadas. Os dois trabalhadores rurais sentados na carroça acrescentam interesse humano à cena e sugerem um modo de vida em sintonia com a natureza.
2 - Lavadeira
Uma mulher aparece ajoelhada em um estrado que se prolonga a partir da casa. Não fica claro que ela esteja lavando roupas no rio ou se está apenas recolhendo água, já que um jarro de banho encontra-se posicionado logo atrás dela. Sua inclusão na paisagem ilustra um dos aspectos da vida doméstica na comunidade de trabalho rural.
3 - Cão
Logo à beira da água, de pé, encontra-se um cachorro, elemento importante da pintura que dirige o olhar do espectador para o foco desejado pelo artista. Um dos homens na carroça gesticula para o animal, sugerindo uma história.
Ficha Técnica: O Carro de Feno
Autor: John Constable
Onde ver: National Gallery, Londres, Reino Unido
Ano: 1821
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 130,2cm x 185,4cm
Movimento: Romantismo
terça-feira, 16 de outubro de 2012
365 DIAS DE ARTE
Contraposição de dissonâncias, XVI, de Theo Van
Doesburg
Theo Van Doesburg (30/08/1883 - 07/03/1931) foi um artista plástico, designer gráfico, poeta e arquiteto neerlandês.
Associado ao Dadaísmo, ao Concretismo e ao Neoplasticismo holandês, e mais conhecido como um dos fundadores e líderes do "De Stijl", foi professor na Bauhaus e produziu poemas fonéticos.
Van Doesburg era ávido pela prática de atividades variadas e famoso na vanguarda européia por participar dos movimentos dadaísta, Bauhaus, arte concreta e abstração-criação. Junto com Piet Mondrian, o artista se influenciou, criando pinturas abstratas cruzadas por linhas verticais e horizontais com uma paleta de cores limitada.
No entanto, a partir de 1924, o artista começou a usar diagonais em sua obra, afirmando que a grade diagonal cria uma tensão dinâmica entre o formato retilíneo da tela e a sua composição. Para ele, essa foi uma inovação que o libertou das verticais e horizontais presas a terra, usadas pelo movimento De Stijl.
Van Doesburg batizou essa nova fase de "elementarismo" De Stijl e publicou um manifesto sobre isso no ano de 1926. A mudança de abordagem do artista provocou uma rixa temporária com Mondrian, que entendeu que o amigo não obedecia mais os princípios do neoplasticismo. Foi por esse motivo que Mondrian abandonou o De Stijl.
3 detalhes de "Contraposição de dissonâncias, XVI" se destacam:
1 - Bordas cortadas
Muitas formas quadradas e retangulares aparecem na obra de forma incompleta. Todas parecem cortadas pelos limites da tela. Essa falta de coesão visual é deliberada, já que o artista quer que o espectador participe e resolva a tensão criada pela anomalia visual que parece contrária à expectativa de espaço.
2 - Diagonal axis
Os artistas do De Stijl empregavam em suas obras geometria e fórmulas matemáticas, com o objetivo de criar coesão. Uma linha reta preta corta a tela do alto à direita até a parte inferior na esquerda e forma um eixo diagonal que divide a pintura em duas.
3 - Retângulo amarelo
O retângulo amarelo é a nota dissonante na paleta de cores limitada de Van Doesburg. Os artistas do De Stijl, que se influenciavam no jazz e na música erudita contemporânea, usavam os contrastes de cores para criar equivalentes visuais de notas ou acordes dissonantes que ouviam. Além disso, foram inspirados por formas geométricas e procuravam criar obras que rejeitassem o uso do simbolismo e da representação de formas naturais orgânicas.
Ficha Técnica: Contraposição de dissonâncias, XVI
Autor: Theo Van Doesburg
Onde ver: Gemeentemuseum, Haia, Holanda
Ano: 1925
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 1,00m x 1,80m
Movimento: De Stijl.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
domingo, 14 de outubro de 2012
365 DIAS DE ARTE
Fish Magic, de Paul Klee
O pintor se juntou a escola Bauhaus no ano de 1921, a convite do arquiteto Walter Gropius. Nessa época, Klee já havia estabelecido sua reputação de artista importante e inovador. |
Paul Klee (18/12/1879 - 29/06/1940) foi um pintor e poeta suíço naturalizado alemão. O seu estilo, grandemente individual, foi influenciado por várias tendências artísticas diferentes, incluindo o expressionismo, cubismo e surrealismo. Ele foi um estudante do orientalismo. Klee era um desenhista nato que realizou experimentos e, consequentemente, dominou a teoria das cores, sobre o quê ele escreveu extensivamente. Suas obras refletem seu humor seco e, às vezes, a sua perspectiva infantil, seus ânimos e suas crenças pessoais e sua musicalidade. Ele e seu amigo, o pintor russo Wassily Kandinsky, também eram famosos por darem aulas na escola de arte e arquitetura Bauhaus.
Durante toda a sua carreira, o pintor explorou os efeitos do uso não convencional da combinação de pigmentos, cera e verniz pintados sobre um composto de giz, cera de abelhas e gesso. Klee sempre esteve atento para os detalhes, combinando com imaginação visual e domínio das cores.
A obra "Fish Magic" faz parte de uma série de desenhos e aquarelas nos quais o pintor procurou retratar o mundo embaixo da água. As outras pinturas da série são representações comuns de peixes e animais marinhos, porém, nesta pintura o peixe coabita com figuras e artefatos humanos.
A pintura é uma meditação sobre o tempo, com o relógio representando o tempo humano, enquanto o sol e a lua funcionam como representação do tempo celestial. No centro da tela existe um quadrado extra, pintado individualmente. Nele é apresentada uma forte qualidade teatral, enriquecida pelo fato de sugerir uma cortina de palco aberta.
5 detalhes de "Fish Magic" se destacam:
1 - Pintura sobre pintura
Se observado de perto, é possível perceber no quadro uma divisão quadrada. Isso parece um palco dentro de outro, pois essa parte também tem a sua própria cortina vermelha. No entanto, os mundos interno e externo não são problema para os peixes, que conseguem nadar entre os dois sem a menor dificuldade.
2 - O sol e a lua
Repetindo a forma do relógio é representado um sol, que se deita sobre uma lua crescente. A lógica empregada aqui é dualista: sem a luz do Sol, tudo sob as ondas ficaria imerso na escuridão. Ao mesmo tempo, os movimentos do mar são influenciados pelas fases da Lua.
3 - Relógio
No centro da tela é apresentado um relógio cujos ponteiros e números realçados mostram 1925, ano em que a pintura foi realizada. Duas linhas circundam o relógio, formando um simples campanário. Essas linhas também se estendem e sugerem a forma de uma rede de pescador, na qual o tempo é capturado.
4 - Peixe Ambíguo
O peixe dourado e vermelho tem os olhos em um só lado da cabeça, assim como um linguado. No entanto, o animal nada de forma semelhante a um peixe dourado. Quando jovem, Klee ficou muito impressionado quando visitou um aquário e a experiência o acompanhou por toda sua vida.
5 - Donzela
Uma jovem mulher com duas faces aparece na tela, como referência a Jano, deus romano que guardava as portas. A mulher, de rosto sério, apresenta lábios finos em uma das faces, mas ao mesmo tempo, lábios grossos e sensuais em outra.
Ficha Técnica: Fish Magic
Autor: Paul Klee
Onde ver: Museu de Arte da Filadélfia, EUA.
Ano: 1925
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 77cm x 98,5cm
Movimento: Bauhaus
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
365 DIAS DE ARTE
O Destino dos Animais, de Franz Marc
Franz Moritz Wilhelm Marc, conhecido como Franz Marc (08/02/1880 - 04/03/1916), foi um pintor alemão, um dos mais influentes representantes do movimento expressionista na Alemanha. Filho de um pintor profissional de paisagens, decidiu iniciar seus estudos na Academia de Belas Artes de Munique, em 1900, depois de passar pela filosofia e pela teologia. Suas primeiras criações foram paisagens, de estilo naturalista. Graças ao seu excelente domínio do francês, passou duas temporadas em Paris (1903 e 1907) descobriu o impressionismo e sobretudo teve uma grande afinidade com a obra de Vincent Van Gogh.
Influenciado pelo uso da cor de Robert Delaunay, gradativamente sua obra se aproxima do futurismo e do cubismo e para a crescente abstração, até culminar na abstração expressiva. O tema é a força vital da natureza, o bem, a beleza e a verdade do animal, que o autor não vê no homem.
Marc sentia-se intimamente ligado aos animais e tentou representar o mundo tal como o animal o vê, mediante a simplificação formal e cromática das coisas. Usa cada cor para denotar um significado: azul para a austeridade masculina e o espiritual; amarelo para a alegria feminina; vermelho para a violência.
Na Primeira Guerra Mundial, Franz Marc apresentou-se como voluntário. Em 1916 foi abatido por um "obus", quando realizava missão de reconhecimento. Morreu aos 36 anos.
Em 1910, Marc adotou os animais como único tema artístico, reflexo de sua desilusão com o materialismo que, para ele, tomava conta da humanidade. Marc acreditava que os animais, com seu instinto de vida virginal, despertavam tudo de bom que havia nele.
Em quadros anteriores, Marc já havia retratado cavalos isolados e em bando de modo heroico e até mesmo contemplativo, o que evoca a grandeza animal. No quadro "O Destino dos Animais", painel com quase 2,70m de altura, o pintor representa a destruição do mundo que tanto aprecia.
Na pintura são retratados cavalos, cervos e raposas sitiados por uma catástrofe apocalíptica em que a natureza se volta contra si mesma. No verso da tela, o pintor escreveu: "E toda a existência é um ardente tormento".
O quadro foi danificado num incêndio durante a Primeira Guerra Mundial, como é possível perceber do lado direito da tela.
4 detalhes de "O Destino dos Animais" se destacam:
1 - Cavalos verdes
Ao contrário de outros quadros de Marc, em que os animais apresentam aspecto heroico, os cavalos verdes aparecem impotentes nesta pintura. Uma égua chora por sua cria que, em pânico, corre às cegas rumo a uma árvore caída de tons sanguíneos.
2 - Cervo azul
No centro da pintura um cervo azul solitário. Para Marc, o animal representava a gentileza. Suas cores têm certos atributos psicológicos: o azul representa a masculinidade, a austeridade e o intelecto. Ao curvar o pescoço para trás, o cervo recebe o golpe fatal representado pelo raio de luz alaranjada que atravessa o quadro.
3 - Restauração
Ao refazer o lado direito do quadro, danificado no ano de 1918, Paul Klee, amigo próximo de Marc, evitou deliberadamente reproduzir a translucidez única do colorido original de Marc, concentrando-se na manutenção da integridade compositiva da obra.
4 - Equilíbrio
Formas abstratas e animais se interpenetram e se superpõem em diagonais sólidas, semelhantes a flechas. Marc desenvolveu, conscientemente, um estilo em que era impossível tirar, acrescentar ou sequer mudar uma única linha sem comprometer radicalmente o equilíbrio e a tensão interna da obra. Fragmentos entrecruzados de vegetação e raios de luz sugerem a existência de um completo equilíbrio entre a vida e a força destrutiva.
Ficha Técnica: O Destino dos Animais
Autor: Franz Marc
Onde ver: Kuntmuseum, Basileia, Suíça
Ano: 1913
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 1,96m x 2,70m
Movimento: Expressionismo Alemão
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
TOME CIÊNCIAS
Estações Meteorológicas
Nas estações meteorológicas são registradas e analisadas as variações das condições atmosféricas por meio de equipamentos dos quais fazem uso, como termômetros, higrômetros, anemômetros, pluviômetros, etc.
Nessas estações trabalham os meteorologistas, profissionais que estudam, entre outras coisas, as condições atmosféricas. Os meteorologistas contam com as informações captadas por satélites meteorológicos e radiossondas.
Os satélites meteorológicos são localizados em vários pontos do espaço, captam imagens da superfície e das camadas atmosféricas da Terra e podem mostrar a formação e o deslocamento das nuvens e das frentes frias ou quentes.
As radiossondas são aparelhos que emitem sinais de rádio. São transportados por balões e sua função é medir a pressão, a umidade e a temperatura das camadas altas da atmosfera. Há aviões que também coletam e enviam informações sobre as condições do tempo.
Das estações meteorológicas, os técnicos enviam os dados das condições do temo para os distritos ou institutos meteorológicos a fim de fazer as previsões do tempo para as diversas regiões.
No Brasil há o Inmet - Instituto Nacional de Meteorologia e o Inpe - Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, onde se fazem previsões que exigem maior precisão de dados.
As informações sobre o tempo nas diversas regiões do Brasil, divulgadas pelos noticiários, são obtidas junto a esses institutos ou de outros similares.
Extraído do site: www.sobiologia.com.br
Acessado em : 11/10/2012 às 22:45
Próxima Postagem: A poluição do ar e a nossa saúde. Aguardem!
365 DIAS DE ARTE
Tilly Losch, de Joseph Cornell
Nessa colagem, um "assemblage", uma boneca antiga de madeira impressa em cartolina representa a coreógrafa Tilly Losch. |
Joseph Cornell (24/12/1903 - 29/12/1972) foi um pintor e escultor americano, um dos pioneiros e principais expoentes da arte chamada "assemblage". Foi influenciado por surrealistas e o artista também era um nervoso cineasta experimental.
Nessa colagem, a figura está suspensa pelos fios de um paraquedas ou balão invisível e não fica claro se ela está voando para o céu ou caindo na terra. A boneca exibe cachos vitorianos e uma crinolina (armações usadas sob as saias para lhes conferir volume, sem a necessidade do uso de saiote ou anáguas) sob o vestido azul com barra desenhada.
Uma bola vermelha de madeira está enfiada numa corda branca e esticada entre as mãos da boneca. Vinte e sete fios brancos surgem atrás da figura, espalhando-se em direção ao topo da imagem. Abaixo da boneca é possível ver montanhas recortadas de uma revista, coladas de maneira a dar a impressão de que a figura voa acima delas. A cena é montada contra um fundo de papel azul-claro, simbolizando o céu.
4 detalhes de "Tilly Losch" se destacam:
1 - Cordas saindo da saia
A boneca provoca uma sensação de estranheza. Essa impressão é causada porque a figura está suspensa em cordas que, de maneira irreal, saem de trás de sua saia.
2 - Localização das montanhas
Existe um texto impresso na cena da montanha, que revela que se trata do glaciar Aletsch, nos Alpes suíços. Essa inscrição faz referência à região natal de Tilly Losch.
3 - Conteúdo da caixa
Os materiais presentes dentro da caixa foram meticulosamente reunidos. Cada um dos fios foi medido e fixado a plataforma que sustenta a boneca cuidadosamente construída. A figura feminina e a montanha foram recortadas com um estilete.
4 - Boneca
A boneca foi impressa usando uma técnica de entalhe conhecida como gravura. A técnica foi desenvolvida no século XV e continuava sendo o principal método de impressão comercial no século XX.
Ficha Técnica: Tilly Losch
Autor: Joseph Cornell
Onde ver: The Robert Lehrman Art Trust, Washington D.C., EUA
Ano: 1935
Técnica: Meios Mistos
Tamanho: 25,7cm x 23,5cm
Movimento: Surrealismo
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
CURIOSIDADES DA MATEMÁTICA
Dando continuidade sobre "A História da Matemática", hoje vamos assistir a mais um episódio da série transmitida pela BBC de Londres - Episódio IV - Ao Infinito e Além.
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