Mona Lisa, de Leonardo da Vinci
Como todas as obras de Leonardo da Vinci, este quadro não está assinado nem datado.
Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, é a pintura mais famosa do mundo. É quase uma heresia ir a Paris e não visitar La Gioconda no Louvre. Aliás, há muitos que vão ao museu somente para vê-la.
Mas não se engane, a obra é pequena e rodeada de turistas. Por questão de segurança, não se pode chegar muito perto do quadro e há dois seguranças ao lado dela para garantir que você não se aproxime demais.
Como todas as obras de Leonardo da Vinci, este quadro não está assinado nem datado. O nome da pintura é Mona Lisa ou La Gioconda e tem origem num relato de um historiador de arte Giorgio Vasari: “Francesco del Giocondo contratou Leonardo para produzir o retrato de sua esposa, Mona Lisa.”
O famoso sorriso da modelo se deve ao fato de que da Vinci usou músicos e palhaços para mantê-la se divertindo. Muitos dizem que o sorriso de Mona Lisa é sagrado, divino. De fato, a obra lembra um pouco a imagem da Virgem Maria sentada, mas o artista italiano alterou a fórmula do retrato cristão. Ele pintou os braços dela para funcionarem como um elemento divisório, criando uma impressão de distância entre a Gioconda e o espectador.
O quadro, aliás, é todo feito em perspectivas e dimensões. Num primeiro plano, percebe-se, como já dito, os braços da modelo. Leonardo da Vinci também deu profundidade ao fundo da tela. Você pode reparar isso olhando para o que tem atrás da tela. Parece que o fundo da pintura está extremamente longe de quem observa.
É como se a pintura estivesse dividida em três planos básicos. O primeiro dos braços, depois da modelo e, por fim, o do fundo. Este tratamento dado ao que está atrás da Mona Lisa é chamado de perspectiva aérea.
Outra coisa que chama atenção é que a pintura é piramidal, assim como a maioria das telas de Leonardo da Vinci. Assim, o jogo simbólico por trás da obra é fomentado. São três planos principais, três lados de uma pirâmide e três divisões verticais.
Sem contar, é claro, toda a simbologia da pirâmide, que pressupõe virilidade; é um símbolo do homem, enquanto que o da mulher é uma pirâmide invertida. É de se pensar porque Leonardo da Vinci, um dos homens mais inteligentes do mundo, escolheu essa dicotomia. Muita gente, aliás, diz que a pintura é o próprio da Vinci travestido. Esta contraposição simbólica parece fazer sentido neste caso.
Estas interpretações, no entanto, são só suposições, especulações. Por isso, não se pode afirmar nada com certeza.
4 detalhes de Mona Lisa se destacam:
1 – Paisagem
A vasta paisagem atrás da modelo dá uma grande profundidade à pintura. Além disso, se você prestar um pouco mais de atenção, o fundo está desequilibrado. O lado direito parece estar mais alto do que o esquerdo.
2 – Sobrancelhas e cílios
A Gioconda não tem sobrancelhas nem cílios. No entanto, algumas análises de alta resolução já revelaram que a modelo já teve sobrancelha e cílios. Alguma limpeza deve ter removido o pigmento usado para pintar estes traços.
3- Sfumato
Sfumato é uma técnica utilizada por Leonardo da Vinci para realizar uma transição suave e quase imperceptível entre as cores. Esta é mais uma das características da “perspectiva atmosférica”, criando uma sensação de distanciamento.
4 – Mãos Cruzadas
O jeito como as mãos da modelo estão cruzadas e pousadas sobre o colo mostram um sinal de decoro. A etiqueta da época dizia que as mulheres sofisticadas deveriam sentar assim.
Ficha Técnica - Mona Lisa
Autor: Leonardo da Vinci
Onde ver: Museu do Louvre, Paris, França
Ano: 1503-1506
Técnica: Óleo sobre madeira
Movimento: Renascimento
Tamanho: 77cm x 53cm
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