sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
365 DIAS DE ARTE
Manhã de Primavera no Palácio Han, de Qiu Ying
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Manhã de Primavera no Palácio Han é um rolo de seda que mostra uma cena imaginária se desenvolvendo na área de um palácio imperial chinês. |
Qiu Ying (1494 - 1552) foi um pintor chinês que se especializou na técnica de escovação na pintura conhecida como "Gongbi". Seu pseudônimo era Shizhou. Nasceu numa família de camponeses em Taicang e estudou pintura em Suzhou. Apesar da Escola Wu Suzhou incentivar a pintar utilizando a técnica de lavagem de tinta, Qiu pintou no estilo verde-e-azul (outra técnica chinesa de pintura). Pintou com o apoio do poder do dinheiro, criando imagens de flores, jardins, assuntos religiosos e paisagens da moda da Dinastia Ming. Incorporou técnicas diferentes em suas pinturas e seu talento e versatilidade permitiram-lhe tornar-se considerado como um dos "Quatro Mestres da Dinastia Ming".
A cena da obra apresentada hoje é ambientada na Dinastia Han, que acabou no ano de 223 a.C. e foi encomendada por um grande colecionador, mesmo sabendo que o pintor era um artista da Dinastia Ming, na época em que a China reafirmava sua identidade cultural e política.
Na pintura o palácio é adornado com árvores e pedras em formas diferenciadas, além de pilares e pórticos para definirem a estrutura dos pavilhões. A elegância decorativa do rolo é obtida por uma paleta limitada de laranja opaco, com toques de verde, vermelho vivo e azul ao longo do rolo.
3 detalhes de "Manhã de Primavera no Palácio Han" se destacam:
1 - Beleza ideal
As concubinas pintadas no rolo representam o ideal de beleza na época. Os olhos ficam exatamente a meio caminho entre o queixo e a linha dos cabelos, as sobrancelhas e lábios são finos e o nariz é desenhado com uma só linha.
2 - Pintor
O retrato de uma das concubinas do imperador Yüan-ti está sendo pintado. A pequena cena alude à famosa história sobre o artista da corte, Mao Yenshou e a bela Wan Chaochün.
3 - Roupas elegantes
Embora o cenário da pintura ser algo imaginário, os trajes elaborados das concubinas são retratos fiéis das roupas da Dinastia Han. As formas esguias das damas do palácio são envolvidas por túnicas de seda ondulantes, que realçam a beleza e os gestos graciosos das mulheres.
Ficha Técnica: Manhã de Primavera no Palácio Han
Autor: Qiu Ying
Onde ver: Museu do Palácio Nacional, Taipé, Taiwan
Ano: 1542
Técnica: Nanquim e tinta colorida sobre seda
Tamanho: 30,6cm x 5,74m
Movimento: Arte Chinesa
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
365 DIAS DE ARTE
Uma e Três Cadeiras, de Joseph Kosuth
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O artista criou, no ano de 1970, no MoMa, uma "Informação", exposição de arte conceitual que tinha como objetivo colocar a arte como fonte de informações e não como concepção estética. |
Joseph Kosuth (31/01/1945) é um influente artista conceitual americano. Estudou belas artes na escola de artes visuais em New York e seu trabalho é geralmente esforçado em explorar a natureza da arte, focalizando em ideias na marginalidade da arte em vez de produzir a arte por si mesmo. Assim, sua arte é muito baseada na auto-referência.
A contribuição de Kosuth para a "Informação" foi essa obra. O autor explicou que a expressão da obra está na ideia e não na forma. Para ele, as formas são apenas um artifício a serviço da ideia. A obra contém três formas de uma cadeira: a dobrável, comum; uma fotografia em prata coloidal de uma cadeira e a imagem aumentada de uma definição de algum dicionário sobre a palavra "cadeira".
A obra tem como objetivo estimular o espectador com a ideia física, representativa e verbal do objeto. O artista questiona como as representações e relatos de um tema se relacionam com esse tema propriamente dito, além de explorar como essas relações são compreendidas e se determinada forma tem mais valor que outra. Uma expressão visual do conceito de Platão das formas.
Kosuth pede ao espectador que analise como a arte e a cultura são forjadas por meio da linguagem e dos significados, ao invés de ser forjada por meio da beleza e do estilo.
3 detalhes de "Uma e Três Cadeiras" se destacam:
1 - Cadeira
A cadeira de madeira usada pelo artista é um exemplo comum tirada de seu contexto usual e recolocada no ambiente de um museu. Dessa maneira, a cadeira é privada de sua função utilitária e ganha um novo significado: um objeto de arte para contemplação.
2 - Fotografia de uma cadeira
A fotografia em preto e branco tem a função de despertar questionamentos importantes a respeito da verdade e da imitação do espaço de um museu. Trata-se de uma foto da mesma cadeira que está sendo exposta e também reflete uma nova abordagem da fotografia na década de 1960.
3 - Definição de cadeira
Kosuth foi um dos primeiros artistas a investigar a natureza linguística da proposta artística. As palavras têm o poder de criar conhecimento e entendimento, sobretudo pela maneira como estão apresentadas. Quando lemos a definição do dicionário para a palavra "cadeira", talvez essa seja rapidamente relacionada com uma das figuras disponíveis para apreciação - a foto ou a própria cadeira - no entanto, de maneira isolada, a definição pode evocar experiências pessoais com outras cadeiras.
Ficha Técnica: Uma e Três Cadeiras
Autor: Joseph Kosuth
Onde ver: MoMa, New York, EUA
Ano: 1965
Técnica: Madeira e Fotografia em prata coloidal
Tamanho: 82cm x 38cm x 53cm (cadeira)
91cm x 61cm (fotografia)
61cm x 61cm (painel com texto)
Movimento: Arte Conceitual
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
GEO... GRAFANDO!
Amapá
Bandeira:
Brasão:
Mapa:
Capital: Macapá
Área total: 142.814,585 Km2
Sigla: AP
Região: Norte
População: 615.715 hab. (2006)
Situa-se a nordeste da região Norte e tem como limites a Guiana Francesa a norte, o Oceano Atlântico a leste, o Pará a sul e oeste e o Suriname a noroeste. É o Estado Brasileiro mais bem preservado, mantendo intacta quase a totalidade da floresta Amazônica, que cobre 90% de seu território. O Estado possui população urbana de 89%, ficando atrás apenas de São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.
A economia do Amapá possui pouca participação no PIB nacional e se concentra basicamente na extração da castanha-do-pará, de madeira e na mineração de manganês. O Estado é um dos maiores compradores dos produtos do Pará, estado ao qual é muito ligado. Macapá e o Amapá consomem produtos alimentícios e de outros gêneros principalmente da região do Marajó (Pará).
domingo, 27 de janeiro de 2013
365 DIAS DE ARTE
Para um Dia de Verão, de Bridget Riley
Bridget Riley nasceu em Londres em 1931. Riley pretendeu representar o movimento Op art com a utilização sequencial de elementos gráficos, nomeadamente listas que se sobrepõem, curvas onduladas, discos concêntricos e quadrados ou triângulos que se repetem exaustivamente. A dinâmica nas suas obras é, em suma, alcançada com a oposição de estruturas idênticas que interagem umas com as outras produzindo determinado efeito óptico. A interação de cores, por seu turno, baseada nos grandes contrastes (preto e branco) ou na utilização de cores complementares, criam efeitos visuais como sobreposição e interação sobre o fundo e o foco principal, sugerindo, também elas, sensações ópticas de ritmo nas superfícies, que parecem vibrar. Seus primeiros quadros a preto e branco surgiram em 1960, tendo ganho rapidamente um papel de destaque no movimento emergente da Op art, que a levou a expor em países tão diferentes como Itália, Alemanha, Estados Unidos, Austrália, Índia, Egito e Japão e a ser admirada por artistas importantes no nosso século como Salvador Dalí. É, no entanto, em meados dos anos 60 ao utilizar cores nos seus trabalhos que revoluciona o movimento Op Art ao introduzir uma técnica, denominada "Moiré", através da qual cria um espaço móvel que produz um efeito semelhante a de um estalido de chicote.
Atualmente a artista concilia suas exposições com a carreira de professora universitária.
O estilo Op Art (abreviação de Optical Art) coincidiu muito no seu início com os chamados efeitos psicodélicos. Os desenhos apareciam na moda, em papéis de parede, capas de discos e embalagens. Bridget Riley explorou a interação das cores vizinhas para criar sensação calmante de movimento, ritmo e profundidade. Suas obras representam sua reação ao mundo físico.
2 detalhes de "Para um Dia de Verão" se destacam:
1 - Ilusões de óptica
A partir dos anos 70 a artista pintou uma série de quadros de ondas no mar, com linhas curvas que se estreitam e se ampliam em intervalos regulares. As diagonais formadas pelas cristas das ondas passam a impressão de que uma ondulação suave acontece na água.
2 - Interação de cores
A inspiração para a paleta da obra veio, em especial, de Seurat e os neoimpressionistas. Bridget sempre foi bastante meticulosa na escolha de cores e, em Para um Dia de Verão, os tons escolhidos visam criar uma interação dinâmica. As duas cores principais são o amarelo-ocre e o azul-claro, mas também é possível encontrar indícios de violeta e rosa na composição.
Ficha Técnica: Para um Dia de Verão
Autor: Bridget Riley
Onde ver: Tate, Londres, Reino Unido
Ano: 1980
Técnica: Tinta acrílica sobre tela
Tamanho: 115,5cm x 281cm
Movimento: Op Art
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