sábado, 15 de junho de 2013

365 DIAS DE ARTE

Alegoria dos Planetas e Continentes, de Giambattista Tiepolo

A pintura apresenta figuras que representam os quatro cantos do mundo (todos os continentes conhecidos na época), dispostos nas beiradas do teto.

Giambattista Tiepolo, ou Giovanni Battista Tiepolo (15/03/1696 - 27/03/1770), foi um dos grandes mestres da pintura italiana.
Com estilo grandioso, caracteriza-se pela sofisticação e elevado senso que marcou os artistas do século XVIII, os cenários por ele criados evocam uma dimensão terrena voltada para o infinito e a ficção, cromaticamente marcado por uma paleta de cores frias e irreais, dando às suas figuras e objetos um reflexo de tom prateado, perdendo toda a consistência plástica.
A obra de hoje foi encomendada pelo príncipe-bispo Karl Philipp Greiffenklau, que reinou de 1749 a 1757, quando morreu. Embora muito rico, o príncipe foi uma figura de menor importância histórica, imortalizado por Tiepolo com imensa inventividade e confiança como se fosse um herói poderoso.
A pintura apresenta figuras que representam os quatro cantos do mundo (todos os continentes conhecidos na época), dispostos nas beiradas do teto. Cada uma das figuras, de modo improvável, mas glorioso, presta homenagem a Karl Philipp, cujo retrato está suspenso no ar, sobre a Europa. Os deuses do Olimpo também são representados na pintura.
O artista era famoso pela velocidade com que trabalhava, além de sua grande criatividade. O teto é cheio de detalhes vividamente imaginados e representados, não só entre os seres humanos como também os animais. Outro ponto da obra que merece destaque é a maneira de como os detalhes são representados, de forma coerente e vibrantemente.


4 detalhes de "Alegoria dos Planetas e Continentes" se destacam:


1 - Europa
A figura que representa o continente europeu é menos impressionante à primeira vista do que as outras partes da pintura, consideradas mais exóticas. No entanto, tem grande dignidade, pois se assemelha à Juno, a rainha dos deuses. A rainha descansa a mão na cabeça de um touro, referência à Europa, personagem mitológica que também nomeia o continente.


2 - Ásia
A personificação da Ásia é uma figura que usa um turbante com jóias e monta um suntuoso elefante com adornos. A mulher faz um gesto de comando com a mão esquerda, mostrando a perícia do pintor como desenhista.


3 - América
Com seu espetacular cocar de penas, a América é uma das figuras mais ricas da pintura. Nessa época as "américas" eram, em geral, consideradas pouco civilizadas pelos europeus e a mulher é representada como uma selvagem nobre, com um arco pendurado no ombro.


4 - África
A África aparece seminua, assim como a América, mas suas vestes são mais refinadas. A pele escura contrasta com o tecido branco no qual a mulher está envolta, bem como os enormes brincos de ouro que ela usa. A mulher monta um camelo e é acompanhada por figuras de natureza morta.




Ficha Técnica: Alegoria dos Planetas e Continentes


Autor: Giambattista Tiepolo
Onde ver: Residenz, Würzburg, Alemanha
Ano: 1752 - 1753
Técnica: Afresco
Tamanho: 19m x 33m
Movimento: Barroco

sábado, 8 de junho de 2013

ATUALIDADES

Guia de Postura nas redes sociais


Assim como em qualquer situação de convívio social, nas redes sociais também existem maneiras de se comportar. É importante que você saiba quais são elas e como navegar tranquilamente.
Agora, você verá um vídeo que propõe sugestões sobre o assunto. É um alerta sobre os cuidados com o que se publica nas redes sociais como, por exemplo, o fato que atualmente muitas empresas consultam as redes sociais dos candidatos às vagas para verificar o perfil da pessoa.


Cliquem na imagem para visualizar o vídeo e cuidado com as redes sociais!

365 DIAS DE ARTE

O Jogador Secreto, de René Magritte

O quadro mostra dois jogadores de beisebol que esperam um lançamento atrás do plano da imagem, enquanto uma tartaruga marinha nada acima deles.

René François Ghislain Magritte (21/11/1898 - 15/08/1967) foi um dos principais artistas surrealistas belga, filho caçula de Léopold Magritte. Passou por um trauma em 1912, quando viu ser retirado das águas do Rio Sambre o corpo de sua mãe que cometeu suicídio por afogamento. Casou-se em 1922 com Georgette Berger. Praticante do Surrealismo realista ou "realismo mágico", iniciou sua carreira imitando a vanguarda, porém precisava de uma linguagem mais poética sendo assim influenciado pela pintura metafísica de Chirico.
Em 1927 mudou-se para Paris onde começou a se envolver nas atividades do grupo surrealista, tornando-se grande amigo dos poetas André Breton e Paul Éluard e do pintor Marcel Duchamp. Magritte morreu de câncer, deixando obras de excelente qualidade artística.
"O Jogador Secreto" caracteriza-se por uma qualidade irreverente e onírica na qual objetos e indivíduos irreais interagem dentro de um espaço imaginário. A identidade do "jogador secreto" fica obscura, assim como grande parte dos nomes enigmáticos que o pintor dava para suas obras.
O observador admira a cena de trás de uma cortina vermelha que pode ser identificada à direita do quadro. A cortina é símbolo do fascínio de Magritte pela fronteira entre a realidade e fantasia e separa a cena da realidade ao mesmo tempo em que sugere a simplicidade com que o oculto pode ser exposto.
O elemento mais misterioso da obra é uma mulher que encontra-se amordaçada dentro de um guarda-roupa. Como tema comum das obras surrealistas, a dominação fica evidente com essa figura. O sadomasoquismo sutil que a figura entra em choque com a ingenuidade juvenil presente no restante da composição. Sua presença faz referência à confusão de sonhos e à crença surrealista de que o desejo erótico está na base do subconsciente. A mordaça funciona como uma metáfora da supressão do desejo pela mente consciente.
O quadro mostra ainda dois jogadores de beisebol que esperam um lançamento atrás do plano da imagem, enquanto uma tartaruga marinha nada acima deles com a cabeça parcialmente escondida por um dos diversos pinos que dominam a composição. Desses balaústres brotam alguns galhos de flores cor-de-rosa, formando uma alameda de árvores mutantes que conduzem o olhar do primeiro plano para o fundo.
Vários desses balaústres assumem as curvas de uma ampulheta. Os pilares, claros e sem membros, parecem sugerir não só corpos femininos como também manequins, elemento muito frequente em obras surrealistas. Esse tipo de atributo humano transforma as figuras impassíveis em peças de xadrez.


3 detalhes de "O Jogador Secreto" se destacam:


1 - Paleta fria
Magritte escolheu uma paleta limitada, com tons neutros de branco e cinza, misturados com azul-cobalto, marrom-cru e preto. Poucos objetos na obra fogem à essa paleta fria e os que o fazem são evidentemente mundanos, como o bastão de beisebol em tom ocre.


2 - Foco da composição
Os uniformes brancos e limpos dos jogadores fazem um forte contraste com os tons de cinza dominantes no fundo, fazendo das figuras o foco da composição.


3 - Formas
O artista modela suas formas com cuidado, modificando as técnicas comuns para obter mais profundidade. Os elementos mais detalhados da obra são os galhos floridos que dominam a parede superior da tela. À medida que se afastam deles as pinceladas se tornam mais soltas.




Ficha Técnica: O Jogador Secreto


Autor: René Magritte
Onde ver: Musées Royaux des Beaus-Arts, Bruxelas, Bélgica
Ano: 1927
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 152cm x 195cm
Movimento: Surrealismo

UM POUCO DE... LÍNGUA PORTUGUESA!


sexta-feira, 7 de junho de 2013

UM POUCO DE... LÍNGUA PORTUGUESA!


365 DIAS DE ARTE

A Balsa da Medusa, Théodore Géricault

Inspirado nesse acontecimento, Géricault pintou "A Balsa da Medusa" durante 18 meses de trabalho ininterrupto.

Jean-Louis André Théodore Géricault (26/09/1791 - 26/01/1824) foi um pintor francês do Romantismo.
Géricault mudou-se para Paris com o pai, um conhecido jurista, depois da morte da mãe, e aos 10 anos ingressou no Liceu Imperial. Terminado seus estudos, teve aulas com o pintor Vernet e anos mais tarde já trabalhava no ateliê de Pierre-Narcisse Guérin, junto com Delacroix.
Em seus primeiros quadros, Géricault demonstrou grande admiração por David e pelos cânones estéticos neoclássicos. Depois de fazer o serviço militar como mosqueteiro imperial na armada real, viajou para a Itália onde estudou profundamente as obras de Michelangelo e Rafael. Na volta para Paris, em 1817, o pintor iniciou aquela que seria sua obra-prima, "A Balsa da Medusa". Embora o tema do naufrágio seja coerente com o desespero romântico, o certo é que este quadro fez-se eco da crítica ao regime, compadecendo-se dos sobreviventes e mortos no naufrágio ocorrido por culpa do governo. Sabe-se que sua obsessão chegou a levá-lo a falar com os sobreviventes nos hospitais e inclusive a fazer esboços dos mortos no necrotério.
A doença, a loucura e o desespero passaram então a ser uma constante em seus quadros. O efeito do claro-escuro, que o pintor admirava em Caravaggio, inspiraram-no a criar ambientes patéticos e de intenso sofrimento. Anos depois em Londres, o pintor retomou sua paixão pelos cavalos que de certa forma antecipou sua preocupação em captar o movimento. Fez também quadros de doentes mentais em hospitais e após uma tentativa de suicídio, o pintor retornou a Paris, onde poucos meses depois, foi vítima de um acidente e acabou falecendo.
Sobre a obra apresentada hoje, depois do naufrágio 147 pessoas não conseguiram lugares nos botes salva-vidas e, por isso, se amontoaram em uma pequena jangada construída precariamente com tábuas, cordas e partes do mastro. A "embarcação" foi nomeada "A Balsa da Medusa". Nos primeiros dias diversas pessoas desapareceram no oceano e outras ainda foram mortas a tiros por oficiais em embarcações próximas.
Após diversos dias na embarcação um dos sobreviventes, o médico Jean-Baptiste Henry Savigny assumiu a liderança do grupo e passou a dissecar os corpos dos mortos para que servisse de alimento aos demais sobreviventes, para que estes não morressem de fome. Depois de 13 dias à deriva a Balsa da Medusa foi resgatada pelo Argus, um pequeno navio mercante. A essa altura apenas 15 sobreviventes restaram.
Inspirado nesse acontecimento, Géricault pintou a Balsa da Medusa, durante 18 meses. Para construir a cena o artista realizou um estudo substancial dos detalhes e entrevistou sobreviventes e enfermos. bem como observou o que restava dos corpos dos mortos.


Ficha Técnica: A Balsa da Medusa


Autor: Théodore Géricault
Onde ver: Museu do Louvre, Paris, França
Ano: 1818
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 491 x 716 cm 
Movimento: Romantismo

quarta-feira, 5 de junho de 2013

UM POUCO DE... LÍNGUA PORTUGUESA!


PREMIAÇÃO 8ª OLIMPÍADA BRASILEIRA DE MATEMÁTICA DAS ESCOLAS PÚBLICAS - OBMEP

Mais uma vez nossa Escola foi representada na Premiação da OBMEP no dia 01/06/2013! Estamos todos felizes e honrados por termos em nosso quadro de alunos, Rafael Henrique Delgado Pereira, aluno sempre exemplar e destaque na 8ª Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.
A OBMEP é um projeto que tem como objetivo estimular o estudo da Matemática e revelar talentos na área. Iniciada em 2005, a OBMEP vem crescendo a cada ano criando um ambiente estimulante para o estudo da Matemática entre alunos e professores de todo o país. Em 2012, cerca de 19 milhões de alunos se inscreveram na competição e 99% dos municípios brasileiros estiveram representados.
Os recordes sucessivos de participação fazem da OBMEP a maior Olimpíada de Matemática do mundo.
Parabenizamos o aluno Rafael Henrique pelo excelente desempenho na Olimpíada, desejamos sucesso na carreira estudantil; parabenizamos também o Prof. Paulo Donizeti Vieira pelo excelente trabalho desenvolvido em nossa Unidade Escolar e aos familiares do aluno nosso muito obrigado por participar ativamente da sua vida escolar e por confiar no nosso trabalho. Família que participa e interage com a escola sempre colhe alegrias, honras e o sentimento de dever cumprido. Parabéns!!!!!

Auditório Simón Bolívar - Memorial da América Latina - São Paulo




Parabéns Rafael e Prof. Paulo!


Família sempre presente! Eis o resultado...
Parabéns Rafael e Sr. Carlinhos.





domingo, 2 de junho de 2013

365 DIAS DE ARTE

Construção Mole com Feijões Cozidos, de Salvador Dalí

Embora tenha sido finalizada antes da guerra, o pintor a utilizava como meio para demonstrar seu posicionamento sobre o assunto.

Salvador Dalí (11/05/1904 - 23/01/1989) foi um pintor catalão, grande representante da estética surrealista. Nascido na Catalunha, Dalí era filho de pai advogado e mãe que foi grande incentivadora no caminho das artes. Teve grande influência da pintura romântica na juventude. Em Paris, conheceu Picasso e Max Ernst, mas foi a descoberta das teorias de Freud e os pintores metafísicos como Giorgio de Chirico que faria grande diferença em seus trabalhos futuros. Em 1934, Dalí refugiou-se nos EUA, lugar onde ficou durante a Segunda Guerra Mundial. Criou o chamado método "paranóico-crítico" - representações delirantes e alucinatórias do pintor, que fazia dele uma personalidade pitoresca. Dalí fez outros trabalhos como cenários para teatro e cinema, gravuras, ilustrações, murais e até jóias, esculturas como o busto de Dante, em 1965.
Suas obras em pintura são quase sempre representações de um universo onírico e bizarro, porém, com uma qualidade artística extraordinária. Faleceu em 1989 em decorrência do "Mal de Parkisson".
Dalí gostava de dizer que a famosa obra comprovava seu gênio intuitivo, visto que ela foi concluída antes que a Guerra Civil Espanhola estourasse em 1936. No entanto, é possível perceber na obra o posicionamento do pintor a respeito do assunto. O artista era publicamente contrário a guerra e a achava desnecessária e terrível.
A atmosfera que permeia a composição é vista como um acontecimento inevitável em que a Espanha se auto-aniquilou. O monstro que domina a tela tem as mesnas proporções do contorno do mapa do País e dele brotam braços e pernas que se rasgam mutuamente, enquanto uma forma fálica e flácida abraça um quadril rompido.
Os feijões se esparramam pelo chão sem que possam saciar a fome de alguém e é possível observar o rosto do monstro em êxtase, enquanto os músculos tensos de seu pescoço e seus braços transformam-se e apodrecem. É provável que Dalí acreditasse que mostrando a Espanha se autodestruindo, agourasse as atrocidades cometidas pelas partes envolvidas em uma guerra.
Somada a isso, a paisagem na qual a cena se desenrola reforça esse clima, visto que o ambiente ermo de desolação e morte é um ambiente propício para todo o sofrimento causado pela guerra.


Ficha Técnica: "Construção Mole com Feijões Cozidos"


Autor: Salvador Dalí
Onde ver: Museu de Arte da Filadélfia, Filadélfia, EUA
Ano: 1936
Técnica: Óleo sobre tela
Movimento: Surrealismo

UM POUCO DE... LÍNGUA PORTUGUESA!