Relatividade,
de Escher
Dois habitantes de mundos diferentes não conseguem andar, sentar ou mesmo ficar em pé no mesmo solo. |
Maurits Cornelis Escher (17/06/1898 - 27/03/1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografiase e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes. Conhecido também pela execução de transformações geométricas (isometrias) nas suas obras.
Hoje a obra apresentada possui três superfícies terrestres, com seres humanos vivendo em cada uma delas, intersectam-se em ângulo reto. As 16 figuras que aparecem na gravura podem ser divididas em três grupos, nos quais cada uma delas vive no seu próprio mundo. Para cada um dos grupos o seu mundo é tudo o que acontece na representação.
Dois habitantes de mundos diferentes não conseguem andar, sentar ou mesmo ficar em pé no mesmo solo, pois sua concepção de horizontal e vertical não se conjuga. Entretanto, eles podem usar a mesma escada.
Na escada mais alta entre as representadas na composição, movem-se, lado a lado, duas pessoas na mesma direção. Contudo, uma desce e a outra sobre. É claramente impossível um contato entre elas, já que estas vivem em mundos diferentes e, por isso, não sabem da existência uma da outra.
Cada um dos grupos se dá conta das coisas de forma diferente e dá nomes diferentes para as coisas, o que para um grupo é um teto, para outro é uma parede; o que parece ser uma porta em dois grupos, para outro é um buraco no chão.
Ficha Técnica: Relatividade
Autor: Escher
Ano: 1953
Técnica: Litografia
Movimento: Op-Art
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