segunda-feira, 25 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
VOCÊ SABIA?
Como os faraós eram embalsamados?
Em primeiro lugar, cérebro, intestinos e outros órgãos vitais eram retirados. Nessas cavidades, colocavam-se resinas aromáticas e perfumes. Depois, os cortes eram fechados. Mergulhava-se, então, o cadáver num tanque com nitrato de potássio (salitre) para que a umidade do corpo fosse absorvida. Ele permanecia ali por setenta dias. Após este período, o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, com centenas de metros, embebida em betume, uma substância pastosa. Só aí o morto ia para a tumba. Esse processo conservava o cadáver praticamente intacto por séculos. A múmia do faraó Ramsés II, que reinou no Egito entre 1304 e 1237 a.C. foi encontrada em 1881 apenas com a pele ressecada. Os cabelos e os dentes continuavam perfeitos.
domingo, 10 de novembro de 2013
365 DIAS DE ARTE
A
Ressurreição, de Piero Della Francesca
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O afresco combina simbolismo cívico e religioso, refletindo as mudanças políticas da época. |
Piero Della Francesca (1415 - 1492) foi um pintor italiano do Quattrocento, nome dado à segunda fase do movimento Renascentista italiano. Tal qual os grandes mestres de seu tempo, Piero primou sempre pela criatividade em relação ao passado medieval, apresentando técnicas e temáticas inovadoras como, por exemplo, o uso da tela e da pintura a óleo, o retrato, a representação da natureza, o nu, e, sobremaneira, a perspectiva e a criação do volume. No século XV, Piero Della Francesca, desenvolve uma pintura pessoal e solene, misturando formas geométricas e cores intensas. Sua pintura se diferencia pela utilização da geometria espacial e abstração.
A obra hoje apresentada, por se tratar de uma obra religiosa o esperado é que ela fosse um retábulo em uma igreja, entretanto, ela foi pintada para a sala do conselho da prefeitura de Borgo San Sepolcro, cidade natal do pintor.
O afresco combina simbolismo cívico e religioso, refletindo as mudanças políticas da época, nas quais muitas cidades invocavam a proteção de santos padroeiros. Dessa maneira, o patriotismo acabava por se confundir com devoção religiosa.
A famosa obra evoca um conhecido tema religioso. Sua composição é piramidal, com o grupo desorganizado de soldados na parte inferior, em contraste com a figura de Cristo logo acima, serena e dominante. A passividade apática dos soldados se opõe ao ânimo de Cristo ao deixar o túmulo.
As cores acentuam o contraste entre os tons terrosos dos soldados e a palidez mortal de Jesus, cujo corpo está envolto em tecido rosa pálido, criando uma ligação com o azul perolado presente no céu, sinal da natureza divina. A figura parece irradiar luz e essa luminosidade é enfatizada pelo contraste com os tons escuros da paisagem.
3 detalhes de "A Ressurreição" se destacam:
1 - Pose de Cristo
A pose frontal e o olhar direto de Cristo atraem o observador e o convida a participar do triunfo sobre a morte.
2 - Efeitos de luz
Os efeitos de luz e sombra provém do retoque com pigmentos metálicos a seco. Em alguns lugares, no entanto, eles se perderam, como nos pontos onde faltam folhas nas árvores.
3 - Tronco de árvore
A presença do grande tronco de árvore localizado logo atrás de Jesus tem como principal objetivo acentuar a monumentalidade da figura de Cristo.
Ficha Técnica: A Ressurreição
Autor: Piero Della Francesca
Onde ver: Borgo San Sepolcro, Itália
Ano: 1460
Técnica: Afresco
Tamanho: 200cm x 225cm
Movimento: Renascimento
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
VOCÊ SABIA?
Quando foi construído o primeiro edifício da história?
Não se conhece a data exata do primeiro edifício da história, mas, desde as primeiras civilizações, há registros de grandes palácios, templos e construções. Sabe-se que os sumérios (civilização mais antiga da humanidade), que dominaram o sul da Mesopotâmia de 3.500 a 1.600 a.C., chegaram a ter cidades com mais de 30 mil habitantes, nas quais havia prédios repletos de colunas e terraços. Por causa da escassez de pedras, eles usaram uma argamassa de junco e barro, além de tijolos de barro seco ao sol. O maior dos prédios deste período, o Zigurate de Ur, tinha um pavimento superior com mais de 30 metros de altura. A civilização Minóica, que ocupou Creta por volta de 2.000 a.C., deixou vestígios de enormes palácios e edificações construídas antes de 1.750 a.C., quando uma grande catástrofe natural soterrou-as.
sábado, 2 de novembro de 2013
365 DIAS DE ARTE
Mulher,
de André Masson
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Em "Mulher" ainda é possível identificar traços do estilo cubista no qual Masson pintava antes de aderir ao surrealismo. |
André Masson nasceu em 1896, em Balagny, na França. Aos doze anos mudou-se com a família para Bruxelas, onde iniciou seus estudos na Academia de Belas Artes. Em 1912 foi para Paris, dois anos depois ganhou bolsa para estudar a técnica de afresco na Itália. Inicialmente, sua obra foi influenciada pelo Cubismo.
Lutou na Primeira Guerra Mundial. Foi gravemente ferido, tendo ficado internado por um longo tempo.
Em 1924, integrou-se ao grupo de surrealistas e em 1933 viajou para a Inglaterra. Morou também na Espanha entre 1934 e 1936 e nessa época, seus temas remetem-se às metamorfoses e ao erotismo. Fez também experimentos com areia e desenhos automáticos. Interessou-se pela filosofia oriental.
Entre 1941 e 1945, durante a Segunda Guerra, viveu nos Estados Unidos. A presença de surrealistas em Nova York e o contato com o automatismo e o expressionismo abstrato de Pollock foram importantes para seu trabalho. Volta para França entre 1947 e 1956, período em que se dedicou a pintar paisagens. Morreu em 1987, em Paris.
Na obra de hoje, Mulher, ainda é possível identificar traços do estilo cubista no qual Masson pintava antes de aderir ao surrealismo. Isso fica evidentes na maneira como a composição é fragmentada em planos. A pintura é quase idêntica a uma tela perceptivelmente cubista pintada no mesmo ano, Mulher em um Jardim. A primeira obra, no entanto, mostra sinais expressivos peculiares do desenho automático. A obra foi usada como estudo para uma obra cubista mais refinada.
Os ângulos cubistas cessam em direção ao centro da tela, os planos do corpo feminino são irregulares, curvando-se organicamente como os frutos vermelhos maduros que pendem das videiras à esquerda. A cara rosada da fruta aberta colocada sobre seu peito, segmentada pela seiva branca como uma romã, assume uma aparência macabra de órgãos expostos.
3 detalhes de "Mulher" se destacam:
1 - Possíveis interpretações
Um nu em um jardim instiga interpretações bíblicas, embora a escolha também pode se referir ao fascínio do artista pela mitologia grega. A romã pode ser uma referência ao tempo que Perséfone passou no Hades. Enquanto isso, o cabelo da mulher, curto como era moda na época, sugere modernidade.
2 - Forma feminina
A forma feminina foi construída a partir de planos indistintos, ondulados, com exceção do seio direito da figura, que é esférico e geométrico.
3 - Cabelo e orelha
Os cabelos e a orelha da figura são esboçados com poucas linhas fluídas, obtidas com um pincel fino e tinta diluída.
Ficha Técnica: Mulher
Autor: André Masson
Onde ver: Coleção Particular
Ano: 1925
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 80cm x 64cm
Movimento: Surrealismo
sábado, 26 de outubro de 2013
365 DIAS DE ARTE
Retrato
Imaginário do Marquês de Sade, de Man Ray
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Como não existe retrato autenticado de Sade, Man Ray inventou sua aparência livremente. O resultado costuma ser comparado à imagem de André Breton quando velho. |
Emanuel Rudzitsky, conhecido artisticamente como Man Ray (27/08/1890 - 18/11/1976) foi um fotógrafo, pintor e anarquista.
Foi um dos nomes mais importantes do movimento da década de 1920, responsável por inovações artísticas na fotografia. Foi estudante de arquitetura, engenharia e artes plásticas, iniciando-se na pintura ainda jovem. Em 1915 conhece o pintor francês Marcel Duchamp, com quem funda o grupo dadá nova-iorquino e em 1921 descobre o movimento surrealista na pintura. Trabalha como fotógrafo para financiar a pintura e, com a nova atividade, desenvolve sua arte, a raiografia ou fotograma, criando imagens abstratas mas com a exposição à luz de objetos previamente dispersos sobre o papel fotográfico. Como cineasta, produziu filmes surrealistas com o auxílio de uma técnica chamada solarização, pela qual inverte parcialmente os tons da fotografia. Mudou-se para Califórnia em 1940, lecionando aulas sobre fotografias. Em 1963 retorna para França e publica sua autobiografia denominada "Auto-Retrato".
O Marquês de Sade, que aparece como referência na obra de hoje, teve diversos textos condenados durante o século XIX, mas encontrou novos leitores na vanguarda parisiense nas primeiras décadas do século XX. O Marquês escrevia sobre sexualidade e tinha preferências pelo sadomasoquismo. A obra apresentada hoje é um reconhecimento da dívida de Man Ray com o famoso pornógrafo.
Como não existe retrato autenticado de Sade, Man Ray inventou sua aparência livremente. O resultado costuma ser comparado à imagem de André Breton quando velho, mas, estranhamente, considerando o fascínio do pintor pelo Marquês, o retrato é impassível, sem referências eróticas ou de sadomasoquismo.
Apenas os lábios cheios e vermelhos de Sade tem um toque de sensualidade, enquanto o resto da imagem foi pintada como se fosse construída com blocos de pedra, fazendo eco com a fachada da Bastilha, onde Sade esteve preso por vários anos.
O Marquês é pintado de perfil e de seu ombro sai um caminho que leva até a Bastilha. A obra parece conter uma referência à tumultuada tomada da fortaleza no ano de 1789 e à sua posterior demolição, na forma de pedras lançadas ao chão por guindastes de madeira.
Segundo o folclore local, o Marquês de Sade incitou os acontecimentos daquele verão gritando de sua janela que os prisioneiros encarcerados na fortaleza estavam sendo assassinados, fator que teria provocado a rebelião. Depois disso o Marquês foi transferido para o asilo de doentes mentais de Charenton, na noite anterior à tomada da Bastilha.
5 detalhes de "Retrato Imaginário do Marquês de Sade" se destacam:
1 - Rosto do Marquês
Apresentado como uma estátua, apenas os olhos injetados de sangue e os lábios vermelhos de Sade humanizam o rosto, que por sua vez aparece rachado e abatido, como o edifício. São exibidas marcas de bala na fronte do ícone, o que o torna histórico e devastado.
2 - Direção do olhar
Pela linha de visão de Sade, parece que ele não olha para a Bastilha e sim o Marquês dirige um olhar imparcial para o céu acima das torres da fortaleza.
3 - Bandeira da França
Embora não esteja na pintura de maneira efetiva, o azul dos olhos de Sade contrasta com o branco tingido de sangue, evocando a bandeira tricolor da França e atraindo o olhar do observador para o centro da composição.
4 - Repetição do vermelho
O vermelho do olho se repete nos lábios de Sade e na roda da carruagem, além do muro da fortaleza, ao fundo. Essa repetição guia o olhar do observador pelo plano da imagem.
5 - Sensação de distanciamento
As linhas quebradas dos guindastes de madeira colocam a área fora de foco, criando assim uma sensação de distanciamento do observador.
Ficha Técnica: Retrato Imaginário do Marquês de Sade
Autor: Man Ray
Onde ver: Coleção Particular
Ano: 1938
Técnica: Óleo sobre tela
Tamanho: 60cm x 50cm
Movimento: Surrealismo
sábado, 19 de outubro de 2013
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