quarta-feira, 30 de maio de 2012

TRABALHO DE LÍNGUA PORTUGUESA - PROFª FABIANA MODENA



Excelente trabalho!!!! Parabéns alunos da 6ª série C.

365 DIAS DE ARTE

Liberdade Guiando o Povo, de Eugène Delacroix

Liberdade Guiando o Povo
Liberdade Guiando o Povo é um dos mais famosos símbolos de insurreição na história da arte.



O tema de Liberdade Guiando o Povo é o levante de julho de 1830, na França, que causou a substituição do rei Bourbon Carlos X por Luís Felipe, duque de Orléans. Delacroix retrata um movimento crucial da revolta: o rompimento das barricadas pelos rebeldes. O povo lutava por ideais nacionalistas e republicanos.
A dramaticidade da obra é ampliada pela estrutura piramidal da pintura e pelo vermelho, branco e azul do tricolor da Liberdade no “pico” da pirâmide. Delacroix uma vez afirmou: “e se não lutei pelo meu país, pelos menos terei pintado por ele.” Mesmo assim, Delacroix parece ter se representado no quadro, à esquerda de cartola.
Observam-se estudantes, arruaceiros, soldados e operários no quadro; assim como uma distante vista à direita da Notre-Dame parisiense. A pintura é uma corajosa versão moderna dos ideais clássicos (Liberdade, a mulher no topo da tela, tem os clássicos pelos nas axilas) e, por isso, chocou alguns observadores contemporâneos.


4 detalhes de Liberdade Guiando o Povo se destacam:

1 – Bandeira
Ao colocar o vermelho sobre uma mancha de céu azul, Delacroix destacou seu tom vibrante. As cores da bandeira se repetem na roupa do trabalhador aos pés de Liberdade.


2 – Expressividade do Céu
A forma como Delacroix captou o céu mostra o caos da guerra urbana. Esta técnica do pintor francês combina a expressividade do romantismo com a estrita atenção ao detalhe do realismo, transmitindo emoção e permanecendo fiel ao tempo e lugar históricos.


3 – Pé de Liberdade
O pé de Liberdade se encontra sobre a barricada, o que sintetiza um momento grandioso da batalha.


4 – Sombras
As áreas sombreadas da pintura mostram como Delacroix dominava a técnica do chiaroscuro. Os fortes contrastes de sombra e luz, combinados com cores ousadas, acrescentam dramaticidade à Liberdade Guiando o Povo.


Ficha Técnica – A Liberdade Guiando o Povo
Autor: Eugène Delacroix 
Onde ver: Museu do Louvre, Paris, França 
Ano: 1830 
Técnica: Óleo sobre tela 
Tamanho: 2,60m x 3,25m 
Movimento: Romantismo

RESUMO DE OBRAS LITERÁRIAS UTILIZADAS NOS MAIORES VESTIBULARES DO BRASIL

(Crédito: Reprodução)
O Cortiço é uma obra naturalista sobre um português que constrói um cortiço a partir do dinheiro de seu trabalho e de uma escrava com quem se relaciona.

Escrita por Aluísio Azevedo, a obra tem como temas a ambição e a exploração do homem pelo próprio homem. De um lado está João Romão que aspira à riqueza e Miranda, já rico, que aspira à nobreza. Do outro, os pobres, caracterizados como um conjunto de animais movidos pelo instinto e pela fome.


O enredo de O Cortiço


João Romão, português ganancioso, compra um estabelecimento comercial no subúrbio do Rio de Janeiro com o dinheiro de seu trabalho. Tem como vizinha Bertoleza, uma escrava que trabalha para comprar sua alforria.
João Romão inicia uma relação amorosa com a escrava e passa a cuidar do dinheiro dela. Assim, começa a criar seus negócios que, com o tempo, crescem e permitem que ele construa um cortiço.
Ao lado de João Romão, vive o burguês Miranda, dono de um sobrado (que representa a burguesia, em detrimento das humildes construções do Cortiço), com a família. Ambos brigam por causa de terras, tornando-se inimigos.
Dentre os moradores do cortiço, está Rita Baiana, mulata sensual amante de um capoeirista, Firmo. Muda-se para lá um casal de portugueses, Jerônimo e Piedade, com a filha. O português é o símbolo da moral e da ética, no entanto, não resiste aos encantos da mulata, até abandonar a família, deixar de trabalhar e se entregar à bebida.
Vive por lá também Pombinha, adolescente pura e com estudo, que representa a esperança para a mãe, que planeja um bom casamento para ela. O que dificulta os planos da mãe é a demora de a filha “tornar-se mulher”. Assim, ela aguarda ansiosa pela primeira menstruação da menina para marcar o casamento. No entanto, a filha também se torna promíscua. Após uma relação homossexual com a madrinha, Pombinha menstrua e pode casar. Ela casa, mas abandona o marido para virar prostituta.
Assim, João Romão ascende socialmente, inclusive casando-se com a Filha de Miranda, e o cortiço também, pois é reconstruído com moradias bem melhores. Para casar-se, entrega Bertoleza ao seu antigo dono, e esta acaba se suicidando na mesma data em que João Romão recebe homenagem pelos abolicionistas.


Os personagens de O Cortiço


João Romão (dono do cortiço, representa o capitalista explorador), Bertoleza (quitandeira, escrava que mora com João Romão), Miranda (comerciante português, opositor de João Romão), Jerônimo (português, trabalha na pedreira de João Romão), Rita Baiana (mulata sensual que promove pagodes no cortiço), Piedade (portuguesa casada com Jerônimo) e Capoeira (mulato e companheiro que se envolve com Rita Baiana).


Síntese de O Cortiço

Maior expressão do Naturalismo no Brasil, O Cortiço conta a história de João Romão, português ganancioso, que compra um comércio no subúrbio do Rio de Janeiro. Bertoleza, escrava que trabalha para comprar sua alforria, se envolve com João. Ele passa a cuidar, então, do dinheiro dela e constrói um cortiço.
O negócio dá certo e novos cubículos se vão amontoando na propriedade do português. Na história, surgem personagens como Pombinha, moça franzina que se desencaminha por influenciadas más companhias; Rita Baiana, mulata sensual que andava amigada na ocasião com Firmo, malandro valentão; Jerônimo e sua mulher, e outros mais.


Desenvolvimento da obra O Cortiço

A história se desenvolve a partir de personagens que frequentam o cortiço, como Pombinha que era virgem e tornou-se prostituta depois de casar.


Problemática da obra O Cortiço

João Romão ascende socialmente e devolve Bertoleza, escrava com quem se relacionava, ao antigo dono.


Clímax da obra O Cortiço

Quando João Romão se casa com a filha de Miranda e devolve Bertoleza ao antigo dono.


Desfecho da obra O Cortiço

Após a ascensão social de João Romão, ele devolve Bertoleza ao antigo dono. Ela se mata.


A linguagem de O Cortiço

Metafórica e popular.


O espaço/tempo em O Cortiço

O cenário é descrito com ambiente e os caracteres em toda a sua sujeira, podridão e promiscuidade, com uma intenção crítica. A história se passa no Rio de Janeiro, no século XIX.


Narrador e foco narrativo de O Cortiço

Narrado em terceira pessoa. O Cortiço tem um narrador onisciente que se situa fora do mundo descrito.


Contexto histórico de O Cortiço

O romance é um recorte sociológico representando as relações entre o elemento português, que explora o Brasil em sua ânsia de enriquecimento, e o elemento brasileiro, apresentado como inferior e vilmente explorado pelo português.
A obra revela a aceitação de ideias filosóficas e científicas do tempo. Trata-se de uma tese determinista de Aluísio. Mostra como o homem é suscetível a forças maiores do que ele: o seu meio social, a sua raça e o seu momento histórico.
Além do determinismo, também influenciou os naturalistas a obra de Darwin “A Origem das Espécies” - bastante polêmica para a época e dela surgiram inúmeras releituras e interpretações dos estudos nela contidos.
Em relação ao Naturalismo, ela toma forma pela teoria da evolução por meio da seleção natural. Além disso, os estudos de Darwin foram polêmicos por abordarem o homem como animal.


Escola literária de O Cortiço

Naturalismo.


Sobre o autor de O Cortiço

Aluísio Azevedo nasceu em São Luís, no Maranhão, e era filho do diplomata David Gonçalves de Azevedo e irmão do dramaturgo Artur Azevedo. Aos 17 anos, viajou para o Rio de Janeiro, a convite do irmão, para estudar na Academia Imperial de Belas-Artes (ou Escola Nacional de Belas Artes, como é hoje conhecida). Logo se estabeleceu no Rio, passou a colaborar com caricaturas e poesias em jornais e revistas.
Para ganhar a vida como escritor, dedicou-se a dois tipos de literatura: a primeira, escrita para ganhar o público geral e vender bem, tem início a partir da publicação de Uma Lágrima de Mulher (1880); a segunda, como ideal literário e forma de expressar sua visão de mundo, que o tornou célebre até os nossos dias como naturalista, tem início com a publicação de O mulato (1881).


Por:  Alexandre D. Ramos
PC EF Ciclo II



segunda-feira, 28 de maio de 2012

Artistas que contribuíram para a Arte Brasileira - Profª Maria Angélica

Leandro e Leonardo


Carreira artística: onde tudo começou
Emival Eterno Costa (Leonardo) e seu irmão José Luis Costa (Leandro),trabalhavam na roça com sua família. Até que Leandro percebeu sua vocação para a música e chegou a ser vocalista de uma banda chamada “ Os Dominantes”. Mas em 1983 Leandro abandonou a banda e formou dupla com seu irmão Leonardo. Pouco tempo depois, participaram de um programa de calouros da TV local, com o dinheiro ganho no concurso foram para São Paulo onde gravaram um álbum com tiragem de 500 cópias, que não fez sucesso, mas apesar disso foram convidados por uma gravadora para gravar mais dois novos discos em 1987. Até então os dois já eram conhecidos no Estado de Goias e no meio sertanejo.



Após o lançamento de seus primeiros álbuns que não teve muito sucesso, em 1989 pela gravadora Continental lançaram “ Leandro e Leonardo volume 3” e com ele veio o sucesso nacional “ Entre Tapas e Beijos”, 3º mais tocadas nas paradas de sucesso. 
Depois de vários álbuns lançados e grandes sucessos como “ Pense em Mim”, “ Desculpe, Mas eu Vou Chorar”, “ Eu Juro”, “Cerveja”, “Temporal de Amor”, entre outros , eles já tinham conquistado todo o Brasil, mas o sucesso não parava por aí, se expandindo por toda a América Latina.


Após 17 anos de carreira e mais de 25 milhões de discos vendidos, acontece uma das maiores perdas da música sertaneja brasileira, no auge da carreira vem a falecer Leandro, vítima de um tipo raro de câncer, no dia 23 de junho de 1998, com 37 anos. Somente após um ano Leonardo segue carreira solo.

Principais músicas 



- Pensei em mim; 

- Não aprendi dizer adeus;

- É por você que canto; 

- Eu juro; 

- Catedral; 

- Cerveja; 

- Talismã; 

- Desculpa,mas eu vou chorar; 

- Aqueles Olhos; 

- Mexe, Mexe.



CURIOSIDADE:

NO ÚLTIMO DIA 20 DE ABRIL, PEDRO LEONARDO, FILHO DE LEONARDO, SOFREU UM GRAVÍSSIMO ACIDENTE DE CARRO NA VOLTA DE UM SHOW QUE FAZIA. PEDRO FOI SOCORRIDO POR UM BOMBEIRO QUE POR COINCIDÊNCIA SE CHAMAVA LEANDRO. 
A FAMÍLIA DE LEANDRO E LEONARDO ESTÁ PASSANDO UMA FASE DE SUA VIDA PARECIDA COM A QUE PASSARAM A 14 ANOS ATRÁS COM A MORTE DE LEANDRO. PEDRO ESTÁ EM COMA NATURAL DESDE O ACIDENTE, E OS MÉDICOS DIZEM QUE ELE PODERÁ FICAR DESACORDADO POR MESES.


Trabalho confeccionado pelas alunas: Rafaela e Bianca.
Imagens extraídas da Internet.

domingo, 27 de maio de 2012

365 DIAS DE ARTE

As Meninas, de Diego Velázquez




A pintura é tão famosa porque é ousada, o artista se pintou pintando. Velázquez foi meta-artístico. Ou seja, usou a arte para retratar-se fazendo arte. Além disso, ele fez um jogo espetacular de perspectivas, luz, espelho e posições.

Velázquez está pintando um retrato do rei Felipe IV e sua rainha, Mariana. Os dois se encontram, por dedução, no mesmo lugar que o espectador – é como se quem estivesse vendo a pintura fosse o próprio rei retratado.

O camareiro da rainha, Dom José Nieto Velázquez, parece entre a porta no fundo da tela. No centro, encontra-se a futura rainha Margarita Teresa, com uma dama de honra a cada lado.

Em estilo típico do Barroco, o pintor cria uma ilusão de espaço através de um jogo de luz e sombra. Examinando as pinceladas do artista de perto, percebe-se que elas são bem visíveis e deixam claro que Velázquez acrescentou textura e luminosidade pela adição e subtração de camadas de tinta.


4 detalhes de As Meninas se destacam:

1 – Velázquez 
O rosto do pintor está na obra, como um pequeno porém ousado autorretrato. A cruz vermelha no peito de Velázquez indica sua posição de Cavaleiro da Ordem de Santiago, honra que só lhe foi concedida três anos depois da obra. É provável que o artista tenha pintado o símbolo, após ter sido consagrado cavaleiro.

2 – O rei e a rainha 
Um grande espelho no fundo da tela reflete as imagens do rei e da rainha, o que permite concluir que eles deveriam ser os retratados na obra; se não fosse por uma mudança de perspectiva do pintor. Velázquez, mesmo assim, exige consideração dos espectadores às figuras reais. Por isso, retrata-os refletidos. O espelho também simboliza o propósito da arte: refletir a realidade.

3 – Damas de Honra 
A dama de honra à direita se chama Isabel Velasco. Ela está olhando na direção do rei, da rainha e do espectador. A dama à esquerda é Augustina Sarmiento, que se ajoelha para oferecer à sua senhora um refresco.

4 – Infanta Margarita 
Destacada pela luz e ao centro da tela, a princesa de apenas 5 anos olha diretamente para o observador. Sua expressão sugere plena consciência de sua posição privilegiada.


Ficha Técnina – As Meninas

Autor: Diego Velázquez 
Onde ver: Museu do Prado, Madri, Espanha 
Ano: 1656 
Técnica: Óleo sobre tela 
Tamanho: 3,20m x 2,76m 
Movimento: Barroco

RESUMO DE OBRAS LITERÁRIAS UTILIZADAS NOS MAIORES VESTIBULARES DO BRASIL

Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis

(Crédito: Reprodução)
Memórias Póstumas de Brás Cubas tem como tema as experiências de um filho abastado da elite brasileira do século XIX.

Escrito em 1881 por Machado de Assis,Memórias Póstumas de Brás Cubas tem como tema as experiências de Brás Cubas, um filho abastado da elite brasileira do século XIX, que narra as suas memórias depois de morto.


O enredo de Memórias Póstumas de Brás Cubas

O enredo da obra começa com o enterro de Brás Cubas, um filho abastado da elite do Rio de Janeiro do século XIX. Seu "fantasma", então, resolve fazer uma retrospectiva dos episódios que marcaram sua vida: o nascimento, a infância, os romances, as desilusões e a morte.
Apesar de seguir ordem cronológica, desde o nascimento até sua morte, Brás inicia seu relato com seus últimos momentos, para só depois contar a sua biografia.


Os personagens de Memórias Póstumas de Brás Cubas

Brás Cubas: é o filho abastado da família Cubas e o narrador do livro. Conta suas memórias, escritas após a morte. Por isso, é o responsável pela caracterização de todos os demais personagens. Peralta quando criança, mimado pelo pai, irresponsável quando adolescente, tornou-se um homem egoísta.

Marcela: primeiro amor de Brás Cubas é uma prostituta de elite. Mulher sensual, mentirosa e ambiciosa, ganha muitas jóias do então adolescente Brás Cubas. Contrai varíola e fica feia.

Virgília: filha de político é o segundo amor de Brás Cubas. Mulher bonita, ambiciosa que parece gostar sinceramente de Brás Cubas, mas não se revela disposta a romper com sua posição social ou dispensar o conforto e o reconhecimento da sociedade.

Eugênia: é filha de Eusébia e Vilaça, casal que Brás Cubas flagrou, quando criança, namorando atrás de uma moita. Por isso, é chamada de a “flor da moita” pelo protagonista. É uma moça séria, tranquila, dotada de olhos negros e olhar franco.

Nhã Loló: última possibilidade de casamento para Brás Cubas, moça simples, que morre de febre amarela aos 19 anos.

Lobo Neves: casa-se com Virgília e tem uma carreira política sólida. No entanto, sofre o adultério da esposa com Brás Cubas. É um homem frio, calculista, ambicioso e muito supersticioso.

Quincas Borba: amigo de infância de Brás Cubas, desde criança tinha um temperamento ativo e exaltado. Quando adulto passa pelo estado de mendigo, evoluindo depois para filósofo. Desenvolve um sistema filosófico, denominado Humanitismo, que pretende superar e suprimir todos os demais sistemas até se tornar uma religião.

Dona Plácida: empregada de Virgília é confidente e protetora de sua relação extraconjugal.

Nhonhô: filho de Virgília

Sabina: é irmã de Brás Cubas e valoriza mais a posição social do que a amizade e os laços de parentesco.

Cotrin: marido de Sabina é interesseiro e um cruel traficante de escravos.


Síntese de Memórias Póstumas de Brás Cubas

A obra é a autobiografia de Brás Cubas, personagem que, depois de morto, resolve escrever suas memórias, na condição de "defunto-autor", que lhe permite analisar com ironia o comportamento humano e avaliar com auto-ironia as suas próprias atitudes.
Brás Cubas revela e analisa não só os motivos secretos de seu próprio comportamento, mas também expõe as hipocrisias e vaidades das pessoas com quem conviveu.


Desenvolvimento da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas

“Memórias Póstumas de Brás Cubas” possui um desenvolvimento lento e flui seguindo o ritmo dos pensamentos do narrador. O livro começa com o relato dos últimos momentos de Brás e só depois passa a contar a sua biografia em uma ordem cronológica, desde o nascimento até sua morte.


Problemática da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas

Com Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis faz uma critica a sociedade brasileira do segundo reinado. O personagem-narrador expõe o comportamento da classe privilegiada, marcada pela hipocrisia social e pelo interesse.


Clímax da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas

O clímax do livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” se dá quando Brás Cubas percebeu que Virgínia só o "amou" enquanto durou o dinheiro dele. Foi quando ele percebeu que a sociedade é interesseira e egoísta, como também ele próprio era.


Desfecho da obra Memórias Póstumas de Brás Cubas

A obra termina com um capítulo só de negativas. Brás Cubas não se casa, não consegue concluir o emplasto - medicamento que deseja criar para aliviar a melancólica humanidade -, acaba se tornando deputado, mas seu desempenho é medíocre, e não tem filhos para não transmitir, segundo ele, o legado da nossa miséria.


A linguagem de Memórias Póstumas de Brás Cubas

Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis usa a metalinguagem para convidar o leitor a refletir e a interagir criticamente com a obra. Além disso, em diversos momentos, faz o uso da digressão, interrompendo o fluxo narrativo com reflexões e analogias criadas pela mente do narrador.


O espaço/tempo em Memórias Póstumas de Brás Cubas

A história da obra se passa no Brasil durante o século XIX, e é apoiada em dois tempos. Um é o tempo psicológico, do autor além-túmulo que pode contar sua vida de maneira arbitrária, com digressões e manipulando os fatos à revelia, sem seguir uma ordem temporal linear. A morte, por exemplo, é contada antes do nascimento e dos fatos da vida.
O outro é o tempo cronológico, onde os acontecimentos obedecem a uma ordem lógica: infância, adolescência, ida para Coimbra, volta ao Brasil e morte.
A estranheza da obra começa pelo título, que sugere as memórias narradas por um defunto. O próprio narrador, no início do livro, ressalta sua condição: trata-se de um defunto-autor, e não de um autor defunto. Isso consiste em afirmar seus méritos não como os de um grande escritor que morreu, mas de um morto que é capaz de escrever.


Narrador e foco narrativo de Memórias Póstumas de Brás Cubas

A narração é feita em primeira pessoa possibilitando que a história seja contada pelo narrador-observador e protagonista, que conduz o leitor por meio de sua visão de mundo, seus sentimentos e o que pensa da vida.


Contexto histórico de Memórias Póstumas de Brás Cubas

A obra foi criada na segunda metade do século XIX, época em que o capitalismo estava se expandindo e as pessoas ficando cada vez mais materialistas e interesseiras.


Escola literária de Memórias Póstumas de Brás Cubas

Com Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis inaugura o Realismo na literatura brasileira. A obra é a principal representante dessa escola literária, que surgiu na segunda metade do século XIX, com objetivo de retratar a realidade social e os principais problemas e conflitos do ser humano.


Sobre o autor de Memórias Póstumas de Brás Cubas

Joaquim Maria Machado de Assis nasceu no dia 21 de junho de 1839, no Rio de Janeiro, e faleceu no dia 29 de setembro de 1908, em sua cidade natal. Mulato e pobre, foi vítima de preconceito, perdeu a mãe ainda na infância e foi criado pela madrasta. Superando todas as dificuldades da época tornou-se um grande escritor e um dos principais nomes da literatura brasileira. Escreveu em praticamente todos os gêneros literários, sendo poeta, romancista, cronista, dramaturgo, contista, folhetinista, jornalista e crítico literário. Entre suas principais obras estão: “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, “Quincas Borba” e “Dom Casmurro”.

terça-feira, 22 de maio de 2012

XX CONCURSO DE POESIA E PROSA DA ACADEMIA DE LETRAS DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA

PATRONO: JOÃO BATISTA SCANAPIECO

OBJETIVOS: Revelar poesias e trabalhos em prosa, inéditos; aprimorar o gosto pela arte literária e incentivar novos talentos.

Poesia: Prêmio Emílio Lansac Toha
Prosa: Prêmio Fábio de Carvalho Noronha
Prêmio Especial - 3ª idade - Prêmio Otávio Pereira Leite

Cada trabalho deverá ser digitado ou datilografado em 05 vias, espaço um e meio, de um só lado do papel (A4), contendo, no máximo 3 folhas, fonte Arial tamanho 12.
O tema é livre, sendo exigido texto inédito.

Envolvem 4 faixas etárias:
- até 12 anos;
- de 13 a 18 anos;
- de 19 anos em diante e
- maiores de 60 anos

Os trabalhos deverão ser enviados para: Academia de Letras de São João da Boa Vista, Rua Bruno Balestrin, 79 - Perpétuo Socorro - CEP: 13870-549 - São João da Boa Vista - SP, aos cuidados de Ana Lúcia Finazzi, ou pela internet através do e-mail: academiadeletras@alsjbv.com.br
Os textos enviados por correio deverão ser remetidos em 2 envelopes. O primeiro maior deve conter, por fora, no alto, a identificação da categoria literária (prosa ou poesia), além do endereço da Academia. Dentro deste envelope, o trabalho do autor, não identificado, (apenas com pseudônimo) e um outro envelope menor, fechado, contendo na face externa: a idade, pseudônimo do autor, nome da obra; dentro desse envelope menor a ficha de inscrição devidamente preenchida.
O prazo para entrega dos trabalhos será de 02/04 a 15/06 de 2012 e se for por remessa via correio a data do carimbo postal deverá respeitar o prazo citado.

JULGAMENTO E PREMIAÇÃO:
O julgamento das obras será realizado entre os dia 25/06 a 27/07 de 2012 pela Comissão Julgadora.
Os prêmios serão remetidos pelo correio, sendo os premiados convidados a comparecer em Reunião Ordinária da Academia de Letras que será realizada em data e local a serem definidos, quando serão homenageados. Os trabalhos serão classificados até o terceiro lugar, sendo que os primeiros classifcados de cada categoria receberão Placas com seus nomes e o nome do Patrono. Receberão também, Diploma com suas classificações.

Maiores informações: http://www.alsjbv.com.br/ ou pelo e-mail: academiadeletras@alsjbv.com.br

sexta-feira, 11 de maio de 2012

365 DIAS DE ARTE

Mona Lisa, de Leonardo da Vinci

Como todas as obras de Leonardo da Vinci, este quadro não está assinado nem datado.



     Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, é a pintura mais famosa do mundo. É quase uma heresia ir a Paris e não visitar La Gioconda no Louvre. Aliás, há muitos que vão ao museu somente para vê-la.

     Mas não se engane, a obra é pequena e rodeada de turistas. Por questão de segurança, não se pode chegar muito perto do quadro e há dois seguranças ao lado dela para garantir que você não se aproxime demais.
     Como todas as obras de Leonardo da Vinci, este quadro não está assinado nem datado. O nome da pintura é Mona Lisa ou La Gioconda e tem origem num relato de um historiador de arte Giorgio Vasari: “Francesco del Giocondo contratou Leonardo para produzir o retrato de sua esposa, Mona Lisa.”
     O famoso sorriso da modelo se deve ao fato de que da Vinci usou músicos e palhaços para mantê-la se divertindo. Muitos dizem que o sorriso de Mona Lisa é sagrado, divino. De fato, a obra lembra um pouco a imagem da Virgem Maria sentada, mas o artista italiano alterou a fórmula do retrato cristão. Ele pintou os braços dela para funcionarem como um elemento divisório, criando uma impressão de distância entre a Gioconda e o espectador.
     O quadro, aliás, é todo feito em perspectivas e dimensões. Num primeiro plano, percebe-se, como já dito, os braços da modelo. Leonardo da Vinci também deu profundidade ao fundo da tela. Você pode reparar isso olhando para o que tem atrás da tela. Parece que o fundo da pintura está extremamente longe de quem observa.
     É como se a pintura estivesse dividida em três planos básicos. O primeiro dos braços, depois da modelo e, por fim, o do fundo. Este tratamento dado ao que está atrás da Mona Lisa é chamado de perspectiva aérea.
     Outra coisa que chama atenção é que a pintura é piramidal, assim como a maioria das telas de Leonardo da Vinci. Assim, o jogo simbólico por trás da obra é fomentado. São três planos principais, três lados de uma pirâmide e três divisões verticais.
     Sem contar, é claro, toda a simbologia da pirâmide, que pressupõe virilidade; é um símbolo do homem, enquanto que o da mulher é uma pirâmide invertida. É de se pensar porque Leonardo da Vinci, um dos homens mais inteligentes do mundo, escolheu essa dicotomia. Muita gente, aliás, diz que a pintura é o próprio da Vinci travestido. Esta contraposição simbólica parece fazer sentido neste caso.
     Estas interpretações, no entanto, são só suposições, especulações. Por isso, não se pode afirmar nada com certeza.


4 detalhes de Mona Lisa se destacam:



1 – Paisagem
A vasta paisagem atrás da modelo dá uma grande profundidade à pintura. Além disso, se você prestar um pouco mais de atenção, o fundo está desequilibrado. O lado direito parece estar mais alto do que o esquerdo.

2 – Sobrancelhas e cílios
A Gioconda não tem sobrancelhas nem cílios. No entanto, algumas análises de alta resolução já revelaram que a modelo já teve sobrancelha e cílios. Alguma limpeza deve ter removido o pigmento usado para pintar estes traços.

3- Sfumato
Sfumato é uma técnica utilizada por Leonardo da Vinci para realizar uma transição suave e quase imperceptível entre as cores. Esta é mais uma das características da “perspectiva atmosférica”, criando uma sensação de distanciamento.

4 – Mãos Cruzadas
O jeito como as mãos da modelo estão cruzadas e pousadas sobre o colo mostram um sinal de decoro. A etiqueta da época dizia que as mulheres sofisticadas deveriam sentar assim.

Ficha Técnica - Mona Lisa
Autor: Leonardo da Vinci
Onde ver: Museu do Louvre, Paris, França
Ano: 1503-1506
Técnica: Óleo sobre madeira
Movimento: Renascimento
Tamanho: 77cm x 53cm



RESUMO DE OBRAS LITERÁRIAS UTILIZADAS NOS MAIORES VESTIBULARES DO BRASIL

Memórias de um Sargento de Milícias

Antônio Manuel de Almeida


   Escrita por Antônio Manuel de Almeida , “Memórias de um Sargento de Milícias” é uma crítica ao já famoso “jeitinho brasileiro”, a sociedade corrupta e aos favores e vantagens a que são forçados a conviver os cidadãos da sociedade carioca à época em que a Família Real Portuguesa se instalava no Brasil. O protagonista é um típico malandro carioca, mulherengo e que aproveita todas as oportunidades que lhe aparecem para tirar vantagens dos outros.
   Publicada pela primeira vez entre os anos 1854 e 1855 em forma de folhetim, Memórias de um Sargento de Milícias não teve, de início, uma grande aceitação do público. O autor, sob o pseudônimo de “um brasileiro” só teve sua identidade revelada após o falecimento. A obra é uma crítica à classe dominante e ao “jeitinho brasileiro” de alcançar objetivos sem muitos esforços.


O enredo de Memórias de um Sargento de Milícias

A obra narra a história do carioca malandro filho de portugueses Leonardo desde o seu nascimento, passando por sua infância travessa, a juventude turbulenta e os meios nada convencionais utilizados por ele e sua madrinha para que consiga assumir o posto de sargento de milícias e tomar um rumo na vida.


Os personagens de Memórias de um Sargento de Milícias

Leonardo: protagonista, um típico anti-herói. É malandro, não possui uma conduta moral exemplar e não gosta de trabalho. Filho de Maria da Hortaliça e Leonardo Pataca, ele é abandonado pelos pais ainda criança e passa a ser criado pelos padrinhos, Compadre e Comadre.

Maria da Hortaliça: a portuguesa mãe de Leonardo fica grávida durante a travessia de navio para o Brasil, mora por algum tempo com o pai da criança, mas abandona o filho para voltar à Portugal com o capitão de um navio.

Leonardo Pataca: pai do protagonista. Conhece Maria da Hortaliça ainda no navio, mas descobre que a mulher o traía e a expulsa de casa. Depois do ocorrido, casa-se com a parteira, Chiquinha, com quem tem uma filha.

Compadre: barbeiro vizinho do casal que mora em frente à casa de Leonardo e Maria. Possui uma boa quantia de dinheiro que conseguiu ao desviar a herança de um capitão à sua sobrinha. É casado com a Comadre, e passam a cuidar do pequeno Leonardo após o abandono dos pais.

Comadre: é uma mulher bondosa que vive buscando livrar o afilhado das confusões que se metia.

D. Maria: amiga de comadre e compadre. É tia de Luisinha.

Luisinha: primeiro amor de Leonardo, sobrinha de D. Maria, é feia, pálida e desajeitada. Acaba por se tornar esposa de Leonardo.

Major Vidigal: é o policial e juiz do enredo.

Vidinha: uma mulata sensual e cantora de modinhas seduz Leonardo, que vive em sua casa por um tempo.

Chiquinha: casa-se com Leonardo Pataca.

Maria Regalada: Primeiro amor de Vidigal. É graças a ela que Leonardo consegue o posto de Sargento de Milícias.

José Manuel: rival no amor de Luisinha, José Manuel é um caça-dotes, uma crítica à aristocracia portuguesa.


Síntese de Memórias de um Sargento de Milícias

Leonardo, filho de Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça, é um garoto travesso desde criança, que cresce cercado de amor pelos padrinhos, mas que ainda assim não demonstra nenhuma vocação religiosa ou mesmo para o trabalho. Apesar de todas as oportunidades que a vida lhe proporcionou, Leonardo prefere aproveitar-se da influência de sua madrinha para alcançar seus objetivos sem ter que se esforçar para isso.


Desenvolvimento da obra Memórias de um Sargento de Milícias

Ao desembarcar no Brasil, após uma viagem de navio saída da cidade do Porto, em Portugal, Maria da Hortaliça começa a sentir os enjôos causados pelas “pisadelas e beliscões” com Leonardo Pataca. Desse relacionamento nasce Leonardo (filho), um garoto travesso e malandro desde criança.

Após ser abandonado pela mãe - que volta para Portugal -, e pelo pai que vai morar com uma cigana, Leonardinho passa a ser criado pelos padrinhos, que tentam, de todas as formas lhe dar uma boa educação e despertar no garoto alguma vocação religiosa, ou ao menos algum senso de responsabilidade. Leonardo se apaixona por Luisinha, uma garota pálida e desajeitada, que se casa com José Manuel, um caça-dotes.

Desiludido, Leonardo se envolve com Vidinha, uma mulata e animada, com quem vai morar. Graças a um dos primos de Vidinha, apaixonado pela moça, Leonardo vai preso, mas consegue fugir, deixando o delegado Vidigal a sua espera.

Nessa época, graças aos seus conhecimentos sobre a arte da malandragem, o rapaz se transformou em granadeiro, no entanto alertou um suspeito e foi preso por conta disso. Sua madrinha, novamente teve de interceder por sua soltura, mas como Vidigal permaneceu irredutível, a Comadre apelou à Maria Regalada, que aceitou o pedido do delegado e foi morar com ele. Em troca, Vidigal transformou Leonardo em Sargento. A essa altura do campeonato, José Manuel havia morrido e deixado Luisinha viúva, ao reencontrar com a moça, já refeita e formosa, Leonardo reascendeu a antiga paixão. Um último pedido a Vidigal, e o rapaz foi feito Sargento de Milícias para que pudesse se casar.


Problemática da obra Memórias de um Sargento de Milícias

A questão central da obra se propõe a demonstrar uma sociedade na qual quem pode tirar proveito de outras pessoas o faz sem hesitar.


Clímax da obra Memórias de um Sargento de Milícias

O clímax da obra certamente é o momento em que o virtuoso Vidigal se rende aos encantos de Maria Regalada e concede a soltura de Leonardo, promovendo-o a Sargento. Deste momento em diante, o protagonista parece, enfim, ter tomado um rumo em sua vida e passa a ser mais respeitado, culminado com o seu casamento com a doce Luisinha, agora viúva de José Manuel.


Desfecho da obra Memórias de um Sargento de Milícias

O casamento de Leonardo e Luisinha, que parecia algo impossível em virtude dos atos inconsequentes do protagonista, marca o desfecho final da obra.


A linguagem de Memórias de um Sargento de Milícias

A linguagem do livro é a mesma utilizada nas ruas do Rio de Janeiro na época em que a obra foi escrita. São utilizadas gírias e expressões deixando a linguagem coloquial.


O espaço/tempo em Memórias de um Sargento de Milícias

O livro retrata o período em que a Família Real Portuguesa se encontrava no Brasil, em algum ponto entre 1808 e 1822. As personagens estão ambientadas na cidade do Rio de Janeiro.


Narrador e foco narrativo de Memórias de um Sargento de Milícias

Narrado em terceira pessoa.


Contexto histórico de Memórias de um Sargento de Milícias

O período em que a Coroa Portuguesa se instalou no Brasil foi um momento crítico na nossa história, em virtude das mudanças sociais a que foram submetidas o povo brasileiro. O primeiro momento de descontentamento foi quando os moradores das melhores residências tiveram que abrir mão de suas moradias em detrimento da aristocracia portuguesa. Em seguida, os gastos exorbitantes da Família Real agravavam a crise econômica, a fome e a miséria na qual viviam os brasileiros. Esse sentimento de crítica permeia a obra toda, que passa “alfinetar” o comportamento do povo diante de tal situação: todos buscavam obter algum tipo de vantagem.


Escola literária de Memórias de um Sargento de Milícias

Romantismo.


Sobre o autor de Memórias de um Sargento de Milícias

Antônio Manuel de Almeida foi um médico e escritor brasileiro. Nascido em 1831, na cidade do Rio de Janeiro, Almeida teve uma infância pobre, que influenciou diretamente em sua obra, uma vez que àquela época, eram retratados nos romances românticos os salões e ambientes aristocráticos.