quarta-feira, 6 de junho de 2012

365 DIAS DE ARTE

A Persistência da Memória

Salvador Dalí

Salvador Dalí é o expoente do Surrealismo

A Persistência da Memória, de Salvador Dalí, é uma tela complexa e cheia de interpretações. Devido à dimensão diminuta, os símbolos intrigantes de sua pintura ganham ainda mais intensidade.
Salvador Dalí é o expoente do Surrealismo. Frases do próprio: “toda a minha ambição no campo pictórico é materializar as imagens da irracionalidade concreta com a mais imperialista fúria da precisão.” Ou seja, o pintor espanhol ambicionava representar o irrepresentável, e conseguiu.
Para obter sucesso, Dalí fabricava em si próprio picos de ansiedade e aflição – muitas vezes aterrorizando-se com cadáveres de insetos e porcos-espinhos. Desta forma, o pintor desfalcava a distinção entre realidade e imaginação, criando figuras baseadas em objetos reais, mas com múltiplas interpretações.
Pintando relógios que distendidos e derretidos, Dalí desafia nosso entendimento racional do mundo físico. Além disso, o artista ilustra uma das teorias da relatividade de Einstein: o tempo se curva sob o impacto da gravidade. Se o próprio tempo se curva, por que não os relógios?

4 detalhes de A Persistência da Memória se destacam


1 – Relógios derretidos
Um dia, sentado diante dos restos do jantar, Dalí reparou que seu queijo camembert havia derretido e começava a se espalhar pelas bordas do prato. Foi a imagem daquele queijo que deu ao pintor a ideia dos relógios derretidos. Algumas horas depois, a pintura estava terminada.

2 – Criatura bizarra
No plano central da obra, coberta por um relógio derretido está a caricatura do próprio Salvador Dalí. Os cílios sugerem um grande olho fechado em estado de contemplação, do sono ou da morte. Dalí propõe que apenas a superação do tempo “terreno” pode soltar as rédeas da consciência.

3 – Litoral vazio
A paisagem atrás da pintura é o litoral perto da casa de Dalí em Port Lligat, em Barcelona. Percebe-se que o pintor ilumina os penhascos e o mar com uma luz transparente e melancólica.

4 – Formigas Rastejantes
As únicas criaturas vivas no quadro são as formigas na parte de trás do relógio laranja e uma mosca no relógio derretido à esquerda. Dalí odiava formigas e as inclui neste quadro como um símbolo de putrefação.


Ficha Técnica – A Persistência da Memória

Autor: Salvador Dalí
Onde ver: MoMa, Nova York, Estados Unidos
Ano: 1931
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 24cm x 33cm
Movimento: Surrealismo

Por: Alexandre Ramos
PC EF Ciclo II

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