quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

365 DIAS DE ARTE

Autorretrato, de Albrecht Dürer

Acredita-se que a obra tenha sido pintada como presente para sua noiva, Agnes Freyll, com quem se casaria no ano seguinte.

Albrecht Dürer (21/05/1471 - 06/04/1528) foi um gravador, pintor, ilustrador, matemático e teórico de arte alemão e, provavelmente, o mais famoso artista do Renascimento, tendo influenciado artistas do século XVI no seu país e nos Países Baixos. Sua maestria como pintor foi o resultado de um trabalho árduo e, no campo das artes gráficas, não tinha rival. Suas xilogravuras, consideradas revolucionárias são ainda marcadas pelo estilo gótico. É considerado como o primeiro grande mestre da técnica da aquarela, principalmente no que diz respeito à representação de paisagens. Seus interesses, no espírito humanista do Renascimento abrangiam ainda outros campos, como a geografia, a arquitetura, a geometria e a fortificação.
Foi nomeado pelo imperador Maximiliano I como pintor oficial da corte em 1512. Viveu duas vezes na Itália em adulto. Em 1520, depois da morte do imperador, partiu para os Países Baixos, visitou muitas cidades do norte e conheceu pintores e homens de letras. Seus últimos anos em Nuremberga, estudou Teoria da Arte italiana, ocupou-se com a elaboração de tratados sobre medida e proporções humanas, perspectiva e geometria como elementos estruturantes da obra de arte.
Chegou até nós uma quantidade apreciável de documentos pessoais e autobiográficos como: cartas, textos e desenhos acompanhados de anotações minuciosas que permitem uma boa compreensão da sua obra. Esta documentação é ainda enriquecida por diversas fontes que derivam da fama conquistada por Dürer numa idade relativamente jovem.
A obra apresentada hoje, provavelmente foi feita em Estrasburgo, na casa dos irmãos de Martin Schongauer. A obra retrata Dürer com um barrete pouco convencional, que deixa grande parte de sua cabeleira à mostra. Além disso, o pintor veste um gracioso mantel verde sobre uma blusa branca com fitas cor de rosa.
Acredita-se que a obra tenha sido pintada como presente para sua noiva, Agnes Freyll, com quem se casaria no ano seguinte. No retrato é possível ver o artista com um ramo de cardo, flor que representa a fidelidade, nas mãos. Além disso, há uma inscrição no topo da tela, que significa "Meu destino irá progredir segundo a ordem Suprema".


Ficha Técnica: "Autorretrato"


Autor: Albrecht Dürer
Onde ver: Museu do Louvre, Paris, França
Ano: 1493
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 56cm x 44cm
Movimento: Renascimento

sábado, 4 de janeiro de 2014

365 DIAS DE ARTE

Loplop Apresenta os Membros do Grupo Surrealista, de Max Ernst

A peça é essencialmente uma imagem dentro de outra. A cabeça de Loplop é visível de perfil, emergindo acima de uma grande composição retangular.

Max Ernst (02/04/1891 - 01/04/1976) foi um pintor alemão, naturalizado norte-americano e depois francês. Praticou a poesia entre os surrealistas, movimento do qual fez parte.
Ao longo desta série, Loplop ganha uma qualidade enigmática apresentando diferentes feições. Todas as obras começam com a frase em francês "Loplop présente..." e a composição mostra o personagem avícola mostrando uma imagem retangular aos espectadores.
A obra de hoje foi publicada no ano de 1921 em uma edição da revista surrealista "Le Surréalisme au Service de la Révolution", sob o título de Reunião de Amigos. A colagem era um sinal de que os próprios artistas do movimento surrealista se enxergavam como um grupo formal.
A obra mostra personalidades como André Breton, Pablo Picasso e Andre Duchamp, bem como seus antecessores ideológicos: Dostoiévski e Giorgio de Chirico. A colagem só inclui sete dos integrantes originais do grupo, mas inclui novos participantes como Salvador Dalí e Yves Tanguy. O objetivo da obra é reproduzir a opinião de Ernst sobre os verdadeiros surrealistas.
A peça é essencialmente uma imagem dentro de outra. A cabeça de Loplop é visível de perfil, emergindo acima de uma grande composição retangular que se trata de uma técnica mista de colagem com fotos de dezenove membros do grupo. As personalidades estão dispostas de maneira assimétrica, a maioria amontoada dentro do retângulo preto que domina o campo esquerdo da imagem.



4 detalhes de "Loplop apresenta os Membros do Grupo Surrealista" se destacam:


1 - Localização das figuras
No centro do retângulo preto encontram-se as figuras de Dalí e do próprio Ernst. Sua localização indica que a disposição das figuras não foi aleatória, mas um "mapa" representativo da posição de cada membro dentro do grupo.


2 - Mãos sem braço
Sete mãos sem corpo aparecem na imagem. Essas mãos simbolizam a teatralidade e diferem das demais obras da série Loplop, nas quais aparecem, em geral, duas mãos: as do próprio Loplop segurando o cartaz ou apontando na direção da imagem central da composição.


3 - Duchamp
Duchamp aparece no canto direito da composição, de costas para o grupo. O fato de aparecer escalando uma parede pode ser uma referência a seu envolvimento cada vez menor com o grupo dos surrealistas.


4 - André Breton
O líder dos surrealistas, André Breton, ocupa o centro da composição em uma postura de autoridade, com o braço erguido, como se estivesse prestes a desferir um golpe.




Ficha Técnica: Loplop apresenta os Membros do Grupo Surrealista


Autor: Max Ernst
Onde ver: Museum of Modern Art, Nova York, EUA
Ano: 1931
Técnica: Cópias fotográficas cortadas e coladas, papel impresso, lápis e frottage a lápis
Tamanho: 50cm x 33,6cm
Movimento: Surrealismo
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OBS: Frottage (do francês "frotter", em português "friccionar"), método surrealista e "automático" de produção criativa desenvolvido por Max Ernst. O artista utiliza um lápis ou outra ferramenta de desenho e faz uma fricção sobre uma superfície texturizada. É uma técnica de pintura aleatória e é utilizada na arte postal.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

MENSAGEM DE NATAL E ANO NOVO

É tempo de comemorar o ano concluído e cheio de realizações. É tempo de sonhar com as possibilidades de um ano novo que surge. Que 2014 traga Paz, Alegria e Prosperidade a todos os nossos colaboradores e para todos da "Família Justino".
Boas Festas e próspero 2014!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

365 DIAS DE ARTE

A Coroação de Napoleão, de Jacques-Louis David

Reza a lenda que Napoleão supervisionou o trabalho de David e visitava regularmente seu ateliê para verificar o progresso do pintor.


Jacques-Louis David (30/08/1748 - 29/12/1825) foi um pintor francês, o mais característico representante do neoclassicismo. Controlou por anos a atividade artística francesa, sendo o pintor oficial da Corte Francesa e de Napoleão Bonaparte.
Nascido de uma próspera família parisiense, aos nove anos perdeu seu pai num duelo e sua mãe o entregou aos cuidados de seus tios abastados, que providenciaram para ele tivesse uma educação primorosa, porém nunca foi um bom aluno - sofria de um tumor na face que afetava sua fala e passava o tempo a desenhar. Desejava ser pintor, contrariando os planos de sua mãe e seus tios, que o queriam um arquiteto. Vencendo a oposição, tornou-se aluno de François Boucher, seguidor do rococó e o principal pintor da sua geração. Seu mestre não o aceitou como seu discípulo, enviando-o para um professor com tendências classicista e então o jovem ingressou na Academia Real.
Em 1774 viajou para Roma e lá executou inúmeros desenhos e esboços das ruínas da cidade histórica, material que o proveu de inspiração para as arquiteturas de suas telas ao longo da vida. Tinha predileção pelos antigos mestres Rafael Sanzio e ao visitar Pompeia ficou maravilhado. Depois destas impressões tão marcantes decidiu adotar em seus trabalhos um estilo de acordo com os conceitos do classicismo.
A obra de hoje, pintada entre os anos de 1805 e 1808 encontra-se exposta no Museu do Louvre, em Paris, na França. O principal foco de atenção do quadro é o seu tamanho. Uma cópia da composição foi feita pelo próprio pintor oficial da corte francesa e encontra-se no Palácio de Versalhes.




Ficha Técnica: "A Coroação de Napoleão"


Autor: Jacques-Louis David
Onde ver: Museu do Louvre, Paris, França
Ano: 1805 - 1808
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 979cm x 629cm
Movimento: Neoclassicismo

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

CERTIFICAÇÃO PROJETO "REINVENTANDO" - PROFª TATIANE

1º Lugar - "As aventuras de Filó" por Carlos Miguel Zucherato

Participação da família

2º Lugar - "A formiga e seu exército" por Núbia de Campos Pereira

Família participativa

3º Lugar - "A Formiga Tanajura e seu gigante bumbum" por Camila Cristina Camargo

Nossos colaboradores - Gabriel D. Ribeiro

Colaborador Anderson Polato

Colaborador - Márcio Cruz

Colaborador - João Victor Cussolim
A EE José Justino parabeniza os alunos vencedores do concurso, agradece o trabalho dos alunos colaboradores e, em especial, parabeniza e agradece o bom trabalho de Leitura e Reescrita realizado pela Professora Tatiane Sitta.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

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O que significa a expressão "My way or the highway"?




It's my way or the highway! O que será que isso significa? Você certamente já deve ter ouvido essa expressão em algum filme, seriado, música...? 
Pois bem, muitas vezes nós falamos às pessoas para fazerem coisas do jeito como queremos. Elas devem fazer exatamente do modo como nós queremos que elas façam ou é melhor que elas nem façam. Isso vale para projetos, atividades, ideias, sugestões e mais uma série de coisas que podemos pedir às pessoas ao longo do dia.
Em português, é muito comum dizermos "Ou faz do meu jeito ou cai fora", "ou faz assim ou cai fora", "ou faz assim ou nem faz" e tantas outras que podem ser dita em vários cantos do Brasil. Há várias possibilidades de se expressar na nossa língua, porém, as citadas acima dão uma ideia do que se trata.
Em inglês, essa ideia é expressa dizendo "it's my way or the highway". Se traduzirmos ao pé da letra teremos "é do meu jeito ou a estrada (cai fora)". Nada complicado. Essa expressão é muito comum em inglês.

365 DIAS DE ARTE

O Quarto do Artista em Arles, de Van Gogh

No quadro, o artista representa a "espera" por seu amigo Paul Gauguin, que iria morar com ele. Várias evidências na tela demonstram isso.

Vincent Willem van Gogh (30/03/1853 - 29/07/1890) foi um pintor pós-impressionista neerlandês, frequentemente considerado um dos maiores de todos os tempos.
Sua vida foi marcada por fracassos. Falhou em todos os aspectos importantes para o seu mundo, em sua época. Foi incapaz de constituir família, custear a própria subsistência ou até mesmo manter contatos sociais. Aos 37 anos, sucumbiu a uma doença mental, cometendo o suicídio. Sua fama póstuma cresceu especialmente após a exibição das suas telas em Paris. Van Gogh é considerado um dos pioneiros na ligação das tendências impressionistas com as aspirações modernistas, sendo sua influência reconhecida em variadas frentes da arte do século XIX, como por exemplo o expressionismo, o fauvismo e o abstracionismo.
O Museu Van Gogh está localizado em Amsterdã e é dedicado aos seus trabalhos e aos de seus contemporâneos.
O quadro apresentado hoje, " O quarto do Artista em Arles", tem três versões diferentes. A terceira dela foi pintada para a mãe de Van Gogh, enquanto esta estava em um asilo no sul da França.
No quadro o artista representa a "espera" por seu amigo Paul Gauguin, que iria morar com ele. Várias evidências na tela demonstram isso, como a cama com dois travesseiros, duas cadeiras, duas portas, duas jarras de água e, por fim, dois quadros. A cama, na lateral esquerda do quarto e encostada na parede, quase bloqueia a entrada pela porta lateral. Os dois quadros na parede acima da cama são um autorretrato e uma pintura de seu irmão Will.
O fato de os objetos serem pintados em paredes se explica porque Van Gogh esperava seu amigo Gauguin. Além disso, o artista vivia sozinho, expressando também a sua ansiedade por companhia. A janela entreaberta para dentro, bem como as portas, por exemplo, são representações da facilidade com que as pessoas entravam em sua vida.
A perspectiva do quadro não é matemática e menos ainda perfeita. Dá ao observador a sensação de que o quarto está flutuando. As cores das paredes, portas e móveis, bem como das molduras dos quadros e janelas, garantem a sintonia do quadro, que passa entre as cores análogas. Apenas o cobertor em cima da cama acrescenta contraste, já que desconversa com as cores predominantes nas paredes e portas.



Ficha Técnica: O Quarto do Artista em Arles


Autor: Vincent Van Gogh
Onde ver: Museu d'Orsay, Paris, França
Ano: 1888
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 57,5cm x 74cm 
Movimento: Impressionismo

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

VOCÊ SABIA?

Em que semana foi realizada a "Semana de Arte Moderna de 1922"?


A Semana de Arte Moderna de 1922 aconteceu em apenas três dias: 13, 15 e 17 de fevereiro. O primeiro dia foi dedicado à pintura e escultura, o segundo dia tratou de literatura e poesia e o terceiro dia ficou para a música. O evento, realizado no Teatro Municipal de São Paulo, foi o grande marco do Modernismo no Brasil.




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A expressão "COME TO THINK OF IT" é frequentemente usada no inglês falado. Algumas pessoas preferem dizer "COME TO THINK ABOUT IT". Não é errada, porém, o mais comum é o uso de "COME TO THINK OF IT. Seu significado em português é "PENSANDO BEM", expressão usada para adicionar algo que acabamos de perceber ou lembrar.

domingo, 1 de dezembro de 2013

VOCÊ SABIA?

Como foi a relação dos índios com a gripe?


"Desastrosa!", exclama Marina Lopes de Lima Villas Boas, esposa de Orlando Villas Boas e enfermeira, que trabalhou 20 anos no Parque Nacional do Xingu. Segundo ela, no início da colonização as crises de gripe provocaram muitas mortes entre os índios. Eles não tinham anticorpos contra os vírus recém-chegados da Europa. "No século XX, ainda, houve surtos bastante fortes, principalmente nos anos 20 e na década de 40", explica Marina.

Parque Nacional do Xingu