quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

365 DIAS DE ARTE

Manhã de Primavera no Palácio Han, de Qiu Ying

Manhã de Primavera no Palácio Han é um rolo de seda que mostra uma cena imaginária se desenvolvendo na área de um palácio imperial chinês.

Qiu Ying (1494 - 1552) foi um pintor chinês que se especializou na técnica de escovação na pintura conhecida como "Gongbi". Seu pseudônimo era Shizhou. Nasceu numa família de camponeses em Taicang e estudou pintura em Suzhou. Apesar da Escola Wu Suzhou incentivar a pintar utilizando a técnica de lavagem de tinta, Qiu pintou no estilo verde-e-azul (outra técnica chinesa de pintura). Pintou com o apoio do poder do dinheiro, criando imagens de flores, jardins, assuntos religiosos e paisagens da moda da Dinastia Ming. Incorporou técnicas diferentes em suas pinturas e seu talento e versatilidade permitiram-lhe tornar-se considerado como um dos "Quatro Mestres da Dinastia Ming".
A cena da obra apresentada hoje é ambientada na Dinastia Han, que acabou no ano de 223 a.C. e foi encomendada por um grande colecionador, mesmo sabendo que o pintor era um artista da Dinastia Ming, na época em que a China reafirmava sua identidade cultural e política.
Na pintura o palácio é adornado com árvores e pedras em formas diferenciadas, além de pilares e pórticos para definirem a estrutura dos pavilhões. A elegância decorativa do rolo é obtida por uma paleta limitada de laranja opaco, com toques de verde, vermelho vivo e azul ao longo do rolo.


3 detalhes de "Manhã de Primavera no Palácio Han" se destacam:


1 - Beleza ideal
As concubinas pintadas no rolo representam o ideal de beleza na época. Os olhos ficam exatamente a meio caminho entre o queixo e a linha dos cabelos, as sobrancelhas e lábios são finos e o nariz é desenhado com uma só linha.


2 - Pintor
O retrato de uma das concubinas do imperador Yüan-ti está sendo pintado. A pequena cena alude à famosa história sobre o artista da corte, Mao Yenshou e a bela Wan Chaochün.


3 - Roupas elegantes
Embora o cenário da pintura ser algo imaginário, os trajes elaborados das concubinas são retratos fiéis das roupas da Dinastia Han. As formas esguias das damas do palácio são envolvidas por túnicas de seda ondulantes, que realçam a beleza e os gestos graciosos das mulheres.




Ficha Técnica: Manhã de Primavera no Palácio Han

Autor: Qiu Ying
Onde ver: Museu do Palácio Nacional, Taipé, Taiwan
Ano: 1542
Técnica: Nanquim e tinta colorida sobre seda
Tamanho: 30,6cm x 5,74m
Movimento: Arte Chinesa

MENSAGEM DE VOLTA ÀS AULAS


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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

365 DIAS DE ARTE

Uma e Três Cadeiras, de Joseph Kosuth

O artista criou, no ano de 1970, no MoMa, uma "Informação", exposição de arte conceitual que tinha como objetivo colocar a arte como fonte de informações e não como concepção estética.

Joseph Kosuth (31/01/1945) é um influente artista conceitual americano. Estudou belas artes na escola de artes visuais em New York e seu trabalho é geralmente esforçado em explorar a natureza da arte, focalizando em ideias na marginalidade da arte em vez de produzir a arte por si mesmo. Assim, sua arte é muito baseada na auto-referência.
A contribuição de Kosuth para a "Informação" foi essa obra. O autor explicou que a expressão da obra está na ideia e não na forma. Para ele, as formas são apenas um artifício a serviço da ideia. A obra contém três formas de uma cadeira: a dobrável, comum; uma fotografia em prata coloidal de uma cadeira e a imagem aumentada de uma definição de algum dicionário sobre a palavra "cadeira".
A obra tem como objetivo estimular o espectador com a ideia física, representativa e verbal do objeto. O artista questiona como as representações e relatos de um tema se relacionam com esse tema propriamente dito, além de explorar como essas relações são compreendidas e se determinada forma tem mais valor que outra. Uma expressão visual do conceito de Platão das formas.
Kosuth pede ao espectador que analise como a arte e a cultura são forjadas por meio da linguagem e dos significados, ao invés de ser forjada por meio da beleza e do estilo.


3 detalhes de "Uma e Três Cadeiras" se destacam:

1 - Cadeira
A cadeira de madeira usada pelo artista é um exemplo comum tirada de seu contexto usual e recolocada no ambiente de um museu. Dessa maneira, a cadeira é privada de sua função utilitária e ganha um novo significado: um objeto de arte para contemplação.


2 - Fotografia de uma cadeira
A fotografia em preto e branco tem a função de despertar questionamentos importantes a respeito da verdade e da imitação do espaço de um museu. Trata-se de uma foto da mesma cadeira que está sendo exposta e também reflete uma nova abordagem da fotografia na década de 1960.


3 - Definição de cadeira
Kosuth foi um dos primeiros artistas a investigar a natureza linguística da proposta artística. As palavras têm o poder de criar conhecimento e entendimento, sobretudo pela maneira como estão apresentadas. Quando lemos a definição do dicionário para a palavra "cadeira", talvez essa seja rapidamente relacionada com uma das figuras disponíveis para apreciação - a foto ou a própria cadeira - no entanto, de maneira isolada, a definição pode evocar experiências pessoais com outras cadeiras.




Ficha Técnica: Uma e Três Cadeiras

Autor: Joseph Kosuth
Onde ver: MoMa, New York, EUA
Ano: 1965
Técnica: Madeira e Fotografia em prata coloidal
Tamanho: 82cm x 38cm x 53cm (cadeira)
91cm x 61cm (fotografia)
61cm x 61cm (painel com texto)
Movimento: Arte Conceitual

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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

GEO... GRAFANDO!

Amapá


Bandeira:

Brasão:

Mapa:

Capital:     Macapá
Área total:     142.814,585 Km2
Sigla:     AP
Região:     Norte
População:     615.715 hab. (2006)

Situa-se a nordeste da região Norte e tem como limites a Guiana Francesa a norte, o Oceano Atlântico a leste, o Pará a sul e oeste e o Suriname a noroeste. É o Estado Brasileiro mais bem preservado, mantendo intacta quase a totalidade da floresta Amazônica, que cobre 90% de seu território. O Estado possui população urbana de 89%, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
A economia do Amapá possui pouca participação no PIB nacional e se concentra basicamente na extração da castanha-do-pará, de madeira e na mineração de manganês. O Estado é um dos maiores compradores dos produtos do Pará, estado ao qual é muito ligado. Macapá e o Amapá consomem produtos alimentícios e de outros gêneros principalmente da região do Marajó (Pará).

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domingo, 27 de janeiro de 2013

UM POUCO DE... LÍNGUA PORTUGUESA!


365 DIAS DE ARTE

Para um Dia de Verão, de Bridget Riley

O título se deve a um soneto de William Shakespeare: "Devo comparar-te a um dia de verão?" e o objetivo da obra é evocar lembranças dos dias quentes e ensolarados dos primeiros dias da artista na Cornualha.

Bridget Riley nasceu em Londres em 1931. Riley pretendeu representar o movimento Op art com a utilização sequencial de elementos gráficos, nomeadamente listas que se sobrepõem, curvas onduladas, discos concêntricos e quadrados ou triângulos que se repetem exaustivamente. A dinâmica nas suas obras é, em suma, alcançada com a oposição de estruturas idênticas que interagem umas com as outras produzindo determinado efeito óptico. A interação de cores, por seu turno, baseada nos grandes contrastes  (preto e branco) ou na utilização de cores complementares, criam efeitos visuais como sobreposição e interação sobre o fundo e o foco principal, sugerindo, também elas, sensações ópticas de ritmo nas superfícies, que parecem vibrar. Seus primeiros quadros a preto e branco surgiram em 1960, tendo ganho rapidamente um papel de destaque no movimento emergente da Op art, que a levou a expor em países tão diferentes como Itália, Alemanha, Estados Unidos, Austrália, Índia, Egito e Japão e a ser admirada por artistas importantes no nosso século como Salvador Dalí. É, no entanto, em meados dos anos 60 ao utilizar cores nos seus trabalhos que revoluciona o movimento Op Art ao introduzir uma técnica, denominada "Moiré", através da qual cria um espaço móvel que produz um efeito semelhante a de um estalido de chicote.
Atualmente a artista concilia suas exposições com a carreira de professora universitária.
O estilo Op Art (abreviação de Optical Art) coincidiu muito no seu início com os chamados efeitos psicodélicos. Os desenhos apareciam na moda, em papéis de parede, capas de discos e embalagens. Bridget Riley explorou a interação das cores vizinhas para criar sensação calmante de movimento, ritmo e profundidade. Suas obras representam sua reação ao mundo físico.


2 detalhes de "Para um Dia de Verão" se destacam:


1 - Ilusões de óptica
A partir dos anos 70 a artista pintou uma série de quadros de ondas no mar, com linhas curvas que se estreitam e se ampliam em intervalos regulares. As diagonais formadas pelas cristas das ondas passam a impressão de que uma ondulação suave acontece na água.


2 - Interação de cores
A inspiração para a paleta da obra veio, em especial, de Seurat e os neoimpressionistas. Bridget sempre foi bastante meticulosa na escolha de cores e, em Para um Dia de Verão, os tons escolhidos visam criar uma interação dinâmica. As duas cores principais são o amarelo-ocre e o azul-claro, mas também é possível encontrar indícios de violeta e rosa na composição.




Ficha Técnica: Para um Dia de Verão

Autor: Bridget Riley
Onde ver: Tate, Londres, Reino Unido
Ano: 1980
Técnica: Tinta acrílica sobre tela
Tamanho: 115,5cm x 281cm
Movimento: Op Art

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

365 DIAS DE ARTE

O Boi Esfolado, de Rembrandt

A luz, embora seja difusa, permite a definição das características anatômicas do bovino.

Rembrandt Harmenszoon van Rijn (15/07/1606 - 04/10/1669) foi um pintor neerlandês. Considerado um dos maiores nomes da história da arte européia e o mais importante da história neerlandesa. Considerado, por alguns, como o maior pintor de todos os tempos.
O artista mostra a peça como se fosse um retrato. A visão a três quartos é a que mais favorece e oferece informações a respeito da personagem retratada. A carcaça encontra-se em uma espécie de cave ou açougue, ambiente lúgubre.
A luz, embora seja difusa, permite a definição das características anatômicas do bovino. Existe ainda uma segunda fonte de luz, proveniente da divisão contígua e de onde emerge o busto quase imperceptível de uma mulher. Esta é considerada, provavelmente, a mulher do açougueiro, limpando o sangue derramado sem dar atenção à carcaça do animal.


Ficha Técnica: O Boi Esfolado

Autor: Rembrandt
Onde ver: Museu do Louvre, Paris, França
Ano: 1655
Técnica: Óleo sobre madeira
Tamanho: 94cm x 69cm
Movimento: Pintura Flamenga

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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

365 DIAS DE ARTE


Mulata, de Alfredo Volpi


O artista parece ter capturado o momento exato em que sua modelo, Judith, se virava bruscamente.

Alfredo Volpi (14/04/1896 - 28/05/1988) foi um pintor ítalo-brasileiro considerado pela crítica como um dos artistas mais importantes da segunda geração do Modernismo. Um das características de suas obras são as bandeirinhas e os casarios.
Volpi, como era chamado, pintou sua primeira obra aos 18 anos de idade e depois não parou mais. Andava pelos arredores da cidade de São Paulo, para onde se mudou com 18 meses de idade, observando paisagens, cores e luminosidade dos ambientes. Gostava de pintar ao ar livre, junto à natureza, e na época sua obra se assemelhava aos trabalhos dos impressionistas.
Já em 1927, o pintor começava a trabalhar com referências modernistas, como na obra apresentada hoje. Mulata apresenta uma jovem, provavelmente Judith - que na realidade se chamava Benedita da Conceição -, o grande amor de Volpi. O quadro é considerado o primeiro do artista a conter referências modernistas.
Nele, é possível observar o olhar e o movimento do rosto e do corpo da modelo. O artista parece ter capturado o momento exato em que ela se virava bruscamente.


Ficha Técnica: Mulata

Autor: Alfredo Volpi
Onde ver: Museu de Arte Moderna, São Paulo, Brasil
Ano: 1927
Técnica: Óleo sobre tela colada em madeira
Tamanho: 59,6cm x 50cm
Movimento: Modernismo

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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

365 DIAS DE ARTE

A Metamorfose de Narciso, de Salvador Dalí

A obra, considerada perturbadora, marca as conquistas de Dalí como surrealista.

Salvador Domingo Felipe Jacinto Dali i Domènech, 1º Marquês de Dalí de Púbol (11/05/1904 - 23/01/1989), conhecido apenas como Salvador Dalí, foi um importante pintor catalão, conhecido pelo seus trabalhos surrealistas. O trabalho de Dalí chama a atenção pela incrível combinação de imagens bizarras, oníricas, com excelente qualidade plástica. Dalí foi influenciado pelos mestres do Renascimento. Salvador Dalí teve também trabalhos artísticos no cinema, escultura e fotografia e foi autor de poemas dentro da mesma linha surrealista. Tinha uma reconhecida tendência a atitudes e realizações extravagantes destinadas a chamar a atenção, o que por vezes aborrecia seus apreciadores.
O pintor tinha profundo orgulho da obra apresentada hoje, considerando-a como o melhor produto de seu método paranoico-crítico. O tema foi retirado da mitologia clássica. Como narra o poeta romano Ovídio, no livro Metamorfoses, Narciso era um belo jovem que se apaixonou por seu próprio reflexo. Maravilhado, o jovem ficou imóvel como uma estátua e, gradualmente, se consumiu. Ao morrer o jovem transformou-se em uma flor, que leva seu nome.
Além da lenda, Dalí também usou como inspiração uma conversa que ouviu entre dois pescadores locais. Eles falavam de um sujeito estranho, que tinha um "bulbo na cabeça", expressão alemã para doença mental. Isso deu a Dalí a ideia de pintar o bulbo da flor irrompendo através do ovo - o crânio transformado de Narciso.
A Metamorfose de Narciso é uma obra bastante complexa, que se liga intimamente ao interesse do artista pela psicanálise. Grande admirador de Sigmund Freud, Dalí levou consigo essa pintura quando foi conhecer o famoso psicanalista. A pintura pode ser considerada, em partes, uma celebração do efeito benéfico que ela exerceu. Isso porque Dalí tinha sérias preocupações com seu próprio narcisismo até encontrar sua esposa, Gala.


4 detalhes de A Metamorfose de Narciso se destacam:


1 - Narciso
O jovem olha a água obcecado pelo próprio reflexo. Com o rosto baixo, imóvel, já começou a definhar. Uma sombra em seu couro cabeludo se assemelha à rachadura apresentada no ovo ao lado.


2 - Mão segurando o ovo
Essa parte do quadro é uma re-elaboração criativa do final trágico do conto, quando o jovem morre e se transforma em um narciso. Dalí justapõe, nessa situação, dois temas importantes e contraditórios: a criação de uma nova vida, afirmada pela flor, e a rachadura da mão que o segura, ossificada e morta.


3 - Ovo e flor
O olho do espectador recai imediatamente sobre o narciso que rompe a casca do ovo. Essa é considerada a parte mais brilhante da composição e do ponto de vista do próprio pintor, a mais importante. De modo muito diferente em relação à lenda, ele representa a cura simbólica para os males do narcisismo.


4 - Figura do pódio
A figura apresentada no pódio se relaciona com o tema do ovo. Um belo jovem em isolamento glorioso está postado em pedestal enquanto vira as costas para os principais acontecimentos do quadro. O jovem parece totalmente absorvido contemplando sua própria forma nua.




Ficha Técnica: A Metamorfose de Narciso

Autor: Salvador Dalí
Onde ver: Tate, Londres, Reino Unido
Ano: 1937
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 51,1cm x 78,1cm
Movimento: Surrealista

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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

365 DIAS DE ARTE

O Nascimento de Vênus, de Sandro Botticelli

O Nascimento de Vênus é uma pintura com movimentos suaves e harmonia e mostra a chegada de Vênus, deusa romana do amor, da beleza e da fertilidade à ilha de Chipre.

Alessandro di Mariano di Vanni Filipepi, dito Sandro Botticelli (01/03/1445 - 17/05/1510) foi um célebre pintor italiano da Escola Florentinado Renascimento. Protegido dos Médicis, para os quais executou preciosos registros da pintura de cunho mitológico, foi bem relacionado no círculo florentino, trabalhando para o Vaticano, produzindo afrescos para a Capela Sistina. Foi um destacado retratista e seu talento excepcional de transpor para a linguagem formal as concepções de seus clientes, tornou-se um dos pintores mais disputados de seu tempo.
A deusa de Botticelli incorpora o ideal de beleza do Renascimento: seus membros claros são longos e elegantes, os ombros se inclinam, a barriga é sensualmente arredondada e sua expressão de rosto refinado apresenta algo de etéreo. A pintura pode ser vista como a manifestação física de uma beleza considerada divina e perfeita.
Tudo ao redor da deusa são símbolos da primavera, época de novos começos e renovação. A figura icônica de Vênus encontra-se no centro da composição, perfeitamente equilibrada.
O quadro provavelmente foi encomendado por um rico membro da família Médici, Lorenzo di Pierfrancesco de Médici, para ser colocado em sua vila em Castello, próximo a Florença. Na Itália renascentista era comum que obras com cenas mitológicas fossem encomendadas para decorar móveis de madeira.
Botticelli rompeu com essa tradição ao pintar O Nascimento de Vênus, pois produziu a primeira obra em tela para mostrar uma imagem mitológica em grande escala - tamanho que só era usado para pinturas religiosas.


4 detalhes de O Nascimento de Vênus se destacam:


1 - Vênus
A deusa surge como uma mulher feita. Sua mão direita cobre um dos seios, enquanto a esquerda segura os longos cabelos dourados sobre a região púbica. Sua pose clássica, conhecida como Vênus pudica, vai contra representações de outros artistas sobre a deusa, que aparecia de forma mais erótica. A Vênus de Botticelli representa o idela de beleza italiano do século XV.


2 - Concha
A deusa está prestes a deixar seu barco, uma concha ancorada no centro da composição. Embora o nome do quadro se refira ao nascimento de Vênus, este fato se deu em circunstâncias menos poéticas. De acordo com a mitologia grega, a deusa teria surgido da espuma fértil criada quando os órgãos genitais de seu pai, Urano, foram jogados no mar.


3 - Zéfiro e Clóris
O deus alado Zéfiro, personificação do vento oeste traz movimento à cena. Suas bochechas são representadas de modo que o espectador acredite que ele está soprando para que as ondas empurrem Vênus em direção à praia. O deus aparece com uma mulher, provavelmente Clóris, uma ninfa de moral roubada pelo deus para ser sua noiva.


4 - Flora
A figura feminina à direita é identificada como Flora, a deusa das flores. Uma figura alegórica, a deusa representa a primavera, tempo de renovação. Ao redor de seu pescoço aparecem folhas de murta, a árvore sagrada de Vênus.




Ficha Técnica: O Nascimento de Vênus

Autor: Sandro Botticelli
Onde ver: Uffizi, Florença, Itália
Ano: 1485
Técnica: Têmpera sobre tela
Tamanho: 172,5cm x 278,5cm
Movimento: Renascimento

GEO... GRAFANDO!

Hoje continuaremos percorrendo nosso lindo Brasil!!!!!

Alagoas

Bandeira

Brasão

Mapa

Capital:   Maceió
Área total: 27.767,661 Km2
Sigla:   AL
Região:   Nordeste
População:   3.015.912 hab. (dados IBGE 2005)

Composto por 120 municípios, Alagoas situa-se a leste da região Nordeste, tendo como limites Pernambuco a norte e noroeste, Sergipe ao sul, Bahia ao sudoeste e oceano Atlântico a leste. Atualmente a atividade econômica que mais cresce no Estado é o turismo, sendo a capital Maceió uma das mais visitadas da região nordeste. Outras atividades que desempenham papel importante na economia de Alagoas são:

* Agricultura = cultivo de produtos como o abacaxi, o coco, a cana-de-açúcar, o feijão, o fumo, a mandioca, o arroz e o milho.
*Pecuária = criações de equinos, bovinos, bubalinos (búfalos), caprinos, ovinos e suínos.
* Extrativismo = reservas minerais de sal-gema, gás natural, além do petróleo.
* Indústria = produção de açúcar e álcool, de cimento e processamento de alimentos.

Por muito tempo, a agropecuária foi a principal atividade da economia alagoana, porém hoje representa apenas 10,3% da mesma. Essa redução ocorreu porque o governo na década de 1960 passou a diversificar os investimentos, aplicando na exploração do sal-gema e na produção de petróleo.

365 DIAS DE ARTE

Dama com Arminho, de Leonardo Da Vinci

A composição é inovadora e, ao mesmo tempo, complexa. A dama foi pintada virando a cabeça da sombra para a luz, atraída por algo fora do quadro.






Leonardo di Ser Piero da Vinci, ou simplesmente Leonardo Da Vinci (15/04/1452 - 02/05/1519) foi um pintor italiano, uma das figuras mais importantes do Alto Renascimento. Se destacou também como cientista, matemático, engenheiro, inventor, anatomista, escultor, arquiteto, botânico, poeta e músico. É ainda conhecido como o precursor da aviação e da balística. Considerado um dos maiores pintores de todos os tempos e como possivelmente a pessoa dotada de talentos mais diversos a ter vivido.
Leonardo da Vinci é considerado por vários o maior gênio da história, devido a sua multiplicidade de talentos.
A Dama com Arminho é, provavelmente, Cecilia Gallerani, de 17 anos, dama da corte milanesa e amante do Duque de Milão, Lodovico Sforza. Existem várias hipóteses sobre a presença do animal na cena. Uma delas é que ele simboliza a castidade da garota, embora isso pareça mais uma ironia, já que ela deu à luz um filho ilegítimo do duque.
Outra hipótese evoca um trocadilho com o seu nome que, em grego, significa arminho. Existe ainda uma terceira possibilidade que se apoia no fato de que o apelido de Lodovico era Ermellino, que significa Arminho em italiano. A pintura foi feita durante a primeira visita de Da Vinci  a Milão, para onde ele foi na esperança de conseguir a proteção do duque.
A composição é inovadora e, ao mesmo tempo, complexa. A dama foi pintada virando a cabeça da sombra para a luz, atraída por algo fora do quadro. Isso dá uma dinâmica à pose e provoca o interesse do espectador.


3 detalhes de A Dama com Arminho se destacam:


1 - Mão
As mãos femininas eram geralmente pintadas em formas arredondadas e graciosas, mas nessa obra é possível ver o resultado da exploração anatômica dos músculos e ossos. A mão em formato de garra dá um efeito levemente perturbador à cena.


2 - Arminho
O arminho branco que a dama segura foi ampliado para equilibrar a composição. Seus olhos marrons e suas feições marcadas espelham desconfortavelmente as feições da jovem.


3 - Rosto
A luz se propaga sobre o rosto de Cecilia revelando um esboço de um sorriso. Essa parte foi modelada delicadamente com tons de pele pálidos e um leve rubor nas bochechas.




Ficha Técnica: Dama com Arminho

Autor: Leonardo Da Vinci
Onde ver: Museu Czartoryski, Cracóvia, Polônia
Ano: 1492
Técnica: Óleo sobre madeira
Tamanho: 54cm x 40cm
Movimento: Renascimento

sábado, 19 de janeiro de 2013

365 DIAS DE ARTE

O Grito, de Edvard Munch


Edvard Munch (12/12/1863 - 23/01/1944) foi um pintor norueguês, um dos precursores do expressionismo alemão.
A pintura representa uma figura andrógina em um momento de profunda angústia e desespero existencial. A imagem que aparece como plano de fundo é a doca de Oslofjord, em Oslo, ao pôr-do-sol. A fonte de inspiração da obra pode ser a vida pessoal do próprio pintor, educado por um pai controlador que teve de lidar, ainda enquanto criança, com a morte da mãe e de uma irmã.
Além de todo o drama que viveu enquanto jovem, Munch também passou por maus bocados quando adulto, após cortar relações com o pai para integrar a cena artística de Oslo. Ao contrário do que o jovem esperava, se envolveu com uma mulher casada e, por isso, teve de enfrentar ainda mais mágoa e desespero. Já no início da década de 1890 outra irmã, a sua preferida, foi diagnosticada com transtorno bipolar e internada em um hospital psiquiátrico.
Todos esses sentimentos de desespero que ficam evidentes no quadro, que é considerado uma das obras mais importantes do movimento expressionista. A dor está presente não apenas na personagem como também no fundo, destacando que a vida não é a mesma para as pessoas que sofrem. A composição insere o observador no quadro e faz com que ele passe a ver o mundo disforme, o que afeta diretamente a participação do mesmo na obra.


Ficha Técnica: O Grito

Autor: Edvard Munch
Onde ver: Galeria Nacional, Oslo, Noruega
Ano: 1893
Técnica: Óleo e pastel sobre cartão
Tamanho: 91cm x 73,5cm
Movimento: Expressionismo

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Os Estados Brasileiros


Conheça um pouco mais sobre os Estados brasileiros. Iniciaremos em ordem alfabética, percorrendo assim todo o nosso país!

Acre

BANDEIRA

BRASÃO

MAPA

CAPITAL = Rio Branco
ÁREA TOTAL = 152.581,388 Km2
SIGLA: AC
REGIÃO: Norte
POPULAÇÃO: 686.652 hab. (dados IBGE 2006)

Situa-se no sudoeste da região Norte e tem como limites o Amazonas a norte, Rondônia a leste, a Bolívia a sudeste e o Peru ao sul e oeste. Seus rios mais importantes são: Tarauacá, Embirá, Xapuri, Juruá, Rio Purus, Rio Acre.
A maior parte do Acre é formada por mata intocável, protegida principalmente pelo estabelecimento de florestas de proteção integral, reservas indígenas e reservas extrativistas.
Até 1903, a região do Acre foi disputada pelo Brasil, Bolívia e Peru, quando então o Brasil comprou a essa região dos bolivianos por 2 milhões de libras esterlinas, acabando com a disputa. O Acre só passou a ser considerado um Estado brasileiro em 1962, quando atingiu o desenvolvimento necessário.
A economia do Acre é baseada no extrativismo (coletas do que a natureza oferece, sem a preocupação de cultivar tais recursos). O Acre, devido a suas grandes preocupações com a exploração da Amazônia, recebeu em 2002 a certificação florestal mais importante do mundo, o "selo verde", por fazer retiradas de madeira causando o mínimo de agressões possíveis à natureza, na região do Xapuri. O Estado é o maior produtor brasileiro de borracha e tem como destaque da economia o setor de serviços. O principal meio de transporte é por meio dos rios.

GEO... GRAFANDO!

A partir desta data estaremos iniciando mais uma seção em nosso blog - "Geo...grafando!"
Uma seção destinada aos amantes de Geografia. Além de aprender Geografia, vocês encontrarão inúmeras curiosidades, jogos, bandeiras, hinos, exercícios, artigos, avaliações on-line e muito mais. Definitivamente, esta é a seção onde você "se localiza"!

365 DIAS DE ARTE

Doze Girassóis numa Jarra, de Vincent Van Gogh

Doze Girassóis numa Jarra é uma obra conhecida mundialmente.

Vincent Willem van Gogh (30/03/1853 - 29/07/1890) foi um pintor pós-impressionista, considerado um dos maiores de todos os tempos.
Sua vida foi marcada por fracassos. Falhou em todos os aspectos importantes para o seu mundo, em sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contatos sociais. Aos 37 anos sucumbiu a uma doença mental, cometendo suicídio.
Sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição de suas telas em Paris, a 17 de março de 1901.
Van Gogh é considerado um dos pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo a sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XIX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstracionismo. Seu museu está localizado em Amsterdã, dedicado aos seus trabalhos e dos seus contemporâneos.
Sobre a obra de hoje, após sua chegada ao sul da França, se estabelecendo em Arles, o pintor descobre o sentido da cor e da luz e, neste período, sua obra sofre a chamada "explosão da cor". Todo esse efeito em sua obra acabou resultando no quadro Doze Girassóis numa Jarra. A composição contrasta com a vida de seu autor, que viveu sempre à margem da sociedade.


Ficha Técnica: Doze Girassóis numa Jarra

Autor: Vincent Van Gogh
Onde ver: Neue Pinakothek, Munique, Alemanha
Ano: 1888
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 91cm x 72cm
Movimento: Impressionismo

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

UM POUCO DE... LÍNGUA PORTUGUESA!


365 DIAS DE ARTE

Urutu, de Tarsila do Amaral

A obra apresentada hoje mostra um dos símbolos mais importantes da Antropofagia.


A cobra grande é um animal que assusta e tem poder de "deglutição". Além disso, apresenta-se também o ovo, uma gênese, o nascimento de algo novo. A obra transmite a proposta da Antropofagia.
Concluída no ano de 1928, atualmente a obra pertence ao acervo de Gilberto Chateaubriand e está sempre em exibição na mais diversas exposições.


Ficha Técnica: Urutu

Autor: Tarsila do Amaral
Onde ver: Coleção Gilberto Chateaubriand - MAM/RJ, Rio de Janeiro, Brasil
Ano: 1928
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 60,5cm x 72,5cm
Movimento: Modernismo

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

UM POUCO DE... LÍNGUA PORTUGUESA!


TOME CIÊNCIAS

Propriedades da água

A água é um solvente

No ambiente é muito difícil encontrar água pura, em razão da facilidade com que as outras substâncias se misturam a ela. Mesmo a água da chuva, por exemplo, ao cair, traz impurezas do ar nela dissolvidas.
Uma das importantes propriedades da água é a capacidade de dissolver outras substâncias. A água é considerada solvente universal, porque é muito abundante na Terra e é capaz de dissolver grande parte das substâncias conhecidas.
Se percebermos na água cor, cheiro ou sabor, isso se deve a substâncias (líquidos, sólidos ou gases) nela presentes, dissolvidas ou não.
As substâncias que se dissolvem em outras (por exemplo: o sal) recebem a denominação de soluto. A substância que é capaz de dissolver outras, como a água, é chamada de solvente. A associação do soluto com o solvente é uma solução.


A propriedade que a água tem de atuar como solvente é fundamental para a vida. No sangue, por exemplo, várias substâncias - como sais minerais, vitaminas, açucares, entre outras - são transportadas dissolvidas na água.

Porcentagem de água em alguns órgãos do corpo humano.

Nas plantas, os sais minerais dissolvidos na água são levados das raízes às folhas, assim como o alimento da planta (açúcar) também é transportado dissolvido em água para todas as partes desse organismo.
No interior dos organismos vivos, ocorrem inúmeras reações químicas indispensáveis a vida, como as que acontecem na digestão. A maioria dessas reações químicas no organismo só acontece se as substâncias químicas estiverem dissolvidas em água.

A água como regulador térmico

A água tem a capacidade de absorver e conservar calor. Durante o dia, a água absorve parte do calor do Sol e o conserva até a noite. Quando o Sol está iluminando o outro lado do planeta, essa água já começa a devolver o calor absorvido ao ambiente.
Ela funciona, assim, como reguladora térmica. Por isso, em cidades próximas ao litoral, é pequena a diferença entre a temperatura durante o dia e à noite. Já em cidades distantes do litoral, essa diferença de temperatura é bem maior.
É essa propriedade da água que torna a sudorese (eliminação de suor) um mecanismo importante na manutenção da temperatura corporal de alguns animais.



Quando o dia está muito quente, suamos mais. Pela evaporação do suor eliminado, liberamos o calor excedente no corpo. Isso também ocorre quando corremos, dançamos ou praticamos outros exercícios físicos.


Extraído do site: www.sobiologia.com.br
Acesso em : 17/01/2013 às 00:20


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terça-feira, 15 de janeiro de 2013

UM POUCO DE... LÍNGUA PORTUGUESA!


365 DIAS DE ARTE

O Violeiro, de Almeida Junior

É possível perceber com a obra o desejo de aproximação realista ao cotidiano do homem do interior, sem o filtro das fórmulas universalistas da pintura acadêmica.

José Ferraz de Almeida Junior (08/05/1850 - 13/11/1899) foi um pintor e desenhista brasileiro da segunda metade do século XIX. É frequentemente aclamado pela historiografia como precursor da abordagem de temática regionalista, introduzindo assuntos até então inéditos na produção acadêmica brasileira: o amplo destaque conferido a personagens simples e anônimos e a fidedignidade com que retratou a cultura caipira, suprimindo a monumentalidade em voga no ensino artístico oficial em favor do naturalismo.
Certamente foi o pintor que melhor assimilou o legado do Realismo de Gustave Courbet e de Jean-François Millet, articulando-os ao compromisso da ideologia dos salons parisienses e estabelecendo uma ponte entre o verismo intimista e a rigidez formal do academicismo, característica essa que o tornou bastante célebre ainda em vida. De forma semelhante, sua biografia é até hoje objeto de estudo, sendo de especial interesse as histórias e lendas relativas às circunstâncias que levaram ao seu assassinato: Almeida Junior morreu apunhalado, vítima de um crime passional.
O Dia do Artista Plástico brasileiro é comemorado a 8 de maio, data de nascimento do pintor.
Nesse trabalho é possível ver de maneira clara o retrato do Brasil do final de 1800. O pintor usa o academicismo, uma pintura de requinte, porém, representa com ela a essência do Brasil. As pessoas representadas são aquelas com as quais Almeida Junior realmente conviveu. Por isso, o pintor conseguiu expressar de maneira única as características de seu povo.
É possível perceber com a obra o desejo de aproximação realista ao cotidiano do homem do interior, sem o filtro das fórmulas universalistas da pintura acadêmica. Almeida Junior não hesita em retratar o caipira em seu ambiente pobre e simples, seguindo sua vida calma e triste. Entretanto, o autor toma muito cuidado na composição para não ridicularizar a figura do caipira, ou ainda transformá-la em uma personagem pitoresca.


Ficha Técnica: O Violeiro

Autor: Almeida Junior
Onde ver: Pinacoteca do Estado de São Paulo, São Paulo, Brasil
Ano: 1899
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 141cm x 172cm
Movimento: Realismo

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

365 DIAS DE ARTE

Rio do Norte, de Tom Thomson

A paisagem é do final do outono e mostra a beleza das áreas selvagens do norte de Ontário, no Canadá.

Thomas John Thomson, conhecido como Tom Thomson (05/08/1877 - 08/07/1917) foi um influente artista canadense do início do século XX. Ele influenciou diretamente um grupo de pintores canadenses que viria a ser conhecido como o Grupo dos Sete.
A pintura de hoje é uma representação da transição da natureza feita de forma cuidadosa e inovadora. A vibração das cores e o forte senso de padrão, assim como as pinceladas arrojadas e expressivas, representam uma ruptura com a tradição paisagística européia. O pintor não buscava apenas uma representação visual do ambiente, mas queria também comunicar o espírito do lugar.
Apresenta um trecho tranquilo do rio no Algonquin Provincial Park, área que fascinava o pintor. A beleza do ambiente não era apreciada quando Thomson conheceu o lugar. Thomson costumava acampar no parque toda primavera e outono, período no qual fazia esboços do parque.


3 detalhes de Rio do Norte se destacam:


1 - Silhuetas
Os contornos escuros das árvores se estendem quase até a altura completa da tela e formam uma grade decorativa. É possível ver através dos galhos e folhagens que existe uma interação delicada entre o primeiro e o segundo plano.


2 - Rio
A ampla curva do rio vai pelo primeiro plano até a meia distância. O reflexo das árvores no rio estendem e suavizam as verticais com troncos e ajudam a criar o clima de tranquilidade.


3 - Enquadramento
O traçado dos ramos superiores das árvores e as verticais dos troncos finos enquadram o céu do fundo. A escuridão da madeira contrasta com o céu. A justaposição do rendilhado cria um efeito similar ao de olhar através de um vitral.




Ficha Técnica: Rio do Norte

Autor: Tom Thomson
Onde ver: National Gallery of Canada, Ottawa, Canadá
Ano: 1914 - 1915
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 115cm x 102cm
Movimento: Modernismo Canadense

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domingo, 13 de janeiro de 2013

365 DIAS DE ARTE

A Ronda Noturna, de Rembrandt Harmensz

"A Ronda Noturna" foi feita no auge da fama do artista.

Rembrandt Harmenszoon van Rijn (15/07/1606 - 04/10/1669) foi um pintor neerlandês. É geralmente considerado um dos maiores nomes da história da arte européia e o mais importante da história neerlandesa. Considerado como o maior pintor de todos os tempos. Suas contribuições à arte surgiram num período denominado pelos historiadores de "Século de Ouro dos Países Baixos", na qual a influência política, a ciência, o comércio e a cultura neerlandesa - em particular a pintura - atingiram seu ápice.
Tendo alcançado sucesso na juventude como um pintor de retratos, seus últimos anos foram marcados por tragédias pessoais e dificuldade financeira. Suas gravuras e pinturas foram populares em toda a sua vida e sua reputação como artista manteve-se elevada e por vinte anos ele ensinou quase todos os importantes pintores neerlandeses.
O nome original da obra apresentada acima é A companhia do capitão Frans Banning Cocq e do tenente Willem van Ruytenburch. Cercados pela escuridão e ao som de tambores, o grupo de milicianos se prepara para sair em marcha, sob o estandarte à mostra.
No centro da composição, vestido de preto e com um cinto vermelho, encontra-se o capitão Frans, que mostra, com seu braço estendido, o caminho a ser seguido. Ele é seguido de perto pelo tenente, vestido de amarelo resplandescente e dourado.
A pintura, ao invés de mostrar os membros da guarda enfileirados, dando espaços e destaques iguais a eles, apresenta-os em uma cena movimentada, semelhante a uma narrativa histórica.
Os milicianos pagaram uma taxa para serem incluídos na pintura e o nome de cada um deles é citado em um escudo ao fundo. A cena ainda é dramatizada com o uso de áreas escuras pontuadas por luzes que destacam cada rosto, capacete e arma.


4 detalhes de "A Ronda Noturna" se destacam:


1 - Homem carregando arma
Os milicianos eram conhecidos pelas armas que carregavam. Os homens nesta milícia, em específico, eram chamados de kloveniers, ou arcabuzeiros, numa referência à arma de cano comprido que carregavam.


2 - Autorretrato de Rembrandt
O artista assinou a pintura no canto inferior esquerdo e também inclui um autorretrato atrás do piqueiro, ao fundo da composição. É possível reconhecê-lo por seu nariz proeminente e por estar usando sua boina tradicional.


3 - Tenente
O tenente pode ser identificado por carregar uma espada de ferro puro e aceitar ordens do capitão. Cruzes do símbolo de Amsterdã enfeitam sua lapela.


4 - Moça em dourado
À esquerda do capitão encontra-se a surpreendente imagem de uma jovem vestida de dourado. Ela é o mascote da milícia e carrega um pássaro morto em seu chapéu. Isso é uma referência ao símbolo dos milicianos, uma pata de galo em seu brasão.




Ficha Técnica: A Ronda Noturna

Autor: Harmensz
Onde ver: Rijksmuseum, Amsterdã, Holanda
Ano: 1642
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 3,79m x 4,53m
Movimento: Idade de Ouro Holandesa