Mastros
Azuis: Número 11, de Jackson Pollock
O pintor é considerado uma referência no Expressionismo Abstrato. |
Paul Jackson Pollock (28/01/1912 - 11/08/1956) foi um pintor norte-americano e referência no movimento do expressionismo abstrato.
Desenvolveu uma técnica de pintura, o "dripping" (gotejamento), na qual respingava a tinta sobre imensas telas; os pingos escorriam formando traços harmoniosos e pareciam entrelaçar-se na superfície da tela. Pollock foi muito importante para o "dripping". Pintava com a tela colocada no chão para sentir-se dentro do quadro. Ele parte do zero, do pingo de tinta que deixa cair na tela e elabora uma obra de arte. Além de deixar de lado o cavalete, Pollock também não usava pincéis.
Mastros Azuis: Número 11 é um desenvolvimento das pinturas de Pollock feitas exclusivamente com tinta derramada sobre uma base, rumo à incorporação de elementos figurativos. O método atingiu seu ápice na década de 1950. No método de Pollock a base, neste caso, um pedaço de tela não esticada, era colocada no chão do estúdio e depois a tinta era derramada, pingada e, às vezes, arremessada sobre a sua superfície.
As obras de Pollock utilizava uma gama limitada de cores pastel, no entanto, em Mastros Azuis a paleta é mais aberta e berrante, como o próprio azul dos oito "mastros".
Embora a técnica do artista pareça favorecer o acaso, ele próprio disse diversas vezes que tinha tudo absolutamente planejado. Nessa obra a multiplicação dos mastros sugere figuras esquemáticas ao fundo, inovação que evoca associações mais específicas por parte do espectador.
3 detalhes de Mastros Azuis: Número 11 se destacam:
1 - Cores interpostas
O artista fazia, por toda a tela, passagens sucessivas. No entanto, os enfoques eram feitos a partir de diversos ângulos, assim como os esmaltes usados eram todos de cores diferentes. Assim, Pollock construía múltiplas camadas de uma rede elaborada.
2 - Elementos verticais
Sobre a rede de linhas de tinta aplicadas de maneira veloz, o pintor acrescenta elementos estruturais como os "mastros azuis", pintados de maneira tradicional e deliberada. As faixas não invadem o fundo porque Pollock deixou que a tela secasse antes de ser pintada novamente.
3 - Borda arbitrária
Pollock iniciava suas pinturas no chão, com a tela estendida e sem bordas definidas até que recebesse uma moldura. O que é possível ver nessa pintura é apenas o centro da ação. Os cantos e bordas são arbitrários, podendo estar mais perto ou mais longe do centro.
Ficha Técnica: Mastros Azuis: Número 11
Autor: Jackson Pollock
Onde ver: National Gallery of Australia, Canberra, Austrália.
Ano: 1952
Técnica: Óleo, esmalte e tinta de alumínio com fragmentos de vidro sobre tela
Tamanho: 2,13m x 4,89m
Movimento: Expressionismo Abstrato
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