sexta-feira, 11 de maio de 2012

365 DIAS DE ARTE

Mona Lisa, de Leonardo da Vinci

Como todas as obras de Leonardo da Vinci, este quadro não está assinado nem datado.



     Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, é a pintura mais famosa do mundo. É quase uma heresia ir a Paris e não visitar La Gioconda no Louvre. Aliás, há muitos que vão ao museu somente para vê-la.

     Mas não se engane, a obra é pequena e rodeada de turistas. Por questão de segurança, não se pode chegar muito perto do quadro e há dois seguranças ao lado dela para garantir que você não se aproxime demais.
     Como todas as obras de Leonardo da Vinci, este quadro não está assinado nem datado. O nome da pintura é Mona Lisa ou La Gioconda e tem origem num relato de um historiador de arte Giorgio Vasari: “Francesco del Giocondo contratou Leonardo para produzir o retrato de sua esposa, Mona Lisa.”
     O famoso sorriso da modelo se deve ao fato de que da Vinci usou músicos e palhaços para mantê-la se divertindo. Muitos dizem que o sorriso de Mona Lisa é sagrado, divino. De fato, a obra lembra um pouco a imagem da Virgem Maria sentada, mas o artista italiano alterou a fórmula do retrato cristão. Ele pintou os braços dela para funcionarem como um elemento divisório, criando uma impressão de distância entre a Gioconda e o espectador.
     O quadro, aliás, é todo feito em perspectivas e dimensões. Num primeiro plano, percebe-se, como já dito, os braços da modelo. Leonardo da Vinci também deu profundidade ao fundo da tela. Você pode reparar isso olhando para o que tem atrás da tela. Parece que o fundo da pintura está extremamente longe de quem observa.
     É como se a pintura estivesse dividida em três planos básicos. O primeiro dos braços, depois da modelo e, por fim, o do fundo. Este tratamento dado ao que está atrás da Mona Lisa é chamado de perspectiva aérea.
     Outra coisa que chama atenção é que a pintura é piramidal, assim como a maioria das telas de Leonardo da Vinci. Assim, o jogo simbólico por trás da obra é fomentado. São três planos principais, três lados de uma pirâmide e três divisões verticais.
     Sem contar, é claro, toda a simbologia da pirâmide, que pressupõe virilidade; é um símbolo do homem, enquanto que o da mulher é uma pirâmide invertida. É de se pensar porque Leonardo da Vinci, um dos homens mais inteligentes do mundo, escolheu essa dicotomia. Muita gente, aliás, diz que a pintura é o próprio da Vinci travestido. Esta contraposição simbólica parece fazer sentido neste caso.
     Estas interpretações, no entanto, são só suposições, especulações. Por isso, não se pode afirmar nada com certeza.


4 detalhes de Mona Lisa se destacam:



1 – Paisagem
A vasta paisagem atrás da modelo dá uma grande profundidade à pintura. Além disso, se você prestar um pouco mais de atenção, o fundo está desequilibrado. O lado direito parece estar mais alto do que o esquerdo.

2 – Sobrancelhas e cílios
A Gioconda não tem sobrancelhas nem cílios. No entanto, algumas análises de alta resolução já revelaram que a modelo já teve sobrancelha e cílios. Alguma limpeza deve ter removido o pigmento usado para pintar estes traços.

3- Sfumato
Sfumato é uma técnica utilizada por Leonardo da Vinci para realizar uma transição suave e quase imperceptível entre as cores. Esta é mais uma das características da “perspectiva atmosférica”, criando uma sensação de distanciamento.

4 – Mãos Cruzadas
O jeito como as mãos da modelo estão cruzadas e pousadas sobre o colo mostram um sinal de decoro. A etiqueta da época dizia que as mulheres sofisticadas deveriam sentar assim.

Ficha Técnica - Mona Lisa
Autor: Leonardo da Vinci
Onde ver: Museu do Louvre, Paris, França
Ano: 1503-1506
Técnica: Óleo sobre madeira
Movimento: Renascimento
Tamanho: 77cm x 53cm



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