terça-feira, 22 de maio de 2012

XX CONCURSO DE POESIA E PROSA DA ACADEMIA DE LETRAS DE SÃO JOÃO DA BOA VISTA

PATRONO: JOÃO BATISTA SCANAPIECO

OBJETIVOS: Revelar poesias e trabalhos em prosa, inéditos; aprimorar o gosto pela arte literária e incentivar novos talentos.

Poesia: Prêmio Emílio Lansac Toha
Prosa: Prêmio Fábio de Carvalho Noronha
Prêmio Especial - 3ª idade - Prêmio Otávio Pereira Leite

Cada trabalho deverá ser digitado ou datilografado em 05 vias, espaço um e meio, de um só lado do papel (A4), contendo, no máximo 3 folhas, fonte Arial tamanho 12.
O tema é livre, sendo exigido texto inédito.

Envolvem 4 faixas etárias:
- até 12 anos;
- de 13 a 18 anos;
- de 19 anos em diante e
- maiores de 60 anos

Os trabalhos deverão ser enviados para: Academia de Letras de São João da Boa Vista, Rua Bruno Balestrin, 79 - Perpétuo Socorro - CEP: 13870-549 - São João da Boa Vista - SP, aos cuidados de Ana Lúcia Finazzi, ou pela internet através do e-mail: academiadeletras@alsjbv.com.br
Os textos enviados por correio deverão ser remetidos em 2 envelopes. O primeiro maior deve conter, por fora, no alto, a identificação da categoria literária (prosa ou poesia), além do endereço da Academia. Dentro deste envelope, o trabalho do autor, não identificado, (apenas com pseudônimo) e um outro envelope menor, fechado, contendo na face externa: a idade, pseudônimo do autor, nome da obra; dentro desse envelope menor a ficha de inscrição devidamente preenchida.
O prazo para entrega dos trabalhos será de 02/04 a 15/06 de 2012 e se for por remessa via correio a data do carimbo postal deverá respeitar o prazo citado.

JULGAMENTO E PREMIAÇÃO:
O julgamento das obras será realizado entre os dia 25/06 a 27/07 de 2012 pela Comissão Julgadora.
Os prêmios serão remetidos pelo correio, sendo os premiados convidados a comparecer em Reunião Ordinária da Academia de Letras que será realizada em data e local a serem definidos, quando serão homenageados. Os trabalhos serão classificados até o terceiro lugar, sendo que os primeiros classifcados de cada categoria receberão Placas com seus nomes e o nome do Patrono. Receberão também, Diploma com suas classificações.

Maiores informações: http://www.alsjbv.com.br/ ou pelo e-mail: academiadeletras@alsjbv.com.br

sexta-feira, 11 de maio de 2012

365 DIAS DE ARTE

Mona Lisa, de Leonardo da Vinci

Como todas as obras de Leonardo da Vinci, este quadro não está assinado nem datado.



     Mona Lisa, de Leonardo da Vinci, é a pintura mais famosa do mundo. É quase uma heresia ir a Paris e não visitar La Gioconda no Louvre. Aliás, há muitos que vão ao museu somente para vê-la.

     Mas não se engane, a obra é pequena e rodeada de turistas. Por questão de segurança, não se pode chegar muito perto do quadro e há dois seguranças ao lado dela para garantir que você não se aproxime demais.
     Como todas as obras de Leonardo da Vinci, este quadro não está assinado nem datado. O nome da pintura é Mona Lisa ou La Gioconda e tem origem num relato de um historiador de arte Giorgio Vasari: “Francesco del Giocondo contratou Leonardo para produzir o retrato de sua esposa, Mona Lisa.”
     O famoso sorriso da modelo se deve ao fato de que da Vinci usou músicos e palhaços para mantê-la se divertindo. Muitos dizem que o sorriso de Mona Lisa é sagrado, divino. De fato, a obra lembra um pouco a imagem da Virgem Maria sentada, mas o artista italiano alterou a fórmula do retrato cristão. Ele pintou os braços dela para funcionarem como um elemento divisório, criando uma impressão de distância entre a Gioconda e o espectador.
     O quadro, aliás, é todo feito em perspectivas e dimensões. Num primeiro plano, percebe-se, como já dito, os braços da modelo. Leonardo da Vinci também deu profundidade ao fundo da tela. Você pode reparar isso olhando para o que tem atrás da tela. Parece que o fundo da pintura está extremamente longe de quem observa.
     É como se a pintura estivesse dividida em três planos básicos. O primeiro dos braços, depois da modelo e, por fim, o do fundo. Este tratamento dado ao que está atrás da Mona Lisa é chamado de perspectiva aérea.
     Outra coisa que chama atenção é que a pintura é piramidal, assim como a maioria das telas de Leonardo da Vinci. Assim, o jogo simbólico por trás da obra é fomentado. São três planos principais, três lados de uma pirâmide e três divisões verticais.
     Sem contar, é claro, toda a simbologia da pirâmide, que pressupõe virilidade; é um símbolo do homem, enquanto que o da mulher é uma pirâmide invertida. É de se pensar porque Leonardo da Vinci, um dos homens mais inteligentes do mundo, escolheu essa dicotomia. Muita gente, aliás, diz que a pintura é o próprio da Vinci travestido. Esta contraposição simbólica parece fazer sentido neste caso.
     Estas interpretações, no entanto, são só suposições, especulações. Por isso, não se pode afirmar nada com certeza.


4 detalhes de Mona Lisa se destacam:



1 – Paisagem
A vasta paisagem atrás da modelo dá uma grande profundidade à pintura. Além disso, se você prestar um pouco mais de atenção, o fundo está desequilibrado. O lado direito parece estar mais alto do que o esquerdo.

2 – Sobrancelhas e cílios
A Gioconda não tem sobrancelhas nem cílios. No entanto, algumas análises de alta resolução já revelaram que a modelo já teve sobrancelha e cílios. Alguma limpeza deve ter removido o pigmento usado para pintar estes traços.

3- Sfumato
Sfumato é uma técnica utilizada por Leonardo da Vinci para realizar uma transição suave e quase imperceptível entre as cores. Esta é mais uma das características da “perspectiva atmosférica”, criando uma sensação de distanciamento.

4 – Mãos Cruzadas
O jeito como as mãos da modelo estão cruzadas e pousadas sobre o colo mostram um sinal de decoro. A etiqueta da época dizia que as mulheres sofisticadas deveriam sentar assim.

Ficha Técnica - Mona Lisa
Autor: Leonardo da Vinci
Onde ver: Museu do Louvre, Paris, França
Ano: 1503-1506
Técnica: Óleo sobre madeira
Movimento: Renascimento
Tamanho: 77cm x 53cm



RESUMO DE OBRAS LITERÁRIAS UTILIZADAS NOS MAIORES VESTIBULARES DO BRASIL

Memórias de um Sargento de Milícias

Antônio Manuel de Almeida


   Escrita por Antônio Manuel de Almeida , “Memórias de um Sargento de Milícias” é uma crítica ao já famoso “jeitinho brasileiro”, a sociedade corrupta e aos favores e vantagens a que são forçados a conviver os cidadãos da sociedade carioca à época em que a Família Real Portuguesa se instalava no Brasil. O protagonista é um típico malandro carioca, mulherengo e que aproveita todas as oportunidades que lhe aparecem para tirar vantagens dos outros.
   Publicada pela primeira vez entre os anos 1854 e 1855 em forma de folhetim, Memórias de um Sargento de Milícias não teve, de início, uma grande aceitação do público. O autor, sob o pseudônimo de “um brasileiro” só teve sua identidade revelada após o falecimento. A obra é uma crítica à classe dominante e ao “jeitinho brasileiro” de alcançar objetivos sem muitos esforços.


O enredo de Memórias de um Sargento de Milícias

A obra narra a história do carioca malandro filho de portugueses Leonardo desde o seu nascimento, passando por sua infância travessa, a juventude turbulenta e os meios nada convencionais utilizados por ele e sua madrinha para que consiga assumir o posto de sargento de milícias e tomar um rumo na vida.


Os personagens de Memórias de um Sargento de Milícias

Leonardo: protagonista, um típico anti-herói. É malandro, não possui uma conduta moral exemplar e não gosta de trabalho. Filho de Maria da Hortaliça e Leonardo Pataca, ele é abandonado pelos pais ainda criança e passa a ser criado pelos padrinhos, Compadre e Comadre.

Maria da Hortaliça: a portuguesa mãe de Leonardo fica grávida durante a travessia de navio para o Brasil, mora por algum tempo com o pai da criança, mas abandona o filho para voltar à Portugal com o capitão de um navio.

Leonardo Pataca: pai do protagonista. Conhece Maria da Hortaliça ainda no navio, mas descobre que a mulher o traía e a expulsa de casa. Depois do ocorrido, casa-se com a parteira, Chiquinha, com quem tem uma filha.

Compadre: barbeiro vizinho do casal que mora em frente à casa de Leonardo e Maria. Possui uma boa quantia de dinheiro que conseguiu ao desviar a herança de um capitão à sua sobrinha. É casado com a Comadre, e passam a cuidar do pequeno Leonardo após o abandono dos pais.

Comadre: é uma mulher bondosa que vive buscando livrar o afilhado das confusões que se metia.

D. Maria: amiga de comadre e compadre. É tia de Luisinha.

Luisinha: primeiro amor de Leonardo, sobrinha de D. Maria, é feia, pálida e desajeitada. Acaba por se tornar esposa de Leonardo.

Major Vidigal: é o policial e juiz do enredo.

Vidinha: uma mulata sensual e cantora de modinhas seduz Leonardo, que vive em sua casa por um tempo.

Chiquinha: casa-se com Leonardo Pataca.

Maria Regalada: Primeiro amor de Vidigal. É graças a ela que Leonardo consegue o posto de Sargento de Milícias.

José Manuel: rival no amor de Luisinha, José Manuel é um caça-dotes, uma crítica à aristocracia portuguesa.


Síntese de Memórias de um Sargento de Milícias

Leonardo, filho de Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça, é um garoto travesso desde criança, que cresce cercado de amor pelos padrinhos, mas que ainda assim não demonstra nenhuma vocação religiosa ou mesmo para o trabalho. Apesar de todas as oportunidades que a vida lhe proporcionou, Leonardo prefere aproveitar-se da influência de sua madrinha para alcançar seus objetivos sem ter que se esforçar para isso.


Desenvolvimento da obra Memórias de um Sargento de Milícias

Ao desembarcar no Brasil, após uma viagem de navio saída da cidade do Porto, em Portugal, Maria da Hortaliça começa a sentir os enjôos causados pelas “pisadelas e beliscões” com Leonardo Pataca. Desse relacionamento nasce Leonardo (filho), um garoto travesso e malandro desde criança.

Após ser abandonado pela mãe - que volta para Portugal -, e pelo pai que vai morar com uma cigana, Leonardinho passa a ser criado pelos padrinhos, que tentam, de todas as formas lhe dar uma boa educação e despertar no garoto alguma vocação religiosa, ou ao menos algum senso de responsabilidade. Leonardo se apaixona por Luisinha, uma garota pálida e desajeitada, que se casa com José Manuel, um caça-dotes.

Desiludido, Leonardo se envolve com Vidinha, uma mulata e animada, com quem vai morar. Graças a um dos primos de Vidinha, apaixonado pela moça, Leonardo vai preso, mas consegue fugir, deixando o delegado Vidigal a sua espera.

Nessa época, graças aos seus conhecimentos sobre a arte da malandragem, o rapaz se transformou em granadeiro, no entanto alertou um suspeito e foi preso por conta disso. Sua madrinha, novamente teve de interceder por sua soltura, mas como Vidigal permaneceu irredutível, a Comadre apelou à Maria Regalada, que aceitou o pedido do delegado e foi morar com ele. Em troca, Vidigal transformou Leonardo em Sargento. A essa altura do campeonato, José Manuel havia morrido e deixado Luisinha viúva, ao reencontrar com a moça, já refeita e formosa, Leonardo reascendeu a antiga paixão. Um último pedido a Vidigal, e o rapaz foi feito Sargento de Milícias para que pudesse se casar.


Problemática da obra Memórias de um Sargento de Milícias

A questão central da obra se propõe a demonstrar uma sociedade na qual quem pode tirar proveito de outras pessoas o faz sem hesitar.


Clímax da obra Memórias de um Sargento de Milícias

O clímax da obra certamente é o momento em que o virtuoso Vidigal se rende aos encantos de Maria Regalada e concede a soltura de Leonardo, promovendo-o a Sargento. Deste momento em diante, o protagonista parece, enfim, ter tomado um rumo em sua vida e passa a ser mais respeitado, culminado com o seu casamento com a doce Luisinha, agora viúva de José Manuel.


Desfecho da obra Memórias de um Sargento de Milícias

O casamento de Leonardo e Luisinha, que parecia algo impossível em virtude dos atos inconsequentes do protagonista, marca o desfecho final da obra.


A linguagem de Memórias de um Sargento de Milícias

A linguagem do livro é a mesma utilizada nas ruas do Rio de Janeiro na época em que a obra foi escrita. São utilizadas gírias e expressões deixando a linguagem coloquial.


O espaço/tempo em Memórias de um Sargento de Milícias

O livro retrata o período em que a Família Real Portuguesa se encontrava no Brasil, em algum ponto entre 1808 e 1822. As personagens estão ambientadas na cidade do Rio de Janeiro.


Narrador e foco narrativo de Memórias de um Sargento de Milícias

Narrado em terceira pessoa.


Contexto histórico de Memórias de um Sargento de Milícias

O período em que a Coroa Portuguesa se instalou no Brasil foi um momento crítico na nossa história, em virtude das mudanças sociais a que foram submetidas o povo brasileiro. O primeiro momento de descontentamento foi quando os moradores das melhores residências tiveram que abrir mão de suas moradias em detrimento da aristocracia portuguesa. Em seguida, os gastos exorbitantes da Família Real agravavam a crise econômica, a fome e a miséria na qual viviam os brasileiros. Esse sentimento de crítica permeia a obra toda, que passa “alfinetar” o comportamento do povo diante de tal situação: todos buscavam obter algum tipo de vantagem.


Escola literária de Memórias de um Sargento de Milícias

Romantismo.


Sobre o autor de Memórias de um Sargento de Milícias

Antônio Manuel de Almeida foi um médico e escritor brasileiro. Nascido em 1831, na cidade do Rio de Janeiro, Almeida teve uma infância pobre, que influenciou diretamente em sua obra, uma vez que àquela época, eram retratados nos romances românticos os salões e ambientes aristocráticos.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

PROJETO 365 DIAS DE ARTE

Conheça As Banhistas, de Paul Cézanne


As banhistas é uma das poucas obras pós-impressionistas que é figurativa. Ou seja, pessoas são representadas através da pintura; e não paisagens. Pode-se observar que a obra tem camadas grossas de tinta, cores bem vivas e pinceladas expressivas que enfatizam formas geométricas.
A pintura, que mostra diversas mulheres tomando banho, mostra bem como Cézanne se afastou do naturalismo do impressionismo através das características citadas acima. O pintor francês queria desnudar detalhes superficiais e se aprofundar na análise da geometria fundamental da natureza. Esta abordagem composicional radical, que pode ser verificada em As Banhistas, influenciou até os cubistas.


Ficha Técnica - As Banhistas

Autor: Paul Cézanne
Onde ver: National Gallery, Londres, Reino Unido
Ano: 1894-1905
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 1,27m x 1,96m
Movimento: Pós-impressionismo

Por:  Alexandre Ramos
PC EF Ciclo II


RESUMO DE OBRAS LITERÁRIAS UTILIZADAS NOS MAIORES VESTIBULARES DO BRASIL

Capitães da Areia, de Jorge Amado


(Crédito: Reprodução)


Capitães da Areia, de Jorge Amado, tem como tema principal a sociedade, em específico os garotos de rua. A obra mostra as diferenças de classe, a má distribuição de renda e os efeitos da marginalidade na vida de crianças e adolescentes. A obra foi publicada em 1937 e pertence à primeira fase do escritor.
A narrativa, de cunho documental e realista, aborda a crueldade da vida dos meninos de rua, a luta diária por alimento e dinheiro. As desigualdades sociais e o comportamento violento dos meninos são abordados como frutos da marginalização; da desonestidade, do egoísmo e do pouco caso das classes dominantes. Mas o livro também mostra a pureza das crianças.


O enredo de Capitães da Areia
Capitães da Areia é dividido em quatro partes e a primeira é composta por supostas cartas em resposta a uma matéria sobre os capitães da areia. Algumas pessoas defendem e outras acusam o grupo. São quarenta meninos, mais ou menos, entre nove e dezesseis anos, sujos, que dormiam nas ruínas de um trapiche. Liderados por Pedro Bala, eles roubam para sobreviver, e desde muito jovens já bebiam e fumavam. Além desses pequenos expedientes, os Capitães da Areia praticavam roubos maiores, o que os tornou conhecidos, temidos e procurados pela polícia, que estava em busca do esconderijo e do chefe dos capitães.
Esses meninos se pegos, seriam enviados para o Reformatório de Menores, visto pela sociedade como um estabelecimento modelar para a criança em processo de regeneração, com trabalho, comida ótima e direito a lazer. No entanto, esta não era a opinião dos menores infratores. Sabendo que lá estariam sujeitos a todos os tipos de castigo, preferiam as agruras das ruas e da areia à falsa instituição.
Um dia, a cidade de Salvador teve uma epidemia de varíola. Como os pobres não tinham acesso à vacina, muitos morriam isolados no lazareto. Almiro, o primeiro do grupo a ser infectado, ali morreu. Já Boa-Vida teve outra sorte; saiu de lá, andando.
Quando roubavam um palacete de um ricaço na ladeira de São Bento, foram presos. Parte do grupo conseguiu fugir da delegacia, graças à intervenção de Bala que acabou sendo levado para o Reformatório. Ali sofreu muito, mas conseguiu fugir. Em liberdade, preparou-se para libertar Dora (que entrou para o bando tempos antes).
Um mês no Reformatório feminino foi o suficiente para acabar com a alegria e saúde da menina que, ardendo em febre, se encontrava na enfermaria. Após invadirem o reformatório, Pedro, Professor e Volta-Seca fugiram, levando Dora consigo. Não resistindo, ela morreu na manhã seguinte. Don’aninha embrulhou-a em uma toalha de renda branca e Querido-de-Deus levou-a em seu carro, jogando-a em alto mar. Dali pra frente, cada um seguiu seu rumo na vida.


Os personagens de Capitães da Areia
Pedro Bala (em cerca de 90% do livro, ele foi o chefe dos Capitães da Areia, retirando do poder Raimundo, o antigo líder), Dora (chega no meio do romance com treze para quatorze anos e era a única mulher do grupo e se adaptou bem a ele), Professor (único parcialmente estudado do grupo, pois era o único que sabia ler), Gato, Volta-Seca, Sem Pernas, João Grande, Pirulito, Boa Vida, João-de-Adão, Don’Aninha, Padre José Pedro e Querido-de-Deus.



Síntese de Capitães da Areia
O romance narra a realidade de menores abandonados da Bahia, que vivem num velho trapiche. O grupo, liderado por Pedro Bala, é composto por meninos que lutam diariamente pela sobrevivência, tornam-se homens muito cedo, aprendem a reagir à situação de que são vítimas. Possuem vida sexual, lidam com dinheiro, enganam, roubam, estupram, enfrentam a polícia, aprendem que a infância não é para eles.
Jorge Amado mostra como os meninos recebem a crueldade da sociedade e como agem com ela em resposta, mas também a pureza de criança de cada menino. Filho de um líder sindical, Pedro Bala fica órfão cedo e aprende a lidar com a realidade das ruas. Corajoso, torna-se o líder dos Capitães da Areia. Conhece os prazeres sexuais ainda jovem, tanto ele como os demais do grupo estupram as negrinhas nas ruas à noite e frequentam bordéis. Apesar disso, Pedro descobre o amor puro da adolescência com Dora, órfã cujos pais morrem da epidemia de varíola.
Dora torna-se sua noiva e integrante ativa do grupo, participando de todas as ações na companhia dos meninos. Em um dos roubos, os meninos são presos pela polícia. Num ato de coragem, Pedro Bala consegue distrair os policiais para que os amigos possam fugir. No entanto, ele e Dora são presos. O líder do bando vai para o reformatório, onde é torturado pela polícia; e Dora, para o orfanato, onde também sofre maus-tratos. Bala consegue fugir e resgata a namorada, que adoece pelo tratamento recebido. O casal vive uma noite de amor e Dora amanhece morta.
Tendo Dora como musa, como a mulher mais forte que já existiu na Bahia, Pedro Bala continua a luta diária, e encontra na luta sindical a esperança. Pedro representa o idealismo e a resistência.
O grupo possui ainda outros personagens importantes: o negro João Grande, bondoso e forte; o Professor, de grande potencial artístico e intelectual; Pirulito, místico e introvertido; o Gato, elegante e conquistador, típico malandro brasileiro; o Sem-Pernas, menino com deficiência, cuja revolta encobre a pureza e a bondade; Volta Seca, afilhado de Lampião.


Desenvolvimento da obra Capitães da Areia
Capitães da Areia passa toda em Salvador contando a história dos meninos de rua, que assaltavam para sobreviver. O líder do bando se apaixona pela única menina que passa a integrar o grupo tempo depois de a história começar.


Problemática da obra Capitães da Areia
Os meninos assaltavam para garantir seu “sustento” e são presos durante uma das ações. Os dois personagens principais conseguem libertar o grupo, mas acabam sendo pegos pela polícia.


Clímax da obra Capitães da Areia
Quando Dora e Pedro Bala são presos, mas depois saem do reformatório e se encontram para uma noite de amor.


Desfecho da obra Capitães da Areia
Após serem libertados, Pedro Bala e Dora passam uma noite de amor, mas ela acaba morrendo na manhã seguinte devido aos tratamentos que recebeu quando presa.


A linguagem de Capitães da Areia
É coloquial com expressões ditas no cotidiano sem formalidade e sem censura.


O espaço/tempo em Capitães da Areia
A história se passa toda na Bahia, em Salvador. A obra acontece na década de 1930.


Narrador e foco narrativo de Capitães da Areia
Narrada em terceira pessoa, sendo o autor, Jorge Amado, apenas expectador. Ele se comporta, durante todo o desenvolvimento do tema, de maneira indiferente, criando e narrando os acontecimentos sem se envolver diretamente com eles.


Contexto histórico de Capitães da Areia
A obra, escrita na década de 1930, tem relação com o colapso econômico do Brasil após a queda da Bolsa de Nova York. Foi quando o Brasil viveu a Revolução de 30, reflexo da revolta de jovens militares, da população de classe média, do proletariado urbano e das oligarquias nordestinas e sulistas. Jorge Amado foi um dos mais importantes militantes dessa época e um dos autores responsáveis pela criação de um estilo novo na literatura, moderno e liberto da linguagem tradicional. Nele, incorporou-se a linguagem regional e as gírias locais.


Escola literária de Capitães da Areia
Modernismo.


Sobre o autor de Capitães da Areia
Jornalista e romancista, Jorge Amado nasceu na cidade de Itabuna, na Bahia, em 1912. Filho do Coronel João Amado de Faria e de D. Eulália Leal Amado, passou a infância em Ilhéus. Cursou o secundário em Salvador, e viveu a adolescência no mesmo lugar, onde teve os primeiros contatos com a vida popular, que marcaria profundamente a sua obra.
Estreou na literatura em 1930, com a publicação da novela Lenita, escrita em colaboração com Dias da Costa e Édison Carneiro. Foi traduzido para 48 idiomas e dialetos. Teve também romances adaptados para o cinema, o teatro, o rádio e a televisão.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

PROJETO 365 DIAS DE ARTE

A segunda peça a ser homenageada na iniciativa Um pouco de Arte para sua vida será Guernica, do pintor cubista Pablo Picasso.


Guernica, de Pablo Picasso, é um símbolo de luta contra as atrocidades cometidas durante guerras.

O quadro foi pintado para retratar o bombardeio realizado por Hitler , durante a guerra civil espanhola, em 1973. Ou seja, enquanto civis saíam na rua para ir à feira ou fazer atividades cotidianas, eles foram surpreendidos com uma bomba nuclear. A obra é chamativa e traduz toda a angústia de Picasso ao ver seu povo bombardeado por um ditador sanguinário.

O primeiro aspecto notável de Guernica é que ela é em preto e branco. Picasso a pintou sem cores porque queria dar à pintura uma credibilidade jornalística. O pintor espanhol fez uso de imagens violentas para mostrar a barbárie de um ataque nuclear a civis. Embora Pablo Picasso não se declare, a obra tem traços surrealistas. O que faz com que a pintura contemple duas vanguardas ao mesmo tempo: surrealismo e cubismo (Picasso era cubista).

Quando perguntado sobre o que exatamente Picasso retratar com cada figura da obra, ele responde: “Quaisquer ideias e conclusões que você tenha, eu também as tive, mas de maneira instintiva e inconsciente”. A sentença dele nos leva a crer que o pintor realizou o quadro num momento de extrema angústia e desespero, deixando seus sentimentos simplesmente guiarem suas mãos. Foi por isso que ele respondeu ter pintado de maneira instintiva e inconsciente.

5 detalhes da obra Guernica se destacam:


1 – Touro

O Touro ou Minotauro, ao lado esquerdo, representa a barbárie da cena.

2 - Lâmpada
A lâmpada acima da tela representa o sol radiante que fazia quando aconteceu o ataque.

3 - Figura aterrorizada
Na extrema direita e no alto da pintura pode-se observar alguém com muita dor e espanto. Uma figura aterrorizada de alguém que está preso em um edifício pegando fogo.

4 – Espada e a flor
A espada e a flor no centro e bem embaixo da tela representam o único símbolo de esperança da tela.

5 - Cavalo
O cavalo dominante no centro pisoteando uma mulher sugere que os ditadores da Europa – Hitler, Mussolini e Franco – estavam fora do controle.

Ficha Técnica - Guernica

Autor: Pablo Picasso 
Onde ver: Museu Reina Sofía, Madri, Espanha 
Ano: 1937 
Técnica: Óleo sobre tela 
Tamanho: 3,49m x 7,76m 
Movimento: Surrealismo

Por:  Alexandre Ramos
PC EF Ciclo II

quarta-feira, 18 de abril de 2012

PROJETO 365 DIAS DE ARTE!

Conheça Abaporu, de Tarsila do Amaral

A primeira obra a ser homenageada do quadro Um pouco de Arte para sua Vida será Abaporu, da pintora modernista Tarsila do Amaral

Abaporu, de Tarsila do Amaral, é a tela brasileira mais valorizada no mundo. Ela custou US$ 1,5 milhão. Abaporu é um nome tupi, que significa "homem que come gente". Tarsila estava na fase antropofágica do Modernismo, que propunha deglutir a arte e cultura estrangeira e adaptá-la ao Brasil. Um dos criadores deste movimento foi o marido da pintora, Oswald de Andrade, a quem a obra foi oferecida.
 
A artista brasileira criou Abaporu com mãos e pernas grandes para valorizar o trabalho braçal pelo qual passava a maioria dos trabalhadores do País. Em detrimento, percebe-se que a cabeça dele é bem menor que os outros membros, mostrando a desvalorização do trabalho mental na época.

Ficha Técnica - Abaporu:

Autora: Tarsila do Amaral
Onde ver: Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires, Argentina
Ano: 1928
Técnica: Óleo sobre tela
Movimento: Modernismo
Por: Alexandre Ramos
PC EF Ciclo II

Um pouco de arte para sua vida - 365 dias de arte

A cada dia do ano, haverá uma obra de um pintor famoso acompanhada de uma explicação sobre o artista e o quadro. Serão 365 obras!

E quem faz arte? O que é fazer arte? É dito por muitos que artista é quem sonha acordado. Quando sonhamos, nosso inconsciente está trabalhando e digerindo o que aconteceu durante o dia. Quando se faz arte, o inconsciente interfere no consciente e expressamos concretamente um sonho, uma transgressão de realidade.
 
Isso interfere em nós porque nos identificamos com a arte, que é nada mais do que uma expressão do que queremos ou necessitamos. Os teóricos da arte classificam as pinturas rupestres (aquelas feitas na caverna, na pré-história) como arte porque representavam, na maioria das vezes, animais que estavam em seu subconsciente, os quais eles queriam derrotar, capturar e deles se alimentar.
 
O mais interessante é que os homens pré-históricos procuravam lugares escondidos nas cavernas para registrarem suas pinturas. Ou seja, eles buscavam preservar o que estavam desenhando. O que explica um homem pré-histórico que, supostamente, só estaria preocupado com sua subsistência fazer desenhos em paredes de caverna?
 
Primeiro, ele queria expressar suas vontades, medos, sentimentos. Segundo, ele estava fazendo uma das coisas que nos diferencia dos outros animais. Desenhando, expressando sentimentos. Isto é, somos animais artísticos; nossas raízes não negam isso. Ninguém vive sem arte. Pode ser que viva sem a erudita, mas não sem arte.
 
Portanto, temos o direito à arte. E não só à folclórica, mas à erudita também. Como esta última é, provavelmente, aquela com a qual você tem menos contato, decidimos trazer um pouco de arte para sua vida. Cada dia do ano haverá uma matéria trazendo uma pintura de um pintor famoso com explicações de período em que foi feita, interpretações de críticos, onde ela se localiza e, claro, seu nome.
 
Claro que não nos esquecemos dos artistas brasileiros, nem dos latino-americanos. Embora muito do que se aprenda de pintura esteja concentrado nos pintores europeus, os pintores de nosso continente também são importantes e não deixam nada a desejar se comparados com os da Europa.

RESUMO DE OBRAS LITERÁRIAS UTILIZADAS NOS MAIORES VESTIBULARES DO BRASIL

OBRA: A CIDADE E AS SERRAS


Escrito por Eça de Queirós, A Cidade e as Serras é um romance e expõe a visão do autor sobre o interior de Portugal onde as pessoas ainda não haviam sido contaminadas pela tecnologia das cidades grandes.
A Cidade as Serras está ambientada na Europa em relação à Revolução Francesa e às diferenças do interior para cidades urbanas, lançado no ano de 1901.

O enredo de A Cidade e as Serras

O enredo conta a história de um jovem rico, que tem seus ancestrais em Portugal - local que ele não conhece por sua aversão ao que não seja completamente urbano.
 
No entanto, forçado a viajar para o lugar que estão suas propriedades, entra em contato com a vida simples e abandona a vida em Paris para as serras portuguesas.

Os personagens de A Cidade e as Serras

Jacinto (personagem principal que vive em Paris), José Fernandes (narrador-personagem, amigo de Jacinto), Galião (avô de Jacinto), Cintinho (pai de Jacinto), Grilo (criado de Jacinto, que foi levado a Paris por Galião) e Joaninha (prima de José Fernandes, camponesa).

Síntese de A Cidade e as Serras

O romance pertence à fase pacífica de Eça de Queirós. Mostra sua visão otimista do interior de Portugal relatando onde as pessoas ainda não haviam sido contaminadas pelos falsos valores do mundo urbano. Para ele, no campo existiam bons ares, boa comida e bons vinhos.
 A Cidade e as Serras conta a história do personagem Jacinto, que também é narrador, dividido em duas partes, sendo a primeira em Paris, no meio da civilização e a segunda em Portugal, na serra.
 O romance traz descrições minuciosas das cenas, como se colocassem o leitor dentro delas, e os seus personagens se caracterizam como tipos sociais, assim os quadros em que se passam as ações tornam-se vivos quando se lê o livro.

Desenvolvimento da obra A Cidade e as Serras

A obra desenvolve-se em dois lugares: Paris e interior de Portugal. O romance é narrado por um personagem, José Fernandes, amigo do personagem principal, Jacinto. Conta a história de Jacinto que vivia em Portugal e não gostava do interior. Relaciona-se com a segunda metade do século XIX, na Europa.
 
 

Problemática da obra A Cidade e as Serras

Jacinto, que gostava da vida urbana e venerava a civilização, passa por diversos incidentes que o fazem desanimar e partir para o interior de Portugal, bucólico e nada civilizado.
 
 

Clímax da obra A Cidade e as Serras

Quando Jacinto chega a Portugal, passa a fazer caridades e se apaixona pela prima do amigo, Joaninha, com quem se casa e tem filhos.
 
 

Desfecho da obra A Cidade e as Serras

Jacinto sai de Paris, vai para Portugal, reconhece o valor do interior, conhece Joaninha, apaixona-se, casa e tem filhos.
 
 

A linguagem de A Cidade e as Serras

A linguagem é formal com uso de expressões simples e sem convencionalismos. Utiliza palavras e expressões da época, como “que maçada” e “que seca”, que significam “chateação”.
 
 

O espaço/tempo em A Cidade e as Serras

A história passa em Paris e nas serras de Portugal. Acontece de 1834 quando o avô do personagem principal, Jacinto, vai para a França, a 1893, na volta definitiva dele para Portugal.
 
 

Narrador e foco narrativo de A Cidade e as Serras

Jacinto é o personagem principal e seu amigo José Fernandes é o narrador (narrador-personagem).
 
 

Contexto histórico de A Cidade e as Serras

Revolução francesa que culminou em mudança de costumes na Europa, na segunda metade do século XIX, quando a burguesia chega ao seu apogeu.
 
 

Escola literária de A Cidade e as Serras

Realismo.
 
 

Sobre o autor de A Cidade e as Serras

Filho de José Maria de Almeida Teixeira de Queiroz e de Carolina Augusta Pereira de Eça, José Maria Eça de Queirós nasceu em Póvoa de Varzim, Portugal, em 1845.
 
Eça de Queirós foi um dos idealizadores das Conferências do Cassino Lisbonense e o inaugurador do Realismo em Portugal, com a publicação de O Crime do Padre Amaro, obra que causou um escândalo na época e foi bastante atacada por membros da sociedade conservadora, pois o enredo conta a história de um padre que se envolve com uma de suas “fiéis” e acaba por engravidá-la e induzi-la a um aborto. É considerado um dos nomes mais importantes da literatura.

Prof. Alexandre Ramos
PC EF Ciclo II

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

CONCURSO WIZO DE PINTURA E DESENHO 2011 BRASIL/ ISRAEL TURISMO

No último dia 5 de dezembro foi realizada a solenidade de premiação do Concurso WIZO Brasil/Israel: Turismo. O evento aconteceu no auditório da Secretaria de Estado da Educação com a presença de alunos, professores e diversas autoridades.

Os alunos vencedores receberam kits de pintura, mp3, celulares e máquina fotográfica de acordo com sua categoria, e o 1º lugar, aluno e professor, também receberam um vale passagem para visitar Brasília. Durante a solenidade, houve ainda o sorteio de 1 bicicleta da Blitz – Sodibike e um celular da Multilaser.
Fizeram parte da Mesa Executiva a Profa. Roseli Ventrela da CENP, representando o Secretario de Estado da Educação, Herman Voowald, Ilan Sztulman Cônsul Geral de Israel em São Paulo, Boris Ber Presidente da Federação Israelita do Estado de São Paulo, Francisco Sebastião dos Santos Filho Gerente de Marketing do Banco Bradesco, Iza Mansur Presidente da WIZO São Paulo e Sulamita Tabacof Presidente de Honra da WIZO São Paulo .

Patrocínio: Banco Bradesco
Apoio: Secretaria de Estado da Educação – Camara Brasil-Israel - Embaixada de Israel
– Blitz - Multilaser